Meu Melhor Amigo (Completo)

Capítulo 24

O primeiro emprego

Escolhi uma roupa básica e prendi meu cabelo em um coque bagunçado, assim fui para o primeiro dia no trabalho.
Ia fazer bico em um petshop, levando cachorros para passear, dando banho e tudo mais.
Fui caminhando e olhando tudo ao redor, estava com saudade de casa mas esse tempo longe tava sendo muito bom.
Cheguei até o local e entrei. A mulher que me entrevistou estava lá e me disse:
- uau, que pontual.
- tenho que ser - respondi e demos risada.
Ela me entregou uma prancheta com os horários de tudo.
- siga isso até que você se acostume. E o outro funcionário vai chegar em alguns minutos.
Ela me deu um beijo na bochecha e saiu andando. Era uma mulher rica, ela agia como uma e se vestia como uma mulher rica, porém seus olhos não tinham brilho de felicidade nem nada.
Comecei o serviço e fui colocar ração aos cachorros, de repente o sininho da porta tocou e um menino entrou na loja.
- bom dia - ele me comprimentou - você deve ser a nova funcionaria, eu sou Marcos.
- eu sou ..... Hã..... Luana
Gaguejei, ele é muito gato (foto na multimidia). Começamos juntos a arrumar as coisas para o passeio, ele me ajudou com as coleiras e eu sai.

Quando voltei o petshop estava vazio e eu levei um susto, coloquei os cachorros em seus devidos lugares e abasteci de novo a comida. Marcos entrou na loja com dois copos do Starbucks.
- trouxe pra você. É milkshake.
- obrigado
Sentei em uma das cadeiras e ele atrás do balcão.
- já que vamos trabalhar juntos eu preciso te conhecer. Tem quantos anos?
-tenho 16 e você?
- tenho 17. Sempre morou em Sampa ?
- eu cheguei aqui semana passada, sou do Rio.
- vai morar ou só as férias?
- só as férias
- aaaahh sim
Bebi tudo e peguei um dos cachorros para dar banho. Ouvi vozes vindo da loja e percebi que era um dos amigos de Marcos, resolvi não sair pois estava toda molhada.

O expediente acabou e eu ia andando pra casa quando uma voz me chamou:
- Luana?
Virei para trás e vi Marcos vindo correndo, parei e esperei.
- porque qualquer dia desses a gente não sai pra beber alguma coisa?
- ok.
Continuamos andando e eu parei de repente, ele parou também.
- se você está tentando conseguir meu número saiba que eu não passo número para estranhos. - eu protestei
- não sou um estranho.
- eu não sei nada sobre você e você não sabe nada sobre mim, portanto você é sim um estranho.
- sei o básico, isso me torna seu colega de serviço, agora você pode me dar seu número?
- não
Virei e continuei andando, ele fez o mesmo.
- vou te acompanhar até sua casa
- eu não preciso de companhia
- más eu vou, você querendo ou não
Ficamos em silêncio, quando cheguei tirei um papel do bolso e anotei meu número. Entreguei na mão dele e entrei pra dentro. Observei seu sorriso pelo vidro da porta, achei que ele não estava me vendo, então ele se virou, levantou a sobrancelha, deu uma piscadela e saiu andando.

Vou ter muita história para contar sobre meu primeiro emprego...