Message.

Capítulo 97.

- A gente pode conversar, agora? - pergunto calmamente, obtendo como resposta um olhar inseguro.

- Sem brigas?

Balanço a cabeça em concordância, e Alice me dá espaço para entrar em seu quarto, ao qual eu no mesmo instante o faço, e ela corre para desligar o som.

- Sem brigas.

Sento-me na cadeira giratória, esperando que ela se sente a minha frente na cama, e logo o faz.

- Como você está? - pergunto, embora eu tenha passado horas pensando no que falar, pedindo por conselhos a Robin, parece que me esqueci de tudo o que me fora dito. E agora, não sei por onde começar.

- Bem, e você?

- Eu estou bem - ela assente, isso me parece tão estranho, devo admitir que nunca passei por algo como isso.

- Eu.. - falamos ao mesmo tempo - Você primeiro. - mais uma vez.

- Eu quero te pedir desculpas.. bom, por partes do que aconteceu ontem, eu sei que não deveria estar desconfiando de você, e até mesmo gritando.. me sinto um idiota por isso.

- Você não é! - ela me assegura calmamente. - também quero te pedir desculpas, as minhas sinceras desculpas.

- Eu é que fui uma idiota, uma tola, devia ter ouvido você naquela hora, mas você sabe como sou..

- Explosiva. - sorriu.

- Sim, completamente. - ela diz - e eu prometo-te que estarei à ouvir-te.

- Não prometa, somos péssimos nisso. - ela assente. - Estamos bem?

- Achas que estamos? - pergunta-me.

- Só depende de você.. - no minuto seguinte, tenho-a em meu colo, com o seu rosto à poucos centímetros de mim, enquanto diz.

- Eu te amo, eu te amo.. - Colo os meus lábios aos dela, formando um pequeno sorriso.

- Eu também te amo, de montão. - sorrimos.

(....)

- Oh senhor, obrigado, salvou-me a minha vida, e a dos meus vizinhos.

- Podias muito bem usar tampões, e vamos por as coisas em claro, não canto assim tão mal.

- Ah, claro que não, pergunte ao seu namorado, ele de fato saberá te responder, não é Harry?

- Amor? - ela chama-me, e eu sento-me numa das poltronas, coçando o cabelo.

- Uhm, sim?

- Como é que eu canto?

- OH BABE, BABE, BABE, BABEE - Grito, recebendo como resposta as gargalhadas de Alice e Dave.

- Não é assim. - resmunga. - E parem que eu canto muitíssimo bem.

As horas são passadas, sendo assim, parte delas a discutirmos os três que filme veríamos, reclamações sobre spoilers, quem faria a comida. E coisas assim.

E já agora preparo-me para ir embora, sendo obrigado à despedi-me da minha namorada por mais algumas horas.

- Tem mesmo que ir? - afirmo, perante ao seu adorável bico. Ela que faria o possível para passar o resto da tarde com ela, mas tenho trabalhos a minha espera.

- Sim. - suspira - Mas eu volto, e te trago uma surpresa, ou envio-te. - sorriu.

- Não é como se eu fosse uma criança de dez anos. Não precisas de estar à dar-me presentes, embora eu ame-os.

- Sim, na real, você merece. - revira os olhos. - Estou à falar sério, agora eu tenho que ir. Amo-te, anjo. - deixo um leve beijo nos seus lábios, mas Alice puxa-me contra si, pedindo por mais.

- Eu também. - faço careta. - Eu amo você, de montão. - ela corrige-se, por saber como sinto sobre retribuir a um "eu te amo" com um simples "eu também."

Alice

Após Harry abandonar o apartamento, senti-me parcialmente abandonada, Dave estava à roncar no sofá. E mesmo dá porta, o som era altamente notável.

Mesmo com a minha briga de ontem à noite com Harry, sinto que eu e o meu melhor amigo conversamos pouco, estivemos apenas a falar sobre mim, e quão feliz me sentia por estar na companhia, em companheirismo ao Harry. E naquele momento, não importei-me em perguntar sobre como ele se sentia, ou andava em relação ao amor, em relação a todo o preconceito passado nas ruas, e nas redes sociais, mesmo em pleno século vinte um. As pessoas agem como se fossem bichos, ou coisas tóxicas, nojentas!

Mas não tenho todo o direito de julgar, parte da minha infância, antes de conhece-lo, lembro-me bem de ter sido uma garota completamente preconceituosa.

- Dave? - balanço-o levemente, espero que ele não me mate por retira-lo do seu sono. Embora isto provavelmente vá acontecer.

- Uhm? - resmunga. - Oque é, praga? - balanço a cabeça negativamente.

- Praga? É assim que falas com a sua única e melhor amiga? Anda lá, acorda! Posso não ser uma ótima cozinheira, mas vou preparar-nos um maravilhoso pão com ovos. Quero conversar.

Digo, e em resposta, recebo o seu mais sincero sorriso, enquanto assente, pensando numa resposta boa o suficiente para fazer-nos rir.

- Seria ótimo acordar em plenas cinco e meia, para comer os especiais pães com ovos da minha melhor amiga. Para oque devo a honra? Faltam as.. calabresas.

- Meu Deus, nem mesmo quando acordas deixas de pensar em algo perverso.

- Cala a boca! - exclama, retirando gargalhadas de minha parte. - não queime-os. - estendo as mãos ao ar.

....

Hey Girls.

Estou me dedicando ao máximo à esta fanfiction, principalmente por estar próxima do final. Quem sabe até os 110 capítulos? Ou 120? Eu não sei, tenho muito o que planejar desde o próximo ao último capítulo.

Espero que estejam a gostar, provavelmente amanhã haja uma nova atualização.

Kiss, Kiss, Girls.