1. Lucy Torn, prazer!

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Olá, o meu nome é Lucy Torn, tenho 25 anos e a faculdade recém-terminada, infelizmente, ainda não consegui arranjar mais um emprego, mas tenho fé de que consiga encontrar qualquer coisa antes do final do mês, ou eu e a minha irmã, teremos que ir para o olho da rua e na verdade, eu não sei bem como lidaria com a situação se tivesse que perder a casa dos meus pais.

Felizmente a casa ficava bem no centro de Las Vegas, num recanto afastado de toda a multidão, cercado por enormes casas e mansões, sendo a minha casa, a mais velha no local, mas para mim, a mais bonita, pois ainda tem aquelas entradas antigas em pedra trabalhada e detalhada, degraus brilhantes, apesar do desgaste e as eras bem verdejantes, cobrindo as pedras das paredes, dando à casa um aspecto bem rústico, mas confortável, o que eu amava.

Todas as outras eram as típicas casas de pessoas ricas e finas, para além de viverem à custa de ilusões, ainda se achavam mais que os outros, apesar de terem empréstimos para pagar.

Eu era o típico tipo de pessoa que não se mete com ninguém, principalmente com a criança para criar, eu tinha outras prioridades e expectativas.

- Bom dia Emma! Toca a acordar, temos que ir para a escolinha! - Puxei os lençóis, deixando o fresco entrar em contacto com a sua pele clara, que era realmente diferente da minha.

Ela tentou puxar nos lençóis, mas eu apenas aproveitei para os agarrar em primeiro, vendo o sono a beirar os seus pequeninos olhos, sabendo que teria que ir para o restaurante, ajudar na preparação dos alimentos e servir às mesas, após as 12:30, o que era a altura mais mexida do dia e eu, agradecia, pois ajudava a ignorar os meus pensamentos do dia. Os quais eram os mesmos, todos os dias.

- Não quero ir para a escolinha! - Sorri, batendo no seu rabinho com suavidade, enquanto ela se encolhia na cama, sorrindo para mim, pois já sabia que na verdade, ela não iria safar-se de mim, até que se levantasse da cama.

- Mas tens que ir. Hoje é sexta-feira, é apenas mais um dia, tens que aguentar, pois amanhã já irás para casa da avó Alexia, o que achas? - Ela abriu mais os olhos, levantando-se da cama lentamente, pelo que a vesti rapidamente, lavando a sua face e mãos, para irmos tomar o pequeno-almoço, que já estava pronto.

- Eu gosto muito da vovó Alexia, ela faz tudo para mim. - Ela falava realmente bem para uma criança de três anos e meio, o que nos admirava imenso, pois ela era uma querida, complicada nas birras, mas não deixava de ser uma querida.

- Eu sei que gostas, ela também gosta muito de ti! - Levei-a para a cozinha e sentei-a na mesa, despachando-nos, pois sem dúvida que teria que me mexer, pois estava a começar a ficar atrasada para a levar para o infantário e eles eram realmente rígidos com o horário.

Tratei de nos alimentar o mais rapidamente possível e em menos de dez minutos estávamos a sair de casa e a entrar no pequeno mini cooper de 98 que pertencia aos nossos pais, que sem dúvida, era pequeno e apertado, mas até agora, tinha dado jeito para as voltas que sempre necessitávamos fazer diariamente.

- Estamos atrasados Lucy! - Sorri para ela, ignorando o grito que ela deu, que me tinha assustado momentaneamente e corri até ao banco do condutor, ligando o carro e partindo, ouvindo as músicas irritantes do panda, que passavam a vida a tocar, pelo que a Emma já as cantava a todas, e eu, apenas tentava concentrar-me na estrada, o que era algo ajudava, pelo menos a abstrair, até que pudesse colocar numa estação qualquer de radio que passasse algo da atualidade.

A minha sorte, era que o infantário ficava apenas a dez minutos de nossa casa, logo, seria bem rápido, isso, se não apanhássemos trânsito, o que era quase impossível, mas por acaso, nessa manhã, um milagre aconteceu e não ficamos atoladas na estrada, por entre carros e carros, o que era algo positivo!

Chefe Sem LimitesOnde histórias criam vida. Descubra agora