-Não dá mais, acabou.
- Você está terminando comigo?
-Nós já não existimos faz tempo. O que tínhamos era apenas um resquício daquilo que vivemos.
- Vai terminar comigo pelo telefone?
- já terminei.- desligou.
Ainda sem saber como tivera coragem para tomar aquela decisão, depois de tanto tempo. Afinal já se foi um bom tempo, quase três anos para quem nunca havia namorado isso foi muito tempo. Achava injusto terminar com ele pelo telefone, mas era preciso para que houvesse menos dor.
Resolve ir deitar pois já passava da 02:00 horas, e tinha que acordar as cinco para ir trabalhar ou seja restava pouco menos de três horas de sono.
Já na cama começou a pensar: Será como ele está agora ? E respondia a si mesma- Não é da sua conta. Será que fui justa em terminar com ele assim?- Não é da sua conta. Se permitiu torturar com as aquelas perguntas por um bom tempo. Começou a adormecer sonhou que ele falava que ela era sem coração e ela se desesperava.
Acordou
-Por que terminar é tão difícil?- Se viu gritando em frente ao espelho. Aquela hora os vizinhos de baixo com certeza(se tivessem ouvido)iriam chamar a policia. Voltou para o quarto eram 03:00 horas. Mexeu para um lado e para o outro; resolver escutar uma musica propícia para a ocasião ( quem sabe assim dormia), colocou: a noite -Tiê.
Começou a cochilar; acordou com um pássaro em sua janela.
-Merda, a essa hora? Eles não sabem o momento que estou vivendo. - levantou-se novamente foi até a cozinha estava com sede. Se torturou com os pensamentos por lá. Não suportava mais aquilo algo tinha que ser feito. E ela ia fazer..., eram quase 03:45, o seu celular toca.
-Alo?
-Gostaria de saber com quem estou falando?
-É a Mônica. Por que?
-Aqui é do hospital São Luiz...
-O que aconteceu? -Começou a sentir uma palpitação .
-Por acaso a Sra. Conhece Gabriel Luiz ?
-Conheço ele era meu namorado ou meu ex-namorado. O que aconteceu a ele ?
-Ele sofreu um acidente enquanto olhava para o celular, hoje por volta das 02:00 da madrugada. E fizemos tudo que podíamos por ele, mas infelizmente...- ela não conseguiu ouvir o resto.
Caiu no chão, e chorou por um brevíssimo segundo. Levantou-se, vestiu-se de preto e foi em busca de um funeral digno.
Talvez ela nunca se perdoe por tê-lo perdido e ainda mais depois daquele termino ao celular, mas algo sei sobre ela: sempre vê Gabriel em seus sonhos, como mais um anjo no meio de falanges dizendo a ela para não se culpar e viver sua vida, ou seja seguir em frente.
Amar é guardar a lembrança da pessoa em seu coração mas jamais deixar que isso se torne uma prisão onde mais ninguém consiga chegar. É guardar a lembrança e nunca se aprisionar a ela.
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