Ele parecia nuvem, ela parecia sol, dois loiros e um alguns anos de namoro, porém como todo tipo de doce o namoro sério acabou e ambos passaram para um estado tão triste quanto doído para um deles.
Viveram felizes; Se separam e hoje estão em algo que nós modernos chamamos de relacionamento aberto, mas apesar disso nenhum dos dois admite isso. Há uma musica que diz "nada do que foi será do jeito que já foi um dia", estão perdidos em algo que pensam em reencontrar algum dia.
-Mô, te amo,
-também te amo amor.
-só isso?
-espera que eu diga o que? Que não sei viver sem você? se for me desculpe não sei contar mentiras.
-nossa quanta grosseria- com os olhos cheios de lagrimas- só esperava que depois de tamanha noite como a que tivemos você fosse um pouco mais gentil comigo.
Levantou-se da cama vestiu a roupa tomou café e chamou um taxi.
Ao perceber tal reação o outro levanta, agarra por traz pede desculpa.
-Desculpe-me não queria ser uma pessoa sem sentimentos. Acho que é vida; sendo a única pessoa que meus avós criaram, não me tornou uma criatura menos mimada.
-Não tenho culpa disso. -Sentindo a respiração em sua nuca.
-Sei que não...
-Então por que me tratas assim?
Saindo, entrou no taxi. Não conseguia deixa de pensar em tudo que havia deixado para traz por culpa desse "amor": as amizades que deixou, os diferentes momentos em que sofreu humilhação nas frente de outras pessoas, enfim algo que achava que não merecia passar.
As suas amizades a muito haviam desistido de sair em sua companhia, porque não conseguia sair sem pensar... recordou-se também do dia em que teve de responder na frente de todos se eles ainda eram namorados. Agora se perguntava: vale sofrer tanto por uma pessoa? Não soube responder, só sabia que algo tinha de ser feito. O que?...
Enquanto isso na sacada da casa, ainda olhava para dentro e via a cama desarrumada, queria mostrar para todos que não se importava com tal situação e que tudo não passava de apenas mais um incidente, pensava que após um tempo tudo voltaria a ser igual. Poderia curtir suas festas em paz e ter na cama as pessoas que quisesse e ainda sim era só discar o numero e sua noite seria igual a de ontem.
Depois de sair do taxi começou a fazer uma lista de defeitos e qualidades mas chegou a conclusão que isso pouco adiantaria. Sabia que as amizades que mais odiava eram aquelas que faziam ir para festas. Salvava poucas talvez alguns que eram consideradas irmãos de ambos.
Foi assim que decisão nenhuma havia sido tomada o medo da perda falava alto demais para arriscar, tinha esperança que tudo fosse mudar, algum dia isso vai mudar...
Será que ainda vai haver solução esta parte deixo para que o tempo resolva, o ponto é: que tipo de amor ainda esperamos viver? Será que amar é isto? Sofrer no silencio tendo seu coração triturado por uma pessoa irresponsável?