Poema 29

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No peito eu não mando,
Ele vive contra a maré remando.
Chega até ser teimoso,
Amando um moço.

O qual nunca retornará,
E só lembranças ficará.
A saudade vem com uma força tremenda,
Deixando o peito cheio de emendas.

Todo ferido e dolorido,
Porém ele não consegue ver
que está perdido.
Bate ainda por uma ilusão,
Que não tem tempo para ele não.

Vive tentando respirar,
Porque esse pobre coração só sabe amar.
E ele vai remando contra a dor,
Porque precisa vivo continuar.
Mesmo chorando no rancor ,
Mesmo triste por não poder mais falar.

Como esse peito sempre sangra sem alguém perceber.
Mas ele é forte e supera um amor, não mais ter.

Sheila Rangel

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