Capítulo 4- Não se arrependa depois...

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Faz duas semanas que tive alta do hospital, mais ainda sinto muita dor de cabeça. Principalmente depois de ter um pesadelo, eles estão cada vez mais frequentes e minha familia está muito preocupada comigo. Eles acham que a batida de alguma forma pode ter afetado alguma parte do meu cerebro e isso está causando pesadelos e alucionações. Bom é o que eles acham, mais para mim isso não tem nada a ver com a batida, já que venho tendo esses pesadelos a bastente tempo.

Hoje foi ainda mais real, ainda posso ver a cena diante dos meus olhos...

* Flashback On: - Pesadelo*

Era como se eu estivesse em um parque ou algo do tipo, não tenho certeza. Era um local arborizado e a grama era bem verdinha. Estava a noite e não havia nada além das sombras das árvores. Eu estava caminhando sozinha e a noite muito gélida, eu andava toda encolhida por causa do frio e os únicos ruídos que eu escutava eram da minha respiração e o vento soprando. As arvores sacudiam e a medida em que eu caminhava me sentia muito apreensiva. Era uma sensação estranha, até que eu vejo um sombra se aproximando de mim. Aumento os meus passos na tentativa de me afastar de quem quer que fosse a pessoa que me seguia, provavelmente não era alguém confiável.

Eu andava cada vez mais de pressa e a pessoa também, eu estava apavorada e meu coração parecia que iria sair pela boca, não tive coragem de ver quem era, apenas sai correndo. Corri, corri por muito tempo, até que me encontro totalmente sem saída, pois entrei em um maldito beco sem saída. "Porque diabos alguém em sã consciência entra em uma merda de beco sem saída quando estava tentando fugir de alguém?" - Penso comigo mesma e me desespero. Tento me esconder atras de um latão de lixo, faço o minimo de barulho e tento controlar a minha respiração ofegante. Eu estou exausta pois corri muito e Deus quem quer que fosse a pessoa, se me encontrar eu estou perdida, pois não aguentarei correr e muito menos gritar.

Estou a quase cinco minutos abaixada sem quase respirar para não fazer barulho. Vejo uma sombra mais adiante e volto a ficar apreensiva, fecho meus olhos e ao sentir algo tocar em minha perna, repreendo um grito e abro o olhos.

- Porra! - Exclamo, era a merda de um rato. Um puta rato grande, parecia um gato. - Mais que merda.

- Tsc.Tsc- Escuto alguém estralar a lingua atrás de mim.- Porque fugir quando sabe que não tem saida. Linda Winchester.

Alguém sussurra em meu ouvido. Eu grito o mais algo que consigo, até apagar completamente.

*****

Acordei toda soada com a minha família toda no quarto, eles estavam tentando me acordar. Eu estou tremula e totalmente sem ação.

- Filha, filha... foi apenas um pesadelo, se acalma meu amor.

Eu estou chorando descontroladamente, minhas mãos estão tremulas, tudo pareceu tão real. - Liv eu liguei o doutor Miguel, ele virá em minutos.- Diz Melissa, Alvaro se juntou a nós.

- Oi princesa. Como está se sentindo? - Pergunta Alvaro, me abraçando.

- Foi horrivel Al. - Digo e abraço ele mais forte.

- Vai ficar tudo bem princesa. Nós estamos aqui, nada de ruim vai acontecer, eu prometo. - Ele limpa uma de lagrima que escorreu pelo meu rosto e sorrio fraco.

- Mãe. - A chamo e minha voz sai muito baixa.

- Estou aqui meu amor.

Minha mãe me abraça forte e eu fecho meus olhos, ao sentir o aroma do perfume delicado dela. Ela acaricia meus cabelos como ela fazia quando eu era pequena e havia acabo de ter um pesadelo.

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