O acesso

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Luciovaldo saiu do banheiro fechando o zipper.
-Não precisa falar nada, rapaz, nós sabe como é, é patroa, né?!- falou seu Zé enquanto enxugava as mãos numa flanela velha que sempre carregava no ombro.
-E... O cabra ai caiu na coleira - disse João, mais bêbado que o habitual e já não falando coisa com coisa, alguns disseram q horas depois chamou seu Zé de querida.
Isso provocou algumas gargalhadas no bar e Luciovaldo as acompanhou.
-Você bem sabe, Jão, que eu sou solteiro e com orgulho, esse negócio de casamento... Uma mulher pro resto da vida deixo pros senhores. - disse Luciovaldo caminhando até o meio do bar de piso rachado - agora descobri que tenho que puxar um cochilo - comprimentou a todos, com especial cuidado com o João, o coitado mal conseguia ficar em pé.
Luciovaldo, tomou sua moto uma CBR 600 RR, o único detalhe que fugia a curva no naquela cena de bar tão simples. Pôs o capacete e saiu rápido, gostava d sentir o vento, o risco de que é dirigir uma moto era o combustível que o fazia acelerar cada vez mais.
Chegou em casa, estacionou a moto na frente da porta. Abriu a casa, era uma casa bonita, sem luxos bem no centro da cidade, era verde simples já um pouco desbotado. A sala era simples, apenas duas cadeiras, ele não era de receber muitas visitas. A passos rápidos entrou no quarto e, como sem exitar jogou as chaves na cama e foi até o guarda roupa. Um guarda roupa bem ornamentado que destoava do restante do quarto porque antigo e bem ornamentado. Abriu-o e retirou de trás das roupas uma velha caixa de sapatos, bem surrada e suja. Abriu e lá estava: um distintivo da Abin, brilhante e lindo, além de uma pistola Glock 9 mm. Pegou um coldre no meio dos cintos, pôs tudo em cima da cama tomou o banho, pôs a indumentario e partiu rumo a Aracaju.
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O local exato onde Luciovaldo entrou, as ruas que dobrou, a quilometragem e mesmo o que pensou é um segredo que existe até fora da Cia e do MI-6.
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Luciovaldo desceu da moto, a rua estava deserta, passava das 6 h. Bateu na porta de madeira, uma velha venda de chão empoeirado, uma senhora de uns 60 anos com um pano colorido de dona de casa amarrado na cabeça, olhou profundamente no fundo dos olhos de Luciovaldo:
-Bom dia - disse a senhora com a voz seca de quem era obrigada a dizer aquilo.
-Nada, senhora, apenas gostaria de avisar que há árvores na pista - afirmou Luciovaldo apontando para a pista.
Nesse ponto, passos de botas foram ouvidos do fundo da mercearia. Passadas firmes de quem estava seguro dos seus passos. A porta se abriu e quando a luz fez ver quem estava chegando os olhos de Luciovaldo testemunharam um personagem que mostrava que aquela missão não seria normal. Algo de Guerra estava no ar...

Agente Secreto à brasileiraOnde histórias criam vida. Descubra agora