{ESSA FANFIC NÃO É DE MINHA AUTORIA E SIM DA ELO SINITÁ(LO). VOCÊ PODE ENCONTRAR A FANFIC EM = http://imagineonedirections.blogspot.com.br/2013/10/dude-completo.html }
- Valeu pela carona, Lou. - sorri, o mais fofa possível (não acordei de bom humor, o que era de se esperar).- De nada, quando for para buscar me liga! - ele disse enquanto eu saia do carro.- Pode deixar! - agradeci mais uma vez e Louis voou de volta para casa.Girei meus calcanhares e encarei a grande casa de tijolos do outro lado da rua. O portãozinho branco enferrujado, as janelas perfeitamente abertas e o jardim impecavelmente perfeito me fizeram sorrir e me sentir mal ao mesmo tempo.Atravessei a rua com as mãos enfiadas nos bolsos da minha jaqueta e abri a fechadura simples do portão. Caminhei pela estradinha de pedras dentre o jardim até chegar em frente a grande porta madeira importada.- Lar doce lar. - falei para mim mesma, achando graça de estar parada ali de novo.Nunca gostei tanto da minha casa, não a considero um lugar onde eu possa me sentir a vontade. Com exceção do meu quarto, lógico; meu cantinho tão querido. Ele sim eu considero meu maravilhoso lar.Com esses mesmos pensamentos eu toquei a campainha. Pode ser escutado aquele "ding dong" fresco de sempre e um "Já vai!" afinado e extremamente conhecido pela minha humilde pessoa. E para terminar, o barulho das seiscentas trancas e chaves a serem implantadas. - Sim...? - a porta foi aberta, e lá estava aquela mulher de 52 anos. Com sua calça social e seu jaleco de primeira mão, caríssimo. Os cabelos perfeitamente escovados, caindo até seu ombro, lhe trazendo um ar muito mais juvenil - S-Sophia?- Oi mãe! - sorri que nem criança, esperando ser envolvida por braços calorosos maternos.- SOPHIA! - ou talvez não - Meu senhor, onde você estava? Onde? Pelo amor de santo Deus! Estava com seu pai? Minha filha, quer me matar do coração? Oh céus, você está viva! SE EU SOUBER QUE VOCÊ ESTAVA USANDO DROGAS!- O quê? Não, mãe! - virei os olhos - Eu não estava usando drogas.- Ah bom... - ela arrumou o paletó, ainda com a expressão fria - Entre agora! A senhorita me deve muitas, MUITAS, explicações! - acenei minha cabeça em concordância, não era bom eu falar nada, parecia que ela estava quase cuspindo fogo para cima de mim.Passei pela porta cabisbaixa, com um pouco de medo (de apanhar). Segui mamãe até a grande sala de visitas, onde nós duas nos sentamos no sofá, uma de frente para a outra. Nada tinha mudado, nada estava fora do lugar. Minha mãe tem essa mania de tudo estar perfeitamente certo e arrumado. Ai como isso me irrita profundamente! Eu não entendo por que mães sempre querem tudo arrumado, e eu tenho vários bons argumentos para demonstrar que muita organização e desnecessário. Arrumar a cama, por exemplo. Pra que devemos arruma-la se quando chegar a noite teremos que bagunçar as cobertas novamente? Poupe-me!- Olha mãe... eu... - decidi tentar começar uma conversa, afinal, não gosto de silêncio.- Nem comece com "eu sinto muito"! Você sabe o desespero que eu fiquei quando a Monique veio aqui ontem e disse que você não estava morando com ela?! Eu já estava indo para a delegacia! Sorte que você decidiu... Aparecer cedo! Zack jurou de pés juntos que não sabia onde você estava, Sophia! E uma mãe sabe quando um filho mente sobe essas medidas! - eu queria rir do seu desespero, mas ela parecia tão aflita que só pensei em concordar.- Eu sei... E não adianta mãe: eu sinto muito. - ela suspirou pesadamente.- Por que mentiu para mim? - mamãe perguntou, massageando as têmporas com os dedos, coisa que fazia quando estava nervosa.- Porque se eu te falasse para onde eu iria nunca ia deixar.- Sophia Marie Cox! Você está morando com um homem mais velho?- Não, mãe!- Está se prostituindo, é isso? Pois fique sabendo que se você estiver grávida eu não irei bancar este filho! Você que arranje um emprego e...- MÃE! Eu NÃO estou me prostituindo, muito menos estou grávida. - ela pareceu relaxar um pouco. Serio que não posso rir?- Pois bem, melhor assim...Virei os olhos diante das barbaridades que minha mãe pensava de mim. Eu? Me prostituir? Grávida? Drogas? Daqui a pouco ela vai falar que eu estava me envolvendo com um mafioso de terceira idade, estuprador de mulheres, E DE HOMENS!Recompus meu estado mental (o que foi preciso após imaginar um mafioso de 80 anos de idade, que se aproveitava do sexo feminino e masculino. Eu hein...) e respirei fundo, para contar a mesma história pela milésima quarta vez.Então comecei a falar, desde o dia em que eu menti para ela, até o momento em que nós duas sentamos naquela sala de jantar para conversarmos. Não deixei nada escapar (nem meu envolvimento com uma pessoa na qual não quero mencionar o nome) cheguei até a comentar que não gostava do jeito controlador que ela me tratava às vezes e que não queria seguir seu exemplo e virar professora para um bando de biscates seminuas (ou seja, debutantes... Sem ofensa a Els).- ...E é isso... - terminei finalmente, conseguindo respirar melhor.Minha mãe ficou me encarando. Seu cenho se mantinha franzido e eu já esperava que ela fosse pegar o chinelo para bater em mim, ou pegasse a tesoura e cortasse meu cabelo, tanto faz.- Oh... Eu... Eu não sei o que dizer. - ela disse, tomando mais um gole do chá que nossa secretária do lar tinha trazido.- Sinceramente, eu também não... - cocei meu braço realmente sem saber o que dizer diante da situação - E antes que você grite, berre, arme barraco ou sei lá... Eu quero que você saiba mãe, que eu realmente gosto de futebol... Por mais que as pessoas não percebam isso, ou que façam uma certa difamação para as mulheres jogadoras...Lauren se calou novamente. Ela está bem?- É... Bem... - eu acho que traumatizei minha mãe - Vou ser sincera... - ela riu fraco, olhando para as próprias mãos sobre o sofá - Eu tinha planejado dar uma bronca totalmente bolada, com direito a castigo e tudo... - mamãe sorriu fraquinho, novamente, agora olhando para mim - Mas depois de ouvir sua história, eu me forcei a mudar os planos... - dessa vez quem riu fui eu, um pouco surpresa - Eu nunca imaginei o quanto mal eu te fazia... E nunca imaginei que jogar era tão importante para você para chegar a esse ponto. Não faço nada por mal, mas é que você é minha garotinha, e sempre vai ser e... E eu acho que tenho que parar de controlar vocês... Não são mais bebês... Nem sei o que falar.Minha boca estava escancarada. Eu estou vendo alucinações? Estou sobe algum efeito de droga? Bebida? Tomei algum medicamento fora de validade? É um sonho? Alguém me belisque! Isso não pode ser real.- Ahn... - mordi o lábio e um pouco desconcertada, me sentei mais perto dela - Desculpe, mãe... Não queria ter mentido, nem ter escondido de você!- Quer saber? - ela sorriu, olhando para mim - Fico feliz que você não tenha me contado nada! Eu não iria deixar! - nós duas rimos - E por mais estranho que isso seja... Eu estou orgulhosa de você! - oi? Espere, acho que minha mãe está sobe efeito de drogas - Não faça essa cara!- Foi mal, é algo novo de se ouvir... - ri um pouco mais. Pelo menos algo estava dando certo.- Vem cá! - Lauren abriu os braços e eu pulei em seu colo, a abraçando com força - Vou pensar melhor nas coisas antes de te obrigar a fazer, pode ser? E tentar ver o que você gosta de fazer.- E eu vou tentar ser um pouco mais feminina e educada quando nossos parentes vierem para cá. - disse brincando e mamãe fez cara de "isso até que seria bom" e eu caí na gargalhada - Fico feliz de poder conversar sobre isso com você... Me sinto muito mais segura.- Que bom! E... Hum... Guarde um ingresso para mim, porque vou querer ver o jogo!- Pode deixar, mãe.- Ah, mas não esquece: você ainda está de castigo! - fiz uma cara indignada. ¬¬ pensei que tinha me safado dessa - E seus irmãos também! Principalmente Derek. EUA? O que esse menino tem na cabeça?- Penso nessa resposta até hoje.Ficamos a tarde toda conversando, tendo finalmente uma ligação que ambas queríamos. Eu contei para ela muitos segredos, no qual não compartilhei com ninguém, enquanto ela me contava histórias de sua adolescência. Estava sendo tão legal falar com ela. Parecia que tínhamos essa amizade Mãe&Filha há anos. E PASMEM! Minha mãe era uma pessoa bem diferente quando jovem! Ela gostava de baladas, teve um monte de namorados e fazia parte de uma banda. BANDA! E eu fiquei tipo: oi?Nós estávamos deitadas na minha cama, vendo The Vampires Diares, e eu explicava as bases sobre cada personagem, para que ela entendesse melhor as coisas.- Espera, então o Matt é namorado da Elena?- Não, mãe! O Matt é o ex dela. Eles terminaram depois que os pais da Elena morreram e agora ela está namorando o Stefan, que é um vampiro.- E por que ela não voltou com o Matt?- Porque ela não gostava mais dele que nem antes!- Então... Ela prefere largar esse loiro com a boca sensual, HUMANO, para ficar com esse vampiro deprê? - ela disse que nem uma adolescente em crise.- Quase isso. - comecei a rir.- Não gostei... Essas series de adolescentes são muito estranhas.- Você se acostuma mãe... - ri mais um pouco, colocando uma pipoca na boca.Ouvi um barulho baixinho e bem conhecido vindo de minha cômoda. Meu celular. Tateei o criado mudo até achar o retângulo preto e sem tirar os olhos da TV. Olhei para o visor e meu coração parou, acelerou, explodiu, pulou, derreteu, caiu, virou omelete.- MÃE! MÃE! MÃE! MÃE! - comecei a bater em seu ombro de uma maneira desesperada e ela me olhou estranho.- Que foi, filha? Justo agora em que o Jeremy ia se declarar para a Elena! - ri alto e escandalosamente, tendo uma crise de meia hora - Vish, bebeu?- Mãe. Não tente fingir que está prestando atenção.- Mas eu estou, ué.- Se realmente estivesse saberia que o Jeremy e a Elena são irmãos. - sorri divertida e ela fechou a cara.- Olha que eu ainda sou sua mãe! - ela se arrumou do meu lado - O que foi que você estava me chamando?Por um segundo tinha me esquecido do meu desespero das linhas anteriores, e foi só eu me lembrar que todo aquele ataque de loucura no coração voltou. Eu não sabia o que sentir no momento, se eu tremia de medo, ou de ansiedade.Minha mãe pegou o celular de minhas mãos e encarou a tela com os olhos cerrados (isso que dá ser míope) e depois de conseguir ler, ela abriu um sorriso.- Abre a mensagem filha!- Mas se ele estiver terminando comigo... Bem, não que faça diferença, por que não ficaria surpresa depois do que houve ontem.- Pare de ser pessimista e abra logo! - minha mãe está mais ansiosa que eu, só para deixar claro.Desbloqueei a tela e fui ver a mensagem."Tem como passar aqui mais tarde?"Meu coração, então, decidiu parar de vez. "Tem como passar aqui mais tarde?" acabou. Acabou de vez. Ele vai terminar, corretamente, comigo. E eu terei que passar por aquele drama adolescente mil vezes pior. Ele não colocou carinhas felizes, não colocou "Xx". Nada. Simplesmente nada.- Meu Deus, filha! O que está fazendo aqui ainda? Pensei que sairia correndo!- Eu não quero ir. - cruzei os braços, jogando o celular na cama.- Por que não? Você não gosta dele?- Gosto, mas...- Mas o quê? Não, não! Filha minha não é covarde! Sophi, você arriscou usar uma peruca fedida para jogar futebol, mas não vai arriscar aparecer na casa desse menino?- Er... Talvez.- Não! Está errado! - levei um tapa no ombro. Ah quanto amor - Você vai lá e ponto! Não vem com conversa fiada não!- Mãe! Ele vai terminar comigo... A senhora não entende, eu...- Eu entendo, Sophi. Eu já tive a sua idade... Sei como é a primeira, segunda, terceira, quarta paixão... - ri fraco, tirando meu cabelo do rosto - Você vai! E se ele terminar com você, erga a cabeça e sorria, porque se ele realmente gostasse de você... Ele te perdoaria.- Você sabe que usou muito a palavra "você" na sua fala anterior, não sabe?- Não mude de assunto!- Ok, ok... Mas... Eu... Ah, sei lá!- Sei lá não, Sophi! Vai! Vai pra lá! Se ele está te chamando deve ter algum motivo importante - como terminar com nossa relação nem começada direito - E só vai descobrir o que é, se for lá! Então pare de ser temerosa, filha! E sim! Eu acabei de usar a palavra TEMEROSA, eu não tenho medo de admitir! - soltei uma gargalhada.E se minha mãe estivesse certa? E se ás vezes algo bom acontecia?
Só tem um jeito de descobrir.
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Dude(Cara) - Z.M
Fanfiction"De todas as coisas que pensei que faria na vida, nunca pensei que me disfarçaria de homem"