Emma Beatrice

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Emma Beatrice Carter

A DIRETORA ME PARA NO CORREDOR.

-Pare ai mocinha!- a diretora diz.

-O que?!? O que aconteceu?- eu digo, e olho ao redor, todos estão olhando pra mim.

-Você tem que me acompanhar!- ela diz. Ela sempre fala alto, e está sempre mal humorada.

-Tá- eu digo, e aperto ainda mais meu caderno contra o peito.

Eu vou com ela até sua sala, onde, não um! Mais dois, policiais ne esperam.

-Emma Beatrice Carter?- fala um dos policiais, olho o seu nome no distintivo, seu nome é André.

-Sou eu mesma!- eu digo.

-Você tem que vir conosco, para a delegacia- André fala.

-Tá, mas porque?- eu digo.

-Seus pais, é só isso que posso dizer, o caso é sigiloso- André diz.

Eu os acompanho até a viatura que está na frente da escola. Eles me conduzem até uma sala, lá um homem lindo, que eu acho ser o delegado está sentado à minha espera. É uma sala pequena, escura, iluminada apenas por uma luz, e paredes cinza, uma mesa que o delegado está apoiado, duas cadeiras, uma pra ele e uma pra mim, à minha direita tem uma parede que é metade vidro e metade parede. Meus pais estão do outro lado, eles gritam alguma coisa mais eu não consigo escutar, o vidro é muito espesso. Eu corro até a parede e grito:
-Mãe! Pai!

-Sente-se- o delegado fala e aponta para a cadeira na sua frente, eu sento.-Você é a filha deles?

-Não, eu gritei, mãe e pai só pra fazer draminha!! Sim, o que tá acontecendo?- eu pergunto.

-Mas na sua certidão de nascimento não consta os nomes deles.- ele diz.

-O que está acontecendo? Porque eu estou aqui?!?- eu pergunto, tentando esconder o quanto estou confusa, sem sucesso.

-Calma! Seus pais já são nossos conhecidos daqui, eles são procurados por várias coisas, isso você sabe né?- ele diz.

-O que? Eu não faço ideia do que você está falando! Meus pais... eles não fizeram nada!- eu digo.

-É o que todos dizem, prove! Prove que está falando a verdade.- ele diz.

-Como!! Eu não sei de nada!!- eu digo gritando.

-Me dá seu celular- ele diz.

-Porque? Virou meu pai? Ahh, é, ele está preso!- eu digo, sarcasticamente.

-Isso aqui não é brincadeira, você acha que está na sua escolinha, brincando de briga com as falsiane?- ele pergunta.

-Só se você for uma delas.- eu digo, e faço um gesto de gay com a mão, ele quase ri mas se segura e estende a mão, e eu dou meu celular.-Só não entra na conversa com o boy.

-Pode deixar.- ele diz

Ele abre minhas conversas com meu pai e depois a com minha mãe, o grupo da familia, mas lá não tem nada.

-O que você sabe sobre eles?- ele pergunta, e devolve meu celular.

-Minha mãe gosta de costurar, meu pais gosta de chá, minha mãe é estilista, meu pai é empresário falido...- eu estou dizendo e ele me interrompe.

-Chá, de que?- ele pergunta.

-Eu não sei, mais eu digo pra ele te convidar um dia desses pra um chá da tarde.- eu digo.

-Chá!- ele anota no papel.-E o que ele faz depois de tomar chá?

-Ele dorme, acho que ele tem uns pesadelos também, pergunta a ele, ele deve ter mais detalhes- eu digo.

-Boa ideia!- ele diz e sai da sala, me deixando sozinha com um homem que parece uma montanha de tão alto e musculoso.

Ele reaparece na sala ao lado, falando com meu pai. Eles ficam um tempo lá, falando um com o outro. O delegado volta para a minha sala.

-Seus pais tem 3 minutos pra falar com você, é melhor não desperdiçar- ele diz e libera a passagem pra mim. Eu entro na sala.

-Tudo o que você precisa saber é: nós te amamos mas não somos seus pais biológicos, você foi abandonada na nossa porta, nós te adotamos, fomos presos pelos nossos pecados e vamos pagar por eles, e agora você tem que ir pro colégio interno, lá você estará segura, não conte que está lá a ninguém, temos inimigos! Não saia de lá! Nós te amamos!- meu pai fala.

-Não se sinta culpada por nós, foi a nossa escolha. Viva! Viva o melhor que puder, nós te amamos!- minha mãe diz, e estão me carregando para fora da sala, eu estou gritando e tentando me soltar.

-Eu também amo muito vocês!- é o que eu consigo gritar, antes que fechem as portas.

-Eu vou te levar, vamos.- o delegado diz.

-Aonde?!?- eu pergunto.

-Sua casa e depois pro colégio- ele diz.

Eu vou com ele. Ele vai até um carro que não é uma viatura, provavelmente é seu carro. Chegamos em minha casa, eu entro e ele também, procurando alguma coisa pela casa, eu subo a escada e arrumo minhas malas.

-Vamos- eu digo, e deixo minhas malas para ele carregar, vou até o carro e sento no lugar do passageiro.

Ele fica para colocar minhas malas na mala do carro.

-Seria mais fácil se você ajudasse! - ele diz.

Liga o carro e dirige, ele para em frente à um restaurante japonês.

-Achei que você ia querer almoçar- ele diz e sai do carro.

Eu abro a porta e ele está do meu lado com a mão estendida, eu dou a mão para ele e ele me ajuda a sair do carro. Eu deixo minha mochila e caderno no banco. Nós caminhamos até a porta e ele abre a porta pra mim, eu passo e ele vem depois. Nós nos sentamos numa mesa e ele pedi sushi.

-Meu nome é Lewis.- ele diz com um sorriso.

-Lewis?- eu pergunto.

-É, se pronuncia Levi- ele diz.

O sushi chega, nós comemos. Ele fica olhando pra mim, eu fico com um pouco de vergonha, acho que minha boca está suja, mas não está.

-Acho que combinamos, seriamos bons amigos.- ele diz.

-É!- eu digo, um pouco animada.

-Depois daqui, você quer ir em algum lugar?- ele pergunta.

-Eu não sei, não parece certo.- eu digo.



As Herdeiras Do Sol E Da LuaOnde histórias criam vida. Descubra agora