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3 de junho de 2014

Síndrome de Estocolmo ou síndroma de Estocolomo (Stockholmssyndromet em sueco) é o nome normalmente dado a um estado psicológico particular em que uma pessoa, submetida a um tempo prolongado de intimidação, passa a ter simpatia e até mesmo sentimento de amor ou amizade perante o seu agressor. De um ponto de vista psicanalítico, pessoas que possam ter desenvolvido ao longo de experiências na infância com seus familiares ou cuidadores, algum traço de caráter sádico ou masoquista implícito em sua personalidade, podem em certas circunstâncias de abuso desenvolverem sentimentos de afeto e apego, dirigidos a agressores, sequestradores, ou qualquer perfil que se encaixe no quadro geral correspondente a síndrome de Estocolmo, assim como a possibilidade, também, amplamente considerada, de que para algumas pessoas vítimas de assédio semelhante, possam desenvolver algum mecanismo inconsciente irracional de defesa, na tentativa de projetar sentimentos afetivos na figura do sequestrador ou abusador que possam "amenizar" ou tentar "negociar" algum tipo de acordo entre a relação vítima/agressor na tentativa de reduzir a tensão entre os entes envolvidos.

Yoongi sorria, gentilmente para os outros membros do grupo. O show havia sido ótimo. Apesar de muito cansado, aquele sorriso meigo nunca abandonava seu rosto. Como o próprio apelido sugeria, Suga era completamente doce. Nos últimos anos, vinha se relacionando muito bem com seus colegas, mas principalmente com Hoseok, a quem sempre chamava de Hobi. Com o passar do tempo desde que o grupo fora formado, eles haviam se tornado cada vez mais próximos. Suga amava tudo em Hoseok, mesmo que às vezes ele fosse um pouco frio, ou distante consigo. Passava horas e horas a conversar com o garoto, observando cada mania, movimento, olhar. Tudo nele o fascinava, encantava. Apesar de algumas brigas que haviam tido, ele queria estar ali, com eles. Com ele.
Se despediu dos garotos, indo em direção ao camarim. Se trocou rapidamente, colocando roupas limpas e mais confortáveis, terminando de colocar sua blusa enquanto se dirigia à sala ao lado, para pegar sua mochila. O dia seguinte seria de folga, então iria ter um tempo para relaxar. Ao chegar na sala, apenas Hoseok estava lá. Sentado no sofá, usando apenas sua calça de moletom preferida. Suga sorriu, um pouco envergonhado. Por mais que estivesse acostumado a ver o garoto daquela forma após esse ano de relacionamento, ainda se sentia tímido quando ele fazia aquilo.

- Te procurei em todo lugar, onde você estava? - Disse Hope enquanto se levantava, indo em direção ao garoto.
- Precisei trocar de roupa, estava muito suado. Desculpa por não te avisar Hobi...

Hoseok empurrou o garoto até a parede mais próxima, segurando-o pelo pescoço com sua destra. Seu olhar era sério, e Suga sabia que havia o irritado. Hoseok odiava quando ele saía sem dizer onde estava indo, e havia esquecido disso devido ao cansaço. Seus olhos se encheram de lágrimas, mesmo que ele tentasse não deixar com que as mesmas rolassem por seu rosto.

- O que foi que eu disse sobre ficar sozinho, sem me avisar de onde está, meu amor?
- Me desculpa Hobi...

A pressão em seu pescoço o fazia sufocar, enquanto as lágrimas começavam a rolar por seu rosto. Hope então sorriu, soltando-o e puxando-o para perto, dando-lhe um abraço quente. Suga escondeu o rosto no peitoral do mais alto, tentando controlar o choro, enquanto recebia carinhos em seu cabelo.

- Então, pra se desculpar, você vai passar sua folga na minha casa.
- Mas eu disse para o Jin qu-...

Hoseok puxou violentamente o cabelo de Suga para trás, fazendo-o gemer de dor, ficando com o rosto frente a frente com o seu. Ele detestava que Yoongi se encontrasse com os outros garotos fora da sua presença. Mesmo Jin, que era o melhor amigo de Yoongi.

- Yoongi, você não vai ver ninguém além de mim, ok?
- Tudo bem... - A voz do garoto saía embargada em lágrimas. Mas assim que foi solto, Yoongi tornou o abraçar Hoseok pela cintura, como se buscasse proteção de algo.
- Vamos, preciso trocar de roupas. - Se soltou de Suga, quase bruscamente, indo em direção ao camarim novamente, e o mais baixo o seguiu, sorrindo docilmente enquanto limpava as lágrimas em suas bochechas.