O que eu esperava era aceitação,mas a mãe ao ver a ponta de meus cabelos pintada de um verde-fantasma...
Primeiro levei um tapa da minha mãe,e depois ela me arrastou pra um salão e pintou meu cabelo da mesma cor que era antes,ruivo claro. Meu pai defendia minha mãe e eu já anotei mentalmente para pesquisar no Google mais tarde se com aquela forma de tratamento eu ganharia alguma coisa no juizado de menores.
Eu posso parecer calma agora –até porque consegui roubar um tipo de tarja-preta da caixa de remédios– mas antes eu gritava e nossa como eu odeio meus pais nesse momento.
A terceira coisa que ela fez foi ligar para minha avó. Aí eu já pensava "Agora deu uma grande merda" porque da última vez que eu fui pra lá ela só me servia mingau ou frutas,nada contra,mas meu estômago não gostou da mudança drástica.
Minha mãe em aspecto algum podia ser igual a mim,seus olhos são verdes e o cabelo é castanho,tem o jeito mandão embora pareça ser uma pessoa doce,só come coisa nutritivas para a saúde,tem o gosto musical de blues e jazz e odeia a natureza.
E meu pai talvez ele seja mais eu,neutro e calmo,amante de tudo que faz bem e come que nem um porco.
—Mãe,vou deixar a Clarisse para passar o feriado da pátria aí.—Ela umedeceu os lábios—Eu explico mais tarde...não não,ela passou dos limites...beijos.
Merda.
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Florescências
Short StoryEsse conto é a mistura de sentimentos, mudanças e descobertas. Clarisse ama flores e como toda flor ela um dia desabrochou. Só que os pais da flor não gostaram do que viram,pegaram toda a muda da flor e levaram-na para respirar novos ares. O que se...