| q u a t r o |

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Capítulo número quatro

- Não, vocês não vão. - Kaitlyn respondeu por Nash, ríspida e séria como quase sempre. A maior parte das vezes. Uma grande parte na verdade.

- Porque tens sempre que responder pelo teu namorado? - Niall respondeu igualmente rude e direto. Queria ir a Brooklyn fazer alguma coisa, qualquer coisa que fosse e que envolvesse comida, pois agora que saiam do hipódromo o estômago do loiro fazia barulhos estranhos e enervantes. Depois de convidar apenas Nash, foi a loira mais superficial que ele conhecia a responder. Isso deixou-o fora de si.

- Exatamente por ele ser o meu namorado e não o teu, que eu devo responder.

- Porque tens sempre que ser tão... - Tentou expressar por palavras o que se passava na sua mente. Não era algo digno de elite, mas era sem dúvida o que o rapaz achava da loira à sua frente.

- Não te atrevas a acabar essa frase Niall Horan. - Kaitlyn olhou-o feroz, sem piedade e já pronta para saltar-lhe em cima se fosse possível. Mas era claro que ela não faria algo assim, por Deus, nunca. Ela obviamente que iria contratar alguém para o fazer.

- Não tenho palavras para te descrever. - Sorriu de lado.

- Ouve lá seu cavalo com cabelo, é óbvio que não tens algo suficientemente bom que descreva a mulher incrível que eu sou. - Kaitlyn devia estar a vangloriar-se imensamente naquele momento, pelo menos por dentro, pois por fora o seu rosto apenas carregava uma careta irritada. Embora ainda assim ela fosse altamente incrível.

- Acabaste de ofender-me, diz-me lá quando é que começaste a ser tão justa? - Niall estava a ser perigosamente irónico, e isso estava a deixar a loira ainda mais fora de si. Niall era tão irritante.

- Como alguém consegue? - Explodiu. - Como alguém consegue ser tão frustrante? É preciso cursar?

- Tu és burra mesmo ou apenas naturalmente loira? - Niall estava a passar dos limites, mas estava a adorar cada momento.

E estava feito. A discussão agora que teve inicio, não iria ter um fim próximo. Era sempre assim quando os dois loiros se encontravam, era algo realmente impressionante. Não passavam um dia sem se ofender um ao outro.

Nash rolou os olhos frustrado com a situação, afinal que diabos estavam eles a fazer? Nash nem tempo teve sequer de poder responder ele. Não fazia sentido.

Olhou discretamente para Nevaeh, talvez tentando buscar algum apoio ali, mas a morena apenas deu de ombros e olhou novamente para os dois que explodiam um contra o outro. Seria de esperar que Nevaeh não fosse ajudar Nash com aquilo, a morena detestava Niall. E embora não quisesse admitir, ele compreendia.

Amores e paixões podem ter categorias demasiado divergentes. Eles vão e vêem, como podem ser platónicos, podem ser passageiros, podem não ser platónicos, podem ser correspondidos ou apenas superficiais, traiçoeiros ou igualmente românticos, podem ter início assim como podem ter um fim, e o mais interessante de todos: eles podem ser soluções como podem ser desilusões.

Para quem não os conhecia, não pensaria que algo aconteceu, Nevaeh esforçava-se sempre demasiado para provar a si mesma que nada nunca aconteceu. Como é difícil dizermos a nós mesmos que aquela pessoa que antes nos era especial, já não o é? Como difícil é o órgão mais apaixonado do corpo humano habituar-se a desabituar-se?

Chemicals | H.S |Onde histórias criam vida. Descubra agora