Este capítulo foi refeito na data 29/03/20 por motivos de incompreensão dos leitores
Não vou mentir, morro de preguiça pra escrever sobre diálogos. Tanto é que o capítulo antigo não foi escrito por mim. Mas muitos de vocês não entenderam o que a escritora escreveu, então estou aqui para refazê-lo, mas já vou avisando: vou usar trecho de terceiros.
Bom, antes de tudo já vou esclarecer mais uma coisa: não irei me aprofundar no assunto, por isso deixei um vídeo anexado na parte superior do capítulo, porém, caso não consigam acessar, aqui o nome: PONTUAÇÃO DE DIÁLOGO | COMO ESCREVER DIÁLOGOS EM UM LIVRO. É só jogar no YouTube que aparece, é do canal Fricçomos.
Saber escrever um diálogo é de extrema importância. Por meio do diálogo você pode introduzir novas informações, personagens, acontecimentos e caracterizar esses personagens. Você também tem a possibilidade de narrar sua história por meio dele. Aqui vou te dar umas dicas sobre o que fazer e não fazer. Questões sobre pontuação está no vídeo anexado e eu não irei falar aqui, pois tornaria esse capítulo enorme já que exige vários exemplos. Por isso a preguiça, hehe.
O diálogo é uma ótima forma de você transmitir a personalidade e características dos personagens. Mas não pense que isso é opcional, ok? Pois não é! Você deve ser coerente com as características atribuídas na Ficha dos Personagens. Deixe transparecer o vocabulário de cada personagem, com seu sotaque de acordo com a sua nacionalidade, gírias locais e seus vícios linguísticos. Mas também não exagere, senão o tornaria num personagem caricatural.
Essas ferramentas ajudam a humanizar mais o personagem, além de poder rolar uma identificação do leitor com ele. Se preocupe com o seu modo de falar e crie uma marca para cada um, sendo gíria, bordão ou uma expressão. Mas não abuse iniciando toda fala desse personagem com gírias/bordões, credo! Por favor, tudo na medida certa.
Lembrando que não tem problema você usar "tá" no lugar de "está" num diálogo informal, use a licença poética.
Caso você tenha dificuldade em desenvolver um diálogo, leia! Pegue seus livros e observe os diálogos e como eles são escritos, ritmo, expressões, etc...
E por último, uma coisa que incomoda qualquer um: usos abusivos de incisos.
"Os incisos são as inserções do autor no diálogo, ou seja, os trechos como "ele disse", ou "Sandra perguntou". Além de deixar claro quem fala, eles podem cumprir objetivos como emular o ritmo da conversa, descrever o tom de voz e narrar ações que acontecem simultaneamente ao diálogo."
(blog.autografia.com.br)
Você não precisa usar um inciso toda vez que alguém falar algo! Dependendo, o próprio contexto deixa implícito quem está falando. E quando você for usar, use variações: disse, ela disse, disse ela, comentou, exclamou, indagou, se exaltou... Tente adicionar ações e adjetivos no meio para incrementar a narrativa:
"Ana — chamou hesitantemente, se aproximando da menina —, eu preciso te contar o que acontecer ontem.".
Aqui está presente um adjetivo, mostrando que o personagem está hesitante, e o inciso, fazendo uma pausa no diálogo, imitando sua hesitação. Dessa forma o diálogo fica bem mais natural e dinâmico.
Agora, para finalizar, um trecho do site da editora Autografia (blog.autografia.com.br):
Fique atento ao ritmo: Uma conversa real entre duas pessoas inclui frases abandonadas pela metade, pausas para retomar o pensamento, assuntos misturados e vários outros elementos que, quando transpostos para o texto, podem confundir o leitor e atrapalhar o andamento da história. Por isso, não tente fazer diálogos realistas demais. Em vez disso, preocupe-se em mantê-los fluidos e informativos: inclua apenas as falas que avancem a narrativa ou revelem mais informações necessárias à trama.
Não hesite em transpor partes do diálogo para o discurso indireto. Por exemplo, em vez de iniciar uma conversa entre dois personagens com "oi", você pode escrever:
"Clara se aproximou de Roberto e o cumprimentou.
— Eu estava te procurando! — disse ele."
Leia em voz alta e interprete seus diálogos: Um diálogo é uma conversa transcrita para o papel e, por isso, para saber se ele está funcionando bem é preciso ouvi-lo. Leia em voz alta para saber se a sonoridade está boa e interprete as falas, pronunciando-as da mesma maneira que você imagina que seus personagens fariam. Assim você consegue testar se as frases e palavras que escolheu são condizentes com a emoção que seu personagem está sentindo.
É isso, gente! Contem-me se este capítulo está bom e se está melhor que o anterior. Caso ainda tenham dúvidas, minha caixa de mensagens está aberta. Beijooss!
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Como Criar Um Livro
Non-FictionUm guia para escritores iniciantes com dicas para começar a escrever o seu próprio livro do zero. Aqui há dicas e explicações de minha autoria e também textos e trechos de terceiros creditados que li durante alguns estudos e pesquisas. Aqui eu não s...