Capítulo 78

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Harry

- Era suposto eu estar com raiva de você, Harry. - Levanto ambas as sombrancelhas com o que esta acabara de dizer.

- Pois devias? - Pergunto, posso estar um pouco confuso com a afirmação da garota ao meu lado, mas talvez entenda pouco do que se trata. - Não percebo.

- Pois, pois devia, mo vives fazendo estas surpresas incríveis como esta de agora, da qual eu não faço idéia de onde estejamos indo, e não te estou á fazer nada como suposto do que me vives fazendo. - Bufa. Gosto deste lado dela, na verdade ambos os lados, mas não queira tê-lo diariamente. Vos garanto que não seja uma boa experiência nalguns dias.

- Claro que mo estás sempre a retribuir. O faço porque gosto e sei que também vais gostar. - Sorriu. - E sim, estás sempre á surpreender-me, á deixar-me surpreso, como hoje pela manhã por exemplo. Acordou-me duma forma que ninguém nunca o fez. Surpreende-me a cada dia mais.

- Ao pensar que me ia desejar um "bom dia amor, dormiste bem?", faz-me o favor de dizeres o quão mudado está o seu arroto, e wow, realmente está, embora seja por uma chamada, posso ver isso e, escutar também os resmungos de Dave, só faz-me acreditar ainda mais no quão porco isto é. - Rimos. - Se por chamadas fora daquele jeito, não o quero imaginar quando estiveres cá ao meu lado.

- Posso sempre fazer-te este favor, se quiseres posso fazer-te agora, ou noutro momento?

- Oh, deu-me náuseas o ouvir, e não estou ótimo agora. - Rola os olhos.

- Voltando ao que me referia, gostaria de fazer-te ati uma surpresa também, sabes?

- Podes fazer-me um jantar num dia desses, e surpreender-me por o fazer.

- Deixaria de ser uma surpresa, mas me soa como ótima idéia, afinal, envolve comida.

- Mas envolve Alice fazendo a comida.

- Sou ótima na cozinha, este é um dos meus fortes.

- És única. - Murmuro voltando a conduzir pela enorme estrada.

- Então, mesmo pudendo imaginar a resposta, podes dar-me por amor uma dica sobre onde estamos indo?

- Eh, não, devo pensar numa maneira de dar-te e não saberes assim de lavada. - Afirmo. - Vejamos, pode se dizer que á comida nesta cesta sobre o banco detrás.

- Como uma espécie de.. Piquenique? - Encolho os ombros. - Falta muito, ou estamos á chegar?

- Para falar a verdade, não sei bem, a algum tempo não venho neste lugar em que te vou levar, vim aqui por algumas vezes com os meninos.

- Veio? - Pergunta pensativa. - E que fizeram?

- Uhm, coisas de garotos, digo, coisas minhas com eles, ah, entendes ao que me refiro. - Assente.

- Acho que quando chegar-mos poderei ter uma certa idéia do que se trata. - Encolho os ombros.

- Nada á se levar a sério, acho eu.

- Há gomas aqui, gostaria de abrir aquela cesta e comer o que há ali, mas sei que não vais deixar.

- Não mesmo. - Afirmo. - Nem pense, sei que podes acabar por comer o que há ali.

- És chato. - Sorriu. - Mas gosto disto. De que sabor é?

- Hortelã? - Pergunto, na verdade nem eu mesmo sei. - Uh? Dá-me uma. - Assente.

- Sim, hortelã. - Deixa duas das pastilhas em minha boca. - Lembra-me de levar isto comigo na volta.

- Oque, são minhas, não mo pedes mais não? - Abana a cabeça negativamente. - Ui, que abusada é a minha namorada.

- Não sou não. - Sorri.


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