Lucy🌹
Eu continuava a trabalhar naquela pastelaria como todos os dias, o meu ritmo de trabalho era o mesmo, se bem que tinha que apanhar o autocarro para ir trabalhar, mas nada que não se fizesse com esforço e dedicação pela pequena.
Ainda nenhuma resposta tinha recebido das respectivas empresas onde tinha entregado os meus currículos. Andava exausta de tudo o que tinha que fazer, era tudo demasiado, mas uma vez que não conseguia arranjar nada mais, teria que me manter ali.
Pelo menos hoje tinha o meu dia de folga, eu tinha aproveitado para passear com a Emma no jardim da cidade e estava a ser bem relaxante, ambas brincamos e passeamos como nunca, mas quando vinhamos para casa, vi um homem a passear com o seu cão na rua completamente descansado, o que me fez perguntar se na realidade, não o conhecia de qualquer lado.
Eu era para passar e seguir caminho, mas a Emma fez logo uma enorme festa, querendo brincar com o animal, mas eu disse que não, pois sabia perfeitamente bem, que os animais nem sempre são confiáveis.
O dono do animal apercebeu-se e sorriu, vindo na nossa direção, mas eu mantive-me calma com a mão da pequena bem agarrada á minha, não a deixando aproximar muito, apesar do dono do cão, saber que eu queria afastar a pequena deles os dois.
Ele parou mesmo à nossa frente e eu sorri, afastando-o dela, pois não sabia quem ele era, pelo que suspirei, tentando manter a distância deles, o quem era difícil, pois a criança adorava atenção, fosse de animais ou não.
- Mamã, posso mexer no cãozinho? - eu apenas a encarei, não sabendo o que fazer, pois o estranho continuava parado como tudo pelo que não sabia o que fazer.
- eu acho que é melhor não. - podia ver o desapontamento na cara dele, pelo que descansei um pouco, pois parecia ter sentimentos.
- Eu prefiro discordar, pois o meu cão é completamente amigável e dócil e além disso adora crianças. Acho Que é completamente seguro para ela. - o cão cheirava a pequena e eu não sabia o que fazer, até que ela se aproximou dele a contra gosto meu, fazendo pequenas festas no seu pelo, o que me obrigou a dar por vencida, pois era 1-0 para aquele estranho.
- Tudo bem, ganhou. Apenas não quero que ela se habitue a fazer o contrário daquilo que eu digo, pois não podemos ter um cachorro em casa da nossa avó. - O estranho olhou para mim, enquanto eu olhava para a forma em que Emma brincava com o animal.
- Há ali um parque, se quiser podemos ir para lá e deixar a pequena brincar, o que acha? - Eu queria discordar, mas o grito que ela deu de felicidade obrigou-me a ter calma e aceitar aquela situação por muito que me desgostasse.
- Tudo bem, mas aviso já que não estou a gostar muito desta situação. - e não gostava, porque eu nunca antes me tinha aproximado tanto de um homem, pois a Emma era a minha prioridade e sempre o seria.
Eu tinha tentado ter apenas um único namorado na vida, mas logo desisti, quando percebi o quão exigentes eles conseguiam ser para connosco e eu sempre tinha desejado algo espontâneo e liberto, com confiança envolvida, como tal nunca tinha aparecido, eu mantinha-me no meu mundinho com a minha pequena.
- Mamã, não é má pessoa, as más pessoas não têm cães! - eu comecei a rir-me alto, mal me apercebendo quando tinha sido a última vez que o tinha feito, pois ambas sabíamos que nada tinha sido fácil, mas ela sempre me conseguia surpreender.
Quando parei de rir, tinha eles os dois a olharem para mim, mas eu não sabia porquê, pelo que me sentei num banco de jardim a olhar para a pequena a brincar com o cão, que ainda não sabia o nome sinceramente, mas o seu dono intrigava-me e não conseguia perceber o porquê.
- Tens uma filha muito bonita e amorosa. - eu deveria dizer que não era minha filha, pois isso ajudava as pessoas a afastarem-se de mim, que tinham más intenções, o que eu agradecia. Era o nosso teste pessoal.
- Ela é uma jóia, não podia pedir algo mais do que ela. E tu, tens filhos? - provavelmente não teria, pois ele andava muito desafogada a passear pela rua o que era estanho, porque nunca antes o tinha visto por aqui.
- Tenho. Tenho um filho! - eu olhei admirada para ele, pois parecia ser apenas um ano mais velho do que eu, mas apesar de tudo, todos têm uma vida difícil à sua maneira. - Chama-se Rex e é o meu cão!
Eu comecei a rir, não me conseguindo controlar é ele fez o mesmo, o que me deixou muito admirada pois pelos vistos, ele tinha sentido de humor.
Ele tinha aparecido naquele dia como uma lufada de ar fresco, o que até era muito bom, tendo em conta que éramos sempre, apenas as três, mas já éramos felizes assim.
- Nunca te tinha visto por aqui, mudaste-te aqui para o bairro? - eu não tinha culpa de ser desconfiada, era mais forte do que eu, sinceramente.
- Não, eu vivo um pouco longe, mas passei por aqui em trabalho e gostei das vistas, pelo que decidi retornar, mesmo já sendo cidade, ela tem muito encanto. - eu fiquei descansada e tranquila, ele não vinha com aquele papo furado de galã, parecia ser sincero, o que era realmente muito bom.
- Então o Rex é a tua companhia. - ele apenas acenou, enquanto eu virava a minha atenção na Emma, que brincava como nunca antes, mostrando que era tão simples tornar as pessoas felizes, principalmente a pequena.
Eu não podia arranjar um cão, até mesmo porque por vezes, mal tinha tempo para respirar, mas talvez num outro futuro, com outro tipo de trabalho, quem sabe?
- Porque não lhe dás um animal de estimação? - como é que eu ia colocar isto cá para fora?
- Não posso. Um animal significa mais responsabilidades, tempo investido a treinar, passear, dinheiro para alimentação, vacinas e tratamentos, além disso, não fica muito barato, tendo em conta as minhas despesas ao longo dos anos. Eu queria conseguir fazê-lo, por ela e por mim, mas infelizmente não posso. Pelo menos enquanto não alterarmos muita coisa na minha vida. - eu não poderia ser mais sincera, mas a verdade é que era mais fácil abrir-me com estranhos, do que com as pessoas de família, apesar de não saber se podia confiar nele ou não.
Provavelmente nunca mais o veria e provavelmente seria melhor assim.
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Olá minhas amoras e amores, como estão? Eu ando atrasada a escrever mas a culpa é das noites de trabalho, que me fazem perder o sono durante o dia.
Espero que estejam a gostar e beijinho
Como será que eles se irão dar???
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Chefe Sem Limites
FanfictionEle era a pessoa mais arrogante e galã deste mundo e o que mais me irritava, mas infelizmente teria que dobrar a minha vontade, pois era meu chefe, e eu, sua empregada. Lucy Torn