Capítulo número cinco
- Quer que eu faça o quê? - James estava estupefacto, por aquela é que ele não esperava. Atingiu-o de tal maneira, que o mesmo precisou de se sentar na sua cama.
- Estou ciente de que não tens falta de audição. - A voz do outro lado falava calma e arrastada, como se estivesse cansada de estar a falar com o loiro. - Presumo então que tenhas ouvido bem.
James estava incrédulo. T-he acabava de pedir-lhe que colocasse o nome de Harry nas corridas da próxima semana. O loiro não queria fazer isso, primeiro porque não conhecia o moreno de lado nenhum, segundo porque nem sequer sabia como haveria de abordar esse assunto com o mesmo.
- E como espera que eu faça isso? - Engoliu em seco. Odiava por completo o facto de não poder negar aquela ordem.
- Tenho a certeza que irás arranjar uma forma que agrade a todos.
- Eu nem sequer sei se ele quer entrar nesse mundo. - Cuspiu ríspido, cheio de desdém e enervado com toda aquela situação. Por Deus, porque raios ainda não havia negado aquilo?
- Se queres sair, esta é a minha condição. - Agora a voz soava muito mais impaciente que segundos atrás e acabando por responder à questão mental de James. Ele queria sair, era por isso. - Boa noite James. - E finalizou aquela ligação, sem mais uma única palavra ou sequer um som. Mas mesmo com a falta de barulho, ele soube que aquilo soava como uma ameaça.
Isso apenas deixou James ainda mais à beira da sua fúria. Sabia que não teria autoridade sobre aquele homem, não agora pelo menos. O que, consequentemente, resultava em que o loiro fosse obrigado a cumprir o que - não era pedido - mas sim ordenado.
Sentindo as suas veias ferverem quentes e descontroladas, cheias de vontade de discutir com tudo e todos ou apenas gritar contra o mundo e tomar irresponsabilidades naquele momento. Como era possível? Harry apenas chegava a Manhattan e fodia com a sua vida? Sem nem pedir permissão? Isso era deveras irritante.
Afinal quem diabos achava Harry Styles que era?
Em um ato de puro ódio, James apenas impulsionou o seu braço para trás, tencionando os músculos do seu braço, e jogando com toda a sua força, ou parte dela, o telemóvel contra a parede mais próxima do seu quarto. Sem sequer pensar que aquilo de certo que não iria voltar a ser um telemóvel. Afinal, ele é rico pelo amor de Deus.
Queria gritar de frustração e não sabia sequer a razão disso. A ordem não era complicada demais, mas o que o deixava frustrado era a sensação de que nunca mais iria conseguir sair daquilo em que se meteu. Sempre que estava prestes a sair, era obrigado a cumprir outra tarefa e ele estava realmente exausto e farto daquilo.
Nash apareceu no seu quarto, abrindo a porta de rompante e sem pedir autorização. O olhar que transportava no rosto era de pura preocupação e desespero.
- O que foi isso? - Perguntou, suavizando a expressão de interrogação que estava estampada na sua cara e deixando as linhas de expressão desaparecer enquanto observava o seu irmão com o rosto vermelho e cansado.
- Não ias tomar um gelado? - Ignorou a pergunta de Nash, levantando-se da cama e encaminhando-se para a sua escrivaninha para pegar as chaves do seu carro.
- Voltei agora. - Nash assentiu. - Kaitlyn está comigo. - Decidiu informar o irmão que se preparava para sair novamente.
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Chemicals | H.S |
ФанфикMarcas de um passado obrigam-no a ser torturado e consumido pela crença de que está para lá de qualquer salvação. Talvez seja por isso que durante a noite dedica-se a uma vida de prazer sem limites, não hesitando em usar a sua ambição para alcançar...