"Você acredita em destino?"
Estaciono meu carro em uma vaga no final do estacionamento.a caminho da entrada percebo olhares masculinos e femininos, pela primeira vez sinto meu sangue gelar.
Caminho pesadamente pela escola parcialmente vazia por conta do horário. Tento lembrar de quando segui Dylan até o laboratório e paro ao ver uma sala com uma placa "Diretor" leio um pouco alto e uma voz a minha direita diz; "pois não?" Um homem quase da minha altura,usava uma camisa branca social e por cima dela um paletó azul encardido e demasiadamente velho.
"Ahn..Olá, eu gostaria de falar com o Diretor." Esboço o maior sorriso que eu pude e ele retribui de bom grado.
"Oh, entre, entre." Ele gira a maçaneta no sentido horário e me faz um sinal para entrar. Sento-me numa cadeira velha e vejo alguns trofeus de campeonato, música, arte entre outros. Considerei em entrar para alguma atividade extracurricular por uns instantes até que o senhor a minha frente ajeitou a plaquinha que continha seu nome nela, logo a minha frente num birô de madeira escura.
"Então..Sr.." Leio seu sobrenome "Winchester! Me chamo Natasha e eu.." Ele não deixou eu completar a frase e já foi falando por cima.
"Ah sim! Srta. Belmont, não é?!" Ele não me deixou responder novamente "seu tutor me fez uma ligação hoje e já acertou sua matrícula! Está um pouco atrasada mas irei liberar para a sua primeira aula do dia. Sala 16, Estudos Sociais!" Nunca pude imaginar um homem tão elétrico por estar acordando todos os dias às 8:00.
"Muito obrigada Sr. Winchester!" Ele agradece e me entrega algumas folhas com nomes de matérias, normas do colégio e várias merdas inúteis na qual eu nem tivera o trabalho de ler.
"Tenha um bom dia!" Reproduzo meu sorriso largo até demais e sigo até a sala 16, no caminho olho o relógio e já são 8:48, Liv é realmente uma recordista!
Finalmente encontro o número 16 estampado numa sala cuja a porta é da mesma Madeira do birô daquele senhor estranho que se autodenominou diretor. Dou 2 batidinhas na porta formalmente, esperando encontrar Dylan que não me surpreendeu estar desenhando algo em seu caderno.
"Bom dia srta?" O homem alto e bem vestido, segurando uma apostila em sua mão direita indagou.
"Belmont." Respondo e entrego a folha com a assinatura que o Sr. Winchester solicitou.
"recebam calorosamente sua nova colega de turma, Natasha Belmont de Castro." Nesse exato momento Dylan levanta levemente a cabeça e me olha em descrença e surpresa, embora pude ver uma pontinha de esperança em seus olhos, que logo se torna aparente e ele produz um pequeno sorriso quase que inexistente, e meu coração que agora bombeia sangue por todo o meu corpo, se enche de alegria.
******************
Sento na única cadeira vaga, que se localiza um pouco à frente de Dylan porém não muito longe. Não apenas ele mas todos me olham e dizem em uníssono "Olá Natasha" eu sorrio feliz pensando em finalmente alguém me ver sem que eu tenha que matá-lo.
"...Bom, como eu estava falando, Srta. Belmont, Karl Marx uma vez disse 'O povo que subjuga outro, forja suas próprias cadeias.' com isso meus caros alunos..." Abri meu caderno que continha o desenho de gatinho super-hiper-mega criança que obviamente a Liv escolheu, e fingi ser normal, desejando que o tempo passasse.
Alguns minutos depois, uma menina com cabelo afro, e pele cor de chocolate me passou um bilhete. 'Gostei do seu caderno.'
sorri com a idéia de começar uma amizade, bem...humana.'Ah, obrigada, minha amiga que escolheu' escrevi no papel e passei para trás. Tentei usar algum tipo de técnica que eu usava quando era alma para escutar a distância. Lógico que não deu certo, mas consegui captar alguma coisa que saiu como uma risada esganiçada.
As aulas se passavam e eu fazia de tudo para não encontrar com Dylan, pois algumas aulas minhas,ele não participava, como: Culinária! óbvio, isso é obra da Olívia com certeza. Devo admitir que queimei as panquecas hoje de manhã, como se ela comesse!!
O sinal tocou e como num passe de mágica todos evaporaram da sala para o almoço, e não pude estar mais feliz por sentir um pouco de fome.
"Eu não acredito!" Dylan entra correndo na sala e para em minha frente, levo um susto mínimo e volto para a minha posição misteriosa sensual. "Co..como?" Ele pergunta desesperadamente e eu respondo com a minha voz mais tranquila do mundo. "Você acredita em destino?"
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XOXO :3
Haha! Gostaram? Digam que siim!
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Almas Distintas
RomanceA morte é inevitável. Todos irão morrer, não tem como estar preparado para isso, talvez consigamos nos adaptar a ela. Bem, eu? Eu sou invisível aos teus olhos, silenciosa como a névoa e pálida como a nuvem. Minha alma vaga como todas as outras, hipn...