{escrito por TiagoAdulis }{Trisha}
Oi gente, aqui é a Trisha. Tá. Eu sei que esse título é meio estranho, mas vocês vão entender.
Estávamos na parte que o lêmure vira um manticore, né? Ele tinha pulado em minha irmã, Alyssa, que por pouco se salvou. Sendo o crepúsculo o horário que ela ficava mais forte e poderosa, Lys conseguiu se dissolver em meio às sombras e, viajando entre elas, foi parar alguns metros adiante, mais perto de mim e de Abel. Então, aquele bicho enorme estava encarando a gente. As asas - de morcego, talvez - brilhavam na noite escura, enquanto seu enorme rabo de escorpião se mexia. Este tinha mais ou menos uma dúzia de espinhos enormes que, além de afiados, eram no mínimo venenosos. Realmente, não estavamos acostumados a monstros aparecendo enquanto jantávamos.
Recuo para perto de Lys e Ab. Eu adoro dar apelido para as pessoas que eu gosto, deixa tudo com um tom diferente.
— Ahn... Pessoal? Fugir ou lutar? — perguntou Ab, enquanto já segurava sua pulseira dourada, que se transformava em seu chicote de guerra.
Bem, a resposta da Alyssa era óbvia. Ela não precisou nem falar. Quando olhei, já estava com seu arco em mãos e a aljava nas costas.
— Lutar — sorrio gentilmente, o que era estranho, devido à frase que eu havia acabado de falar. Hm, apesar de toda minha doçura, era um prazer assassinar alguns bichos desses.
A minha mãe e a de Lys eram basicamente opostas: Latona e Éos, o anoitecer e o amanhecer, o grego e o romano, blablablá. Mas nosso pai era o mesmo... Então tinhamos muito em comum. Bem, minha mãe é uma deusa arqueira, e Latona (ou Leto) é mãe dos gêmeos arqueiros: Ártemis e Apolo. Portanto, naturalmente, nós duas nos davamos muito bem com essas armas. Lys carregava em seu pescoço um belo colar de ouro branco, que tinha dois pingentes contemporâneos - um de sol e um de lua - que em um certo ponto se fundiam em um só. Eu carregava um colar igual, só que de ouro dourado, ao invés do tom prateado do da minha irmã. Nossas armas seguiam esse padrão da mesma forma: a bela aljava, o arco e as flechas de Lys eram prateados, carregando o tom do anoitecer; enquanto os meus eram dourados como os primeiros raios de sol da manhã.
Pressionei meu belo colar dourado e, entao, segurei meu arco. Puxei uma flecha de minha aljava, e a posicionei no cordame: a flecha de Éos, minha mãe. A linda haste de ouro celestial tinha de um lado a bela ponta afiada de mesmo material e, do outro, uma pena que reluzia nos tons da aurora boreal - que também era coordenada por minha mãe. Assim, a pena mudava de cor a cada instante, em um inconstante mix de rosa, roxo, azul, laranja, amarelo e verde. E assim eram as penas de minhas asas, idênticas às das flechas. Sim! Eu tenho asas!!! E se você tiver se perguntando... A resposta é sim, voar é realmente incrível. Eu amo minhas asas, e elas são tudo para mim. Afinal, a relação de Éos com os pássaros é imensa, sendo patrona de muitos deles. Minha mãe é uma deusa alada, e usa suas majestosas asas para percorrer o céu, cobrindo a noite e trazendo com sí a clareza do amanhecer e o sol. Assim, todos seus filhos tinham asas também. E foi naquele momento que eu abri minhas asas - elas eram sempre úteis em batalhas: elas tem uma envergadura de quase 2 metros, e são, descrevendo rapidamente, magníficas! Elas reluzem nas mesmas cores da aurora boreal, os mesmos tons brilhantes de rosa, roxo, azul, verde, amarelo e laranja da pena das flechas. Na extremidade das asas, quando eu quero, as pontas das penas podem ser cortantes como uma faca, podendo ser utilizadas como uma arma ou forma de defesa.
Bem, eu sei que minha aparência já pode estar bem estranha assim, mas além do meu cabelo loiro - normalmente em tranças - meus olhos também eram excêntricos: uma característica bem peculiar dos filhos de Éos. Eles sempre mudavam de cor, sendo hipnotizantes e muito belos para os outros. Mas nunca passavam por tons fracos ou sem graça, eram sempre os tons vívidos da etérea aurora boreal.
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Adversus
Fantasytrês semideuses filhos de deuses menores se juntam para ajudar uma deusa menor ainda - e acabam se envolvendo mais do que gostariam. (feita pra gincana de PJO/HDO e escrita junto com Tiago Adulis)