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Sai caminhando pela rua sem um destino certo apenas caminhava sem prestar muita atenção à minha volta, sentir o vento fresco batendo em meu cabelos era uma ótima sensação. Queria apenas ficar em silêncio com meus pensamentos mas uma voz me chamando me fez parar no meio do caminho mas não olhei para trás.

_Sofia, precisamos conversar._Disse Lucas segurando meu braço me virando para encaral-o, mas não olhei em seus olhos. Ele levou a mão que não segurava meu braço ao meu queixo direcionado meus olhos aos seus._Você se escondeu hoje cedo nem tivemos chance de conversar...

_Se isso for mais algum de seus joguinhos eu sugiro que você pare agora._O interrompi dizendo e ele me olhou confuso.

_Eu nunca jogaria com você!_Disse sério mas eu apenas ri.

_Pois eu acho que isso foi tudo o que você fez desde que nos conhecemos._respondi e ele sorri acariciando meus rosto com o polegar.

_Achei que já tivesse entendido! Nunca foi um jogo._Disse me puxando pela cintura e me trazendo mais para perto._Eu sempre fui apaixonado por você.

Ele me beijou de novo e não exitei em corresponder, não fazia sentido eu tinha que admitir. Eu era louca por ele. Ele se afastou um pouco sorrindo e eu também sorri.

_Eu também sou apaixonada por você idiota!_Disse rindo e ele segurou minha mão entrelaçando nossos dedos.

_E como não seria?_Perguntou de forma convencida, dei um soco forte em seu braço o fazendo reclamar mas logo começou a rir junto comigo, começamos a caminhar de volta pra casa de mãos dadas e conversando._Ah é, quase esqueci de te contar, meu pai encontrou um cara muito interessado em comprar a estátua de palhaço então ele vendeu.

_Sério?_perguntei e ele afirmou._finalmente vamos tirar àquela coisa de dentro de casa!

_Pois é, o comprador deve estar indo buscar a qualquer momento.

_Porque alguém teria tanto interesse em comprar àquela coisa?

_Eu não sei, parece que ele é um colecionador ou algo assim._Afirmei e ele olhou pra frente e comentou:_É uma pena!

_O que é uma pena?_Perguntei confusa o encarando.

_Sem a estátua de palhaço você não vai ter mais motivos para ter medo e não vai me chamar para dormir do seu lado._ri do comentário. Eu realmente não teria mais motivos para ter medo e ele nenhuma desculpa para invadir o meu quarto.

_Não se preocupe._comentei sorrindo o fazendo prestar atenção em mim. Sorri deboxada._Ainda teremos as tempestades._Ri de sua cara indignada mas se ele podia usar meus medos eu podia usar os dele.

Chegamos em frente a nossa casa a tempo de ver uma caminhonete parada na frente dela e um homem saindo da porta da frente com a estátua de palhaço. Parei ao lado de mamãe e Carlos que também observavam o palhaço ser colocado na carroceria da caminhonete. O homem apenas acenou, entrou na caminhonete e foi embora. Fiquei olhado a estátua se afastar quando o carro passou por um buraco fazendo a estátua se virar olhando diretamente para mim ficando assim até sumir de vista.

_Você viu aquilo? Parecia que me encarava._Todos reviraram os olhos.

_Esquece o palhaço, não vai mais precisar se preocupar com ele._Porque será que eu não acredito nisso?Ouvi o som de uma câmera e olhei para a mamãe que estava tirando uma foto nossa de mãos dadas.

_Mãe!_Reclamei e ela riu.vAposto que já tinha apostado no grupo e agora eu passaria o dia tentando explicar o que aconteceu mas, quer saber? Eu não vou me importar com isso. Estou feliz demais para me preocupar com detalhe._É irônico que tudo tenha acontecido por causa de um palhaço não é?

_Como assim?_Perguntou Lucas não entendendo do que se tratava.

_Se não fosse o meu medo de palhaços nada disse teria acontecido não é?

_Tem razão!_Ele riu me abraçando pela cintura e me beijando, novamente ouvimos mais um flash de câmera.

_Mãe!

_Agora não há mais com negar, eu sabia que isso ia acontecer!_Disse praticamente gritando de empolgação._Me deve dez reais._Falou olhando pro Carlos.

_Te pago depois, não acredito que acertou._Respondeu ele me deixando indignada.

_Vocês apostaram se nós íamos ou não ficar juntos? Isso é absurdo!

_Querida, você era a única que ainda não tinha se tocado do que estava acontecendo._Respondeu mamãe sorrindo

_Ela tem razão!_Disse Carlos, Lucas deu de ombros concordando. Cruzei os braços aborrecida mas Lucas me abraçou e susurrou em meu ouvido:_Você realmente fica fofa quando está zangada.

Não pude deixar de rir e o beijei, acho que nunca me cansaria disso. Mamãe nos chamou para entrar e ele segurou minha mão, entramos conversando e rindo enquanto meu celular apitava desesperadamente indicando a chegada de dezenas de mensagens que foram ignoradas. Mais tarde eu me preocuparia com explicações, mas agora eu aproveitaria aquele momento antes que as brigas rotineiras voltassem a acontecer, e elas com certeza iriam, assim era mais divertido.

O PALHAÇOOnde histórias criam vida. Descubra agora