Capítulo 15

14 1 1
                                    

Ele devia estar me esperando para a comemoração de meu aniversário, mas ele não estava. Peguei meu celular e tentei ligar mais uma vez para ele. Nada. Passei os olhos pelo ao redor do restaurante. Resolvi entrar, retirei meu cassaco e entreguei a um rapaz que pelo que me pareceu era para entregar tal peça a ele. Dei mais uma rápida olhada, desta vez dentro do restaurante a procura dele, mas não o vi, então saí andando a procura de uma mesa, me sentei próximo ao palco, onde alguns músicos faziam um doce som soar pelo robusto restaurante.

Esperei por alguns minutos pensando que ele teria apenas ficado preso em um congestionamento, mas ele deveria estar de moto, então...

Quando cansei fui em direção a saída do restaurante.

Vesti meu casaco e me retirei de lá. Dei mais uma olhada na entrada do restaurante que parecia ser uma ótima escolha para aquele dia, para mim tão idiota, mas que prometi abrir uma exceção e me permitir a ele, quando me deparei com um pedaço de papel com minhas iniciais escritas nele e o numeral um. Arranquei o papel e o abri.

- Era uma ótima ideia. Mas não... – Li o que estava escrito sussurrando. Era a letra de Benjamin. Ele nem ligou para se explicar, só deixou aquele pedaço inútil de papel com aquela mensagem idiota que não entendi, algo devia estar acontecendo, ele nunca me deixaria ali esperando-o. Enfim resolvi ir logo para a festa em minha homenagem na casa de Ammy.

Dirigi o mais rápido que pude na tentativa mais que absurda de afastar o que Benjamin havia acabado de fazer comigo. Estacionei em uma vaga bem em frente à casa de Ammy, que estranhamente não estava me esperando no lado de fora de sua casa. Me aproximei da porta e tinha um cartão bem parecido com o que eu havia encontrado na mesa do restaurante.

Mesmos aspectos, minhas iniciais e outra mensagem idiota.

- Desculpa. Também não... – Aquilo já era palhaçada. Tentei rodar a maçaneta, mas a porta estava trancada.

Liguei meu carro e fui até a quadra de bombeiros. Ele deveria estar lá, e de alguma forma não sei qual, ele sabia que eu ia para lá. Me aproximei do cano de emergência e tinha outro pedaço de papel e outra coisa, um papel maior ainda.

- Quase. Mas ainda não... – Li e ri irônica. – Está de brincadeira. – Peguei o outro papel. Era um mapa da cidade e alguns pontos estavam marcados com alguns corações. O exato local do restaurante, a casa de Ammy, a quadra de bombeiros e um coração ainda maior estava em cima do local que indicava ser minha casa, ri novamente só que bobamente.

Ele não fez isso...

Era uma espécie de caça ao tesouro. Meu sonho. Fui correndo para meu carro e disparei em direção a minha casa, meu coração a mil batimentos por minuto. Uma estranha adrenalina estava percorrendo meu corpo inteiro.

Estacionei o carro e corri para a entrada. Tudo estava calado. Entrei e a sala de estar estava escura. Liguei a luz a espera de algumas pessoas. Nada.

Ele me enganara?

Subi as escadas a procura de Benjamin, mas não havia ninguém ali. Abri o quarto de Beth e ela não estava mais lá. Em meio a tudo aquilo acabe esquecendo de que ele havia ido para o aeroporto naquela tarde.

Saí do quarto e fui para a cozinha tomar um copo de água. Deixei minha bolsa em cima da mesa.

Onde estava meu tesouro?

Liguei as luzes do quintal da cozinha e fui em direção a ele. No momento que girei a maçaneta a porta se abriu e logo um enorme barulho invadiu meus ouvidos.

Garota de FogoOnde histórias criam vida. Descubra agora