Capítulo 3

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Quando cheguei ao jardim, vi um menino jogado na grama com uma garrafa de vodka na mão, ele estava totalmente bêbado, ri da situação do garoto, mas como eu era uma pessoa muito boa, decidi ajudar. Fui até o garoto e o ajudei a se sentar. Ele estava praticamente desmaiando então não conseguiria andar. Fui para dentro da casa e peguei um copo cheio da água e levei até o garoto, eu o fiz beber, então eu o perguntei:
-Qual o seu nome ?
Mas não obtive resposta, dava para ver que estava muito bêbado e não iria responder, eu apenas sentei do seu lado e fiquei olhando para o céu. Depois de um bom tempo, o garoto mesmo bêbado, parecia estar se recuperando, enquanto eu continuava olhando para o céu.

-É lindo né? - disse o garoto com a voz um pouco embaraçada olhando para o céu

-Sim, é sim...- Eu disse

-Desculpe, meu nome é Matheus- Disse o garoto- qual o seu nome ? -continuou

-Me chamo Letícia-Eu disse ajudando ele a sentar

-Obrigado por ser minha babá Letícia-. Ele disse rindo

-De nada Matheus- Eu disse rindo

-Eu posso pedir um favor ? - ele disse olhando em meu rosto.

Naquela hora dava pra ver perfeitamente o seu rosto, ele era lindo, seus olhos eram azuis e seu cabelo era um castanho claro. Fui interrompida ouvindo sua voz de novo.

-Letícia?- Perguntou com um olhar preocupado

-Desculpa, claro, que favor ?- eu perguntei

-Me leve até minha casa, por favor ? Não fica muito longe daqui- Ele pediu

-Claro, só me fala onde é- Eu disse

-Okay

Eu o ajudei a levantar e então ele me guiou até sua casa, no caminho foi em total silêncio, nenhum dos dois não falava nada e então eu quebrei o silêncio:

-Ham, então, Matheus, quantos anos tem ?

-18, e você?- ele perguntou

-17 -eu disse- e pode me chamar de Le, se quiser -continuei

Ele sorriu

-Okay, e você pode me chamar de theus ou de Math, se quiser-disse ele sorrindo

Eu sorri

-Bom, aqui estamos- ele disse quando estava em frente a uma casa.

A casa parecia em reforma, na frente não estava acabada, e tinham muitos materiais de construção na calçada.

-Bom, tchau então, também vou ir pra casa- eu disse

-Okay, foi um prazer te conhecer Le

-O prazer foi todo meu, Matheus

-Tchau

-Tchau

Ele entrou pra dentro da casa e eu saí andando de volta pra festa e ligar pra minha mãe ir me buscar. Já eram 03:00, tinha passado muito rápido.
Liguei para minha mãe e ela logo chegou me levando para casa. Quando cheguei, e deitei e me lembro de não ter parado de pensar no garoto, eu nunca tinha o visto, não sabia se ele era da minha escola.

No dia seguinte eu não estava nem um pouco afim de ir pra escola mas fui acordada por Pedro que estava pulando em minha cama, com suas tentativas de me fazer acordar.

-Acho que você não percebeu que eu estou com sono e não to afim de ir pra escola hoje,ver aulas chatas- Eu disse já irritada

-Princesa, vamos comigo, eu não quero ficar sozinho lá e não adianta falar não, porque você vai- disse ele manhoso. Acho que às vezes ele esquecia que conversava com todos daquela escola.

-Ta bom, Ta bom, javali, eu vou- Eu disse já me levantando

-Ótimo, te espero lá embaixo - ele disse saindo do meu quarto

E lá fui eu, para aquela linda escola que é como o portão do castelo dos anjos. Pedro foi contando no caminho como é que tinha sido a noite, e sinceramente, deu vontade de vomitar, não era obrigada a escutar aquilo, na verdade eu era, fazer o que né ?

Chegando na escola fui direto para minha sala deixando meu querido javali irmão do peito com uma menina que tinha puxado ele do nada pra conversar.

Fui para minha sala e encontrei minha melhor amiga Luana, ela estava hilária com um óculos escuro, ela estava dormindo sentada e com ressaca.

-Eu sabia que voce ia beber demais- eu disse rindo

-Cala a boca Letícia

Enquanto o professor não chegava, resolvi contar pra ela sobre Matheus, não que era muita coisa, mas tinha que contar, eu era muito tagarela então não conseguia ficar quieta.
Enquanto conversávamos, o professor entrou na sala e logo foi pedindo silêncio e então um menino moreno entrou em minha sala, a atenção de toda a sala foi pra ele, era Matheus, eu não sabia o que ele estava fazendo no segundo ano se já tinha 17 anos, eu pesava que provavelmente havia repetido, óbvio. Ele olhou para sala inteira para ver se havia um lugar, e então olhou pra mim, eu dei um sorrisinho mas não fui correspondida, por que ? Não sabia . Ele sentou no canto da sala, isolado, bem afastado de mim.

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