De Volta Pra Você

Capítulo 2

Pov's Luci

Manhã de domingo. Quando Henrique falou sobre o irmão do Fêh, ele ficou tão ressentido... Lembro vagamente do Rafael, o irmão mais velho de Felipe. Quando o Fêh tinha 8 anos, ele tinha 19. Rafael era um herói para o Fêh, já que ele não pôde conhecer o pai.
Eu tinha 7 anos e ele 9 quando a família dele decidiu se mudar. Apesar de eu nunca saber o real motivo deles terem se mudado tão de repente.
Penso se devo ir na casa dele ou ao menos ligar pra ele...

- Luci! A Mari está na porta! - Hora de ser normal (ou louca, perto da doida da Mari, só isso mesmo!). Desço as escadas correndo e abro a porta de entrada.

- Oi! Eu trouxe dois potões de sorvete e três DVD's de The Vampire Diaries pra você se esbaldar nessa fossa! - Ela sempre fala nesse tom animado e deixo ela entrar.

- Eu já sei do que aconteceu ontem, amiga! Já se espalhou pra todos os estudantes da nossa escola. Você é a diva das notícias! - Tampo a boca dela com a mão, eu sei que quando ela começa a falar de fofoca, simplesmente não para, principalmente quando eu sou o assunto.

- Não piora as coisas, Mari! Eu só terminei algo que já não estava dando certo! - Solto a boca dela e ela apenas dá um longo suspiro, antes de recomeçar o falatório.

- Eu sei que o Felipe te defendeu, gravaram a briga e botaram na Internet. - Arregalo os olhos depois de descobrir isso. Na internet!? Como tiveram coragem?! Tenho que procurar os responsáveis e tirar isso o mais rápido possível!

- Não vai adiantar tirar da Internet, muitos já compartilharam e a escola inteira viu! O Fêh já chegou chegando! - Ela cai na risada. E tento me controlar pra ficar séria, mas é uma tarefa quase impossível.

- Eu estava pensando em visitar ele hoje, mas eu tou indecisa. O Henrique falou do irmão dele e ele ficou bem resentido. - Mari para de rir e apenas me observa, meio séria e meio preocupada.

- Melhor a gente aproveitar os DVD's e o sorvete. Depois você fala com ele, pode ser? - Ela mal espera minha resposta e já vai entrando na cozinha, procurando por colheres para nós duas.

- Claro. - Sussurro mais pra mim mesma.

Nós duas subimos as escadas e entramos no quarto, a Mari pulou na cama (ela é muito folgada, mesmo...) e eu fui colocar o DVD pra a gente assistir, quando o DVD acabou ela acabou dormindo e eu fiquei perdida em meus pensamentos.

Eu não consigo acreditar que o Henrique me traiu com a minha amiga! Eu gostava muito dele mas pelo jeito ele não gostava nem um pouco de mim... Quando eu vi ele com ela, fiquei com tanta raiva mas preferi não fazer nada. Não ia sujar as minhas mãos com lixo, e também o Fêh brigou com aquele babaca por minha culpa eu faço tudo errado mesmo... Eu meti ele no meus problemas...

Acabei dormindo e quando eu me acordei já era 9:00 horas da manhã. Eu não vi a Mari, ela deve ter ido embora.
Fui pro armário, pequei minha roupa básica, um short jeans e uma blusa regata, deixei minha roupa na cama e fui pro banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água morna cair sobre o meu corpo, tomei um banho mas logo sai do banheiro e vesti minha roupa. Passei uma maquiagem básica e botei meu cabelo pra trás, fiz um coque bem despojado. Desci as escadas e fui logo pra cozinha.

- Oi Luci você acordo bem? Eu soube que você terminou com o seu namorado... Ele não merecia você, você é muito especial! -Minha mãe olha pra mim com cara de preocupada.

- É eu sei, ele é um filho da...
- Eu fui interrompida pela minha mãe.

- Sem palavrão Luciana! O café tá na mesa, eu vou sair, vou no mercado daqui a pouco eu volto. - Minha mãe fala saindo da cozinha.
Quando eu comecei a colocar o café na xícara eu escuto a campainha tocar será que é a minha mãe? Ela deve te esquecido a chave... Vou em direção a porta quando eu abro do de cara com aquela vadia da Vitória.

- Como você teve coragem de vir bater na minha porta, sua vadia? Tá querendo apanhar? - Eu já tava ficando sem paciência.

- Eu só vim te dizer que o Henrique e meu, e que não é pra você si aproximar dele. - Ela fala colocando a mão na cintura.

- Vitória você pode ficar com ele, vocês se merecem, vocês dois não prestam, mas eu vou avisar mais uma vez si você não sair daqui da frente da minha porta, eu vou quebrar a tua cara de vadia! - Eu já estava com vontade de matar aquela traidora.

- Eu vou sair daqui na hora que eu quiser! Quero ver você mim tirar da que sua chifruda! - Ela fala rindo da minha cara.

Eu não me seguro e vou pra cima dela, a derrubo no chão e dou vários soco na cara daquela vadia. Quando eu sinto alguém me segurar pela cintura e me tirar de cima dela. A vagabunda continua caida no chão, e quando eu viro pra ver quem me impediu de matar aquela puta sem noção eu dou de cara como dois pares de olhos maravilhosos do Fêh... Azuis piscina maravilhosos... Eu me afasto um pouco porque a gente tava muito próximo.

- Você continua briguenta e pavio curto como sempre, desde quando a gente era criança... você quase matou a garota! - Ele fala segurando os risos para não rir.

- Ela veio que com a maior cara de pau! Fala desaforo comigo depois de eu ter visto ela com o Henrique, ela que pediu por isso! - Falo quase sem paciência.

Quando eu viro pra ver aquela vadia no chão ela já tinha fugido e eu nem percebi.

Esse é o meu primeiro livro continuo...