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Maria Eduarda
Nossas bocas se encostaram uma na outra e senti como se fosse ter um ataque cardíaco a qualquer momento. Não me lembro de sentir essa sensação estranha que estou sentindo com o Marco. Talvez com ele eu tenha sentido minhas mãos ficarem suada ou nervosa para poder vê-lo novamente, mais sentir o que estou sentindo com o Oliver, não, isso nunca aconteceu, e se aconteceu minhas memórias esquecidas que devem saber.
Senti os dedos de Oliver apertando um pouco forte com meus cabelos e isso me deixou com calor. Deitei-me mais naquele capô do carro enquanto Oliver aprofundava o beijo e espalmava sua mão grande na minha barriga, acariciando e fazendo círculos com os dedos. Oliver se afastou e encostou a testa na minha.
- Você sente qual será o sexo do nosso bebê? – Perguntou Oliver sorrindo.
- Não tenho preferência, sendo menina ou menino será amado e feliz. – Respondeu Maria passando a ponta dos dedos no rosto de Oliver.
- Falando desse jeito parece que não quer saber o sexo do bebê. – Disse Oliver fazendo uma careta.
- Sinto muito em te desapontar, mais eu somente quero saber o sexo quando o bebê nascer. – Falou Maria respirando fundo.
Oliver se afastou um pouco e ficou encarando-me por tanto tempo que achei que iríamos ter uma DR naquele exato momento. Todos sabem que a DR é causada quando um casal tem certas contas a acertarem.
- Somente queria preparar o quarto do nosso filho. – Disse Oliver respirando fundo.
- Ou da nossa filha, pode ser menina também. – Falou Maria sentando-se no capô do carro. – Nos séculos anteriores não tinha essa tecnologia que temos agora, as mães não sabiam se o bebê era menina ou menino, só descobriam na hora do parto. Por esse motivo, as mamães preparavam o enxoval do bebê na cor amarela e verde. Eu quero dizer que não quero focar somente em rosa ou azul, isso de que homens e mulheres têm as suas cores determinadas não entra na minha mente. – Finalizou Maria cruzando os braços.
- Adoro ver você toda intelectual, sabia? Isso me dá um tes... – Sussurrou Oliver fechando os olhos.
- Isso te dá o que? – Perguntou Maria levantando uma sobrancelha.
- So me deixa contente, é isso. – Respondeu Oliver descendo do capô. – Agora vou levar uma jovem senhorita de volta para o seu castelo. – Finalizou Oliver segurando meus braços e me erguendo.
Voltamos para o carro e coloquei o cinto de segurança vendo Oliver fazer o mesmo. Estávamos na estrada novamente e eu estava um pouco quieta demais. Quando fechava meus olhos lembrava dos lábios doces e gentis de Oliver em contato direto com a minha boca. Suas mãos eram fortes em contato com a minha pele.
