Capítulo 5- Sombras na escuridão

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- Carter. - O chamo e ele levanta um pouco a cabeça para me olhar.

Estamos deitados em uma colcha sobre a grama do quintal de Carter. Ele está deitado sobre a minha barriga, enquanto eu admiro as estrelas e acaricio seus cabelos negros. A noite está um pouco fria e há algumas nuvens no céu, mais não o suficiente para tapar o brilho da lua cheia que está magnifica essa noite em um brilho intenso, a mais linda que eu já presenciei.

- O que foi princesa? - Ele se levanta e fica em minha frente.

- Eu estava pensando, é algo bobo vou avisando. - Sorrio fraco e ele se aproxima mais e retira uma mecha do meu cabelo sobre o rosto e coloca atrás da minha orelha, acariciando a minha bochecha. Olho para a colcha e volta a encara-lo. - Não seria bom se tivesse um modo de poder bloquear os pesadelos? Sabe, para não atormentar mais...- Desvio o olhar e ele toca em minha bochecha, me olhando de modo intenso com um vestígio de sorrio e as sobrancelhas arqueadas. - Eu disse que era bobo.

- Não é bobo Nick. - Ele sorri. - Mais saiba que bloquear um pesadelo não vai fazer com que ele suma da sua mente. É preciso saber a causa dele, muitas vezes os pesadelos querem mostrar algo que não conseguimos interpretar por causa do medo. É preciso enfrenta-lo para enfim poder enxerga-lo com clareza e assim poder acabar com o pesadelo. Entende?

- Faz sentido. - Sorrio. - Como você sabe tanto dessas coisas?

- Assisti Divergente. - O olho incrédula para ele e bato em seu braço e ele da uma gargalhada gostosa. - O que?

- Aí eu não sei porque ainda escuto o que você fala. - Me levanto da colcha e caminho para dentro da casa. Mais logo sinto as mãos de Carter sobe a minha cintura. Começo a correr e olho para trás e ele está correndo atrás de mim. Solto um gritinho quando ele me agarra pela cintura e me ergue do chão. Começo a me debater. - Carter! Me soltaaa... não... ha ha ha. - Acabamos caindo na grama, estamos ofegando de tanto correr. Carter começa a fazer cosquinhas em mim e eu me contorço, tento fazer ele parar, mais isso só dá mais gaz para ele continuar.

- Nãoooo, pa-ra Carterrr. - Gargalho tanto que começo a chorar de tanto rir. Em um impulso acabo derrubando ele e giro meu corpo ficando em cima dele. Ainda sorrindo e ofegando muito, paro um segundo e olho para o rosto dele sorrindo. Me arrependo de ter feito tal ato e saio de cima dele.

- O que foi? - Pergunta ele se levantando da grama, mordo o lábio inferior e desvio o olhar dele. - Nick? Está tudo bem?

- Está... claro. - Sorrio. - Não foi nada.

- Nick eu te conheço, sabe que pode me dizer, foi algo que eu fiz? - Ele pergunta já preocupado.

Ele está sendo muito carinhoso e atencioso comigo, sou grata por ele sempre saber como me animar e tudo o que eu precisava era realmente isso. Um momento descontraído, sem pensar em nada, sendo eu mesma, com ele. Mesmo que seja uma loucura está tão próxima dele, mais não quero pensar em nada. Não hoje...

- Carter. - O chamo baixinho e olhar dele me faz morder o meu lábio inferior

- Oi. - Ele se aproxima ficando pouco menos de um metro de distancia de mim. Tenho que admitir que qualquer aproximação com ele é perigoso, muito perigoso.

- Quero te agradecer por tudo o que você tem feito por mim. Não sei como posso te agradecer, mais quero que saiba que isso tudo significa muito para mim.

- Não precisa agradecer princesa. Sabe que não faria isso por qualquer pessoa, mais é você. Então me sinto no dever de fazer o que eu puder para te ver feliz e estar aqui sempre que você precisar.

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