Poema 25

7 1 4
                                    

Na pele que por tantas vezes foi cortada,
Ela resolveu ser amada.
Em um belo dia escreveu, um nome de alguém que não morreu.

E alí, no pulso que tanto sofreu a dor da alma.
Ela docemente perdeu a calma.
O sangue as vezes ainda escorria,
E ela nas madrugadas não dormia.

Porém os anos foram passando.
E o nome se apagando.
Não na pele tatuada,
mas na memória de mulher deixada.

E do nada ela resolveu,
Fazer o laço no lugar do nome que não morreu.
No pulso tanto sofrido por cortes,
Hoje ela tem o laço da sorte.

E pede silenciosamente para o amor ,
Que traga alguém que desfaça o laço sem dor.
No som da agulha na pele entrando,
Ela ouviu de quem estava criando.

Que naquele lugar estava arte ficando.
O pulso que suportou tanta dor.
Hoje se alegrou nas mãos do humilde tatuador...

Sheila Rangel

Pele Em Flor Onde histórias criam vida. Descubra agora