Capítulo 16.1- Operação "Ligação de Almas"

67 3 13
                                    


Se ela ficar... parte I

Música: Bon Jovi- I'll Be There For You

* A tradução diz exatamente tudo o que o Jace está sentindo. Se puderem dar uma olhadinha depois. :)

Minha ligação com a Nicole é interrompida quando sinto algo grande pular no meu colo. Abro os olhos e me assusto ao ver um Husky Siberiano em cima de mim. Ele fica me olhando e depois começa a latir e me lamber.

- Eca! - Digo e ele sai do meu colo e se senta ao meu lado. Me levanto e acaricio seus pelos macies. Ele é muito dócil, pego o pingente da coleira dele e olho o nome. - Arrow! - Digo e ele late. Sorrio e repito. - Seu nome é Arrow amigão? - Ele late novamente, muito esperto esse cachorro.

Fico me perguntando como um cachorro desse tamanho conseguiu entrar no Instituto sem que ninguém o siga. E porque ele veio exatamente onde eu estava, não sei se isso significa algo. Mais ele parece gostar de mim. Agora não sei o que fazer, sinceramente. Não tenho a minima ideia de onde ele veio ou quem é seu dono. Não me lembro de ninguém que tenha um cachorro... espera. Tem alguém sim, mais não pode ser... será?

- Nick. - Digo ele late. - Você é o cachorro da Nicole? - Ele late novamente. Mais como ele veio parar aqui? 

- Vem amigão vamos passear. - Digo e ele me segue.

Começamos a andar sem rumo e de repente ele para de andar e começa a arranhar a porta do quarto que seria da Nicole. Olho para ele e entro, me arrependo no mesmo instante ao ver as coisas dela devidamente arrumadas. Provavelmente a Melissa desencaixou as coisas dela e arrumou tudo. Me sento na ponta da cama dela e respiro fundo, logo o Arrow pula na cama e se deita colocando a cabeça no meu colo. Faço carinho em sua cabeça e observo-o. Ele realmente combina com a Nick. Só ela mesmo para dar o nome de Arrow á um cachorro.

Acabo me perdendo em pensamentos quando Arrow começa a latir sem parar. Olhando para a porta da varanda, ele se levanta e corre em direção da porta começa a pular e latir, olhando para algo lá fora.

- Hey se acalma Arrow, o que você está vendo? - Olho para a direção de onde o cachorro está olhando e vejo a Nick. Não acredito que o cachorro sentiu a presença dela. Isso é surreal. Abro a porta da varanda e Arrow avança para fora como uma flecha. Ele se levanta na sacada e continua a latir sem parar.

A nossa frente podemos ver a perfeita imagem da Nick sentada em posição de meditação na frente dos quatro caminhos eternos. O que será que ela está pensando?

- Arrow não... mais o que?

O cachorro acaba de pular para dentro do reflexo como se fosse em um espelho. Ele corre na direção da Nick e se sentar ao lado dela, tirando sua concentração. Ela olha para o lado e sorri ao ver seu cachorro. -Ela fala alguma coisa que não posso ouvir. -O cachorro se anima e ela faz carinho nele, logo eles começam a brincar, correndo de um lado para o outro. Como se estivessem em um campo aberto.

- Não acredito. Como isso é possível? 

Ele corre em minha direção e ela corre atrás. Assim que ela me vê ela para de correr e sorri. Ela levanta a mão e tocando no reflexo como se fosse pudesse me tocar.- Faço o mesmo, tocando seu rosto pelo reflexo.- As nossas mãos não atravessam como Arrow fez. Estamos realmente em lados diferentes. Ela me encara e posso ver seu olhar triste por alguns segundos. Ela se abaixa para ficar do tamanho do Arrow e fala algo no ouvido dele. Ele late e ela sorri olhando para mim. Ela acaricia ele novamente e logo ele pula de volta, ficando ao meu lado. Ele se senta e coloca a cabeça na minha perna. A Nick sorri e uma unica lagrima escorre pelo canto do seu olho. Meu coração se aperta e ela acena em minha direção como se estivesse se despedindo. Arrow late novamente e o flexo dela some. Começo a bater sem parar naquele reflexo e ele se parti em vários pedaços e somem pelo ar. Nunca senti uma dor tão grande no meu peito, acabo caindo de joelhos e lagrimas escorrem pelo meu rosto. Inundando todo o meu ser, choro como eu nunca chorei antes. É uma dor muito intensa, nunca senti algo tão dolorosa em todos esses anos. A ultima vez que eu chorei foi quando meu pai morreu há 12 anos. Depois disso eu nunca mais derramei uma lagrima.

HerdeirosOnde histórias criam vida. Descubra agora