Nervous

No.

Sheffield- 3 de janeiro de 2005.
Alex.

Meus joelhos fraquejaram ao passar na frente da casa de Lizzy. Aliás, a casa que não pertencia à família de Lizzy.

Aquela placa de "vende-se" estava lá, para o meu desespero.

Um amor acabado, uma história acabada.

Eu simplesmente deixei todos meus sentimentos aflorarem. Uma dor rasgou meu peito e eu só conseguia chorar baixinho até minha casa.

Não conseguia ver nada mais em minha frente. Por que Lizzy fora tão cruel comigo? Essa pergunta ainda rondava meus pensamentos.

Se eu era tão bom, se ela me amava tanto, porque teve de me deixar?

Eu ainda me recusava a acreditar que ela tinha ido embora, quando, na verdade, eu deveria me recusar a acreditar que um dia ela me amou.

Só de pensar nos planos que criava, só de pensar em seu sorriso e tudo que vivemos, meu coração ficava pequeno.

Parace que tudo que tínhamos vivido era uma grande ilusão.

Uma farsa

Cheguei em casa. Eu só queria deitar e dormir o tempo suficiente para esquecê-la, para acabar com aquela dor.

Mas minha mente teimava em me perguntar porque, pelo menos, ela não havia mandado uma mensagem.

Uma mensagem

Eu queria mandar, mas me sentia um trouxa fazendo isso.

Eu só queria morrer.

Como ela pode me machucar de tal maneira. Então a nossa história era passado?

Me sentia usado, realmente Lizzy nunca me amou.

Tudo dizia que esse seria o pior ano da minha vida. Eu simplesmente já tinha perdido as esperanças.

Como eu poderia cantar e compor se ela era a minha grande inspiração?

"Alex, foi demais! Me promete que a partir de hoje, todos os shows que você fizer seram como esse!"

A voz de Lizzy soava tão apaixonada, mas era ridículo acreditar que aquele sentimento um dia fora real.

                         
                           *

Um feixe de luz batia em meus olhos, me fazendo abrir os mesmos e sentir uma dor latejante em minhas têmporas.

Por quanto tempo eu chorei na noite passada?

Meu coração estava em pedaços.

Eu achava que tinha encontrado o grande amor da minha vida, achava que nunca mais beijaria ou amaria outro alguém, porque ela me bastava.

Ela era até demais.

Mas uma coisa era certa: eu amava a minha música

E mesmo que Lizzy fosse minha grande inspiração, eu não desistiria do meu trabalho.