"A opinião das pessoas é apenas um rabisco feito a lápis em seu próprio papel, onde a qualquer momento você deve o apagar com sua própria borracha"-Pietra Giovanna.
Dylan ainda me olhava pasmo e sem saber o que fazer, e eu certamente admito que gostei da sua confusão.
"Eu não entendo Natasha, você estava..." Ele respira "você estava morta!" Eu suspiro e o deixo falar.
"Ontem, você sumiu do nada e me deixou confuso, achei que você não viria. Você veio e...está aqui,viva!" Não consigo ler seus pensamentos como antes e lamento por isso.
"Eu não posso te contar, mas espero que me aceite." Por 3 meses, talvez.
"Claro que eu te aceito, menina burra." Ele sorri e, agora eu entendo mais do que nunca a sensação de 'borboletas no estômago'.
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"O que vamos fazer?" Digo indo em direção ao refeitório.
"Bom" ele produz aquele sorriso. "Geralmente, essa hora, a gente almoça! E você Carrie A Estranha?" Muito engraçado!
"Dylan!" Dou um leve tapinha em seu bíceps, como nos filmes em que o mocinho faz alguma gracinha. E claro não poderia deixar passar o fato de que o meu dedo quase se fundiu no bíceps de Dylan, nossa senhora das mulheres desesperadas!
"Você deveria saber que isso não dói, Srta.Belmont"
O refeitório estava cheio. Ao entrar olhares me metralham de uma só vez, sinto um leve desconforto. Pensar que eu era invisível e despercebida, e agora parecer tão vulnerável. Me dava um certo medo.
"Está tudo bem?" Dylan pergunta.
"Ah, sim"
"Se incomoda se,eu..?" Ele levanta a mão e pousa levemente em minhas costas. Mesmo com uma camiseta branca e uma jaqueta jeans, eu consigo sentir seu calor, e é uma das melhores sensações que eu já senti."Você já colocou mesmo." Eu sorrio e ele retribui.
"Dylanzinho" Milah tenta uma voz mais forçada que o rímel que possui em seus majestosos cílios. "Estava te procurando!"
"Oi, Milah" Dylan me olha e ergue a mão livre e aponta para a estátua de cabelos laranjas em minha frente. "Natasha, esta é Milah, Milah, esta é Natasha."
"Oi.." E a garota me arranca do lugar me abraçando o mais forte que pôde. "É nova aqui não é?? Enfim!" Ela não consegue conter a sua inveja e eu sorrio vitoriosa quando Dylan volta a colocar a mão em minhas costas.
"Eu darei uma festa em minha casa hoje, às 21:00! Esteja lá gatinho!" E ela sai saltitando de volta para a sua mesa rodeada de biscates e jogadores com mais gel para cabelo do que o Elvis Presley!
"Simpática ela não é?" Faço uma careta e Dylan ri.
"Muito." E assim seguimos com vários outros diálogos sobre como se esconder das garras de Milah Hollister.
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"Não acredito!" Liv grita um pouco mais alto do que pretendia. "Ele é fofo! Mas diga, carne magra ele não é ein!" Reviro os olhos.
"Eu estava pensando aqui. E...será que ele vai mesmo naquela tal festa da ruivinha mal amada?" Liv pergunta. E Como diabos eu não lembrei de perguntar?
"Eu não sei!" E foi assim que cheguei à conclusão de que; eu sou muito tapada.
"Ok, ok, o problema principal é; você comprou absorventes? Porque seria bastante bizarro se você começasse a sangrar do nada!" Eu mereço.
"Esse não é o maior problema Olívia."
"É um grande problema."
E assim que começa a minha primeira jornada em um super-mercado. Pego tudo da lista e vou direto para a fila, desejando que a senhora em minha frente ache o cartão de crédito perdido dentro de sua bolsa.
"Ok, compramos tudo, e agora..." Ela bate as duas mãos, uma de cada vez, como se a mesa da cozinha fosse um tambor. "Precisamos mandar mensagem para o Dylan!" Ela tira um smartphone da sacola.
"Eeeeee" grito com as mãos erguidas.
"Pega!" Eu a obedeço e pressiono o botão do lado direito do aparelho, que acende de imediato, e vejo que recebi uma mensagem enquanto estava no mercado.
"Hoje no píer?"
Clico na foto de perfil e vejo Dylan sorrindo para mim, de lado, seu cabelo um pouco bagunçado e desgrenhado, seus olhos verdes cintilantes dão vida a foto.
"Você colocou meu número no celular dele?" Pergunto a Liv.
"Escrevi em seu caderno, quando vocês estavam almoçando." Sorrio e agradeço por ela estar aqui.
"Estarei lá."
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XOXO :3
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Almas Distintas
RomanceA morte é inevitável. Todos irão morrer, não tem como estar preparado para isso, talvez consigamos nos adaptar a ela. Bem, eu? Eu sou invisível aos teus olhos, silenciosa como a névoa e pálida como a nuvem. Minha alma vaga como todas as outras, hipn...