11 de Abril - Segunda - Lina

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Eu acordei com sol em meu rosto, abro um olho só e, vejo um teto diferente, rapidamente vem a minha cabeça a noite de ontem e eu levanto super rápido, minha cabeça lateja.

Olho em volta e... E eu não sei onde estou. Ah não, será que transei com um cara e nem me lembro? Oh céus! Será que fui estuprada? Mas eu não sinto nenhum tipo de dor.

Ah não ser minha cabeça, está doendo muito.

Me levantei cuidadosamente, e andei lentamente até o guarda-roupas. Abro ele e tem roupas femininas. Ufa, não dormi com um cara, pode ter sido uma amiga que me trouxe pra cá. Mas essa casa não me é conhecida.

Sai lentamente do quarto e segui o corredor.
Uma porta se abre logo a minha frente e eu vejo a mulata da festa de ontem.

Garota mulata: Oh! Já acordada? Que supresa!

Eu: Olá, por que estou na sua casa e o que aconteceu?

Ela suspira, mas não de um modo rude.

Garota mulata: Está com dor de cabeça? Quer um remédio?

Eu: Ah sim, aceito. Estou com bastante dor.

Garota mulata: Vem.

Segui ela até a cozinha, onde ela fuça uma gaveta, pega um comprimido e me da, eu seguro enquanto ela pega um copo com água, ela me da e eu bebo.

Garota mulata: Ontem você desmaiou, do nada, como se realmente estivesse dormindo profundamente.- pausa, talvez dramática. - Henrique queria que você ficasse lá na casa dele, disse que você mora na casa da frente, mas eu não poderia te deixar sozinha com ele, não sei se ele estava a falar verdades.

Eu: Muito obrigada...

Me livrou do Henrique.

Eu: Qual seu nome?

Garota mulata: Eu sou Lina.

Ela sorri.

Eu: Então, muito obrigada Lina. Eu não confio no Henrique. Bom, é verdade, somos vizinhos, mas ele é mó esquisitão, que força amizade comigo.

Lina: Ah, que bom que não ficou brava em uma estranha te trazer pra casa dela.

?: Buen día Lina.

Lina: Hola, mamá.

Eu: Bom dia.

Eu respondo a senhorita que parece muito educada. Pelo menos espanhol parece um pouco com português as vezes.

Lina: Essa é a Alice, mãe.

Mãe da Lina: Ah, olá Alice. Que bom que Lina está a fazeres novas amizades por aqui.

Responde muito educada.

Eu: Vocês se mudaram há pouco tempo?

Lina: Sim, se mudamos há mais ou menos um mês.

Eu: Ah, sim...

Mãe da Lina: Está com fome?

Eu: Ah, sim estou.

Eu até queria responder que "não, obrigada." mas realmente estou com fome. Sentamos a mesa pra comer o café da manhã. Depois eu fui pra casa, Lina mora um pouco longe pra ir a pé, então peguei um ônibus pra chegar em casa.

Chegando perto de casa, observo a casa de Henrique, agora bem tranquila. Mas bem suja na frente. Entro em casa e parece não ter ninguém e, droga! Meu celular está descarregado. Olho em um relógio e são 8:30...

Eu: OITO E MEIA?

Ah meu Deus estou atrasada pra faculdade de novo.

Fui rapidamente para meu quarto e troquei de roupa.

Sai correndo pra faculdade que, infelizmente, tem que pegar um ônibus para chegar até lá, mas pra minha sorte ele chegou bem rápido.

Na faculdade eu tive que esperar até a próxima aula pra poder entrar, eu fiquei esperando o tempo passar entediada, sem nada pra fazer, e sem meu celular, foram os dez mais longos minutos da minha vida...

Enfim subi pra aula e, antropologia? Que merda!

Preciso me concentrar nessa aula. Eu tento, mas quando vou ver é hora do intervalo.

Enfim intervalo. Viu. Falei.

Fui para a área externa perto da quadra, e lá já estava a ficar um pouco cheio, vi um rosto conhecido e fui em direção a ele.

?: Oi.

Ele diz acendendo um cigarro.

Eu: Olá.

Ele não tenta puxar assunto então continuo.

Eu: Você sabe que não pode fumar aqui, né?

?: Sim.

Ele da de ombros.

Eu: Legal.

?: Quer um trago?

Ele oferece.

Eu: Claro.

Pego e trago bem fundo, não poderia rejeitar tamanha gentileza vindo dele. Ou tamanha aventura por ser errado.

?: E então, soube da festa do Henrique ontem.

Ele finalmente puxou um assunto!

Eu: Ah, legal.

?: Você foi?

Eu: Sim.

?: Legal.

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