HENRIQUE

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Voltei da corrida na praia e tomei um banho gelado.

Sentei na cozinha para tomar o café da manhã e voltei a pensar no que não parava de martelar minha cabeça.

Eu sei que era só um livro erótico, mas não conseguia parar de pensar na Carmen. Não era só pela história de Desinibida, havia algo a mais me atraindo naquela mulher, não sei explicar.

Já fazia uma semana que eu acordava pronto para dar uma. Não importava quantas vezes eu transasse ou me masturbasse. Meu pau queria a Carmen.

Era verdade que já havíamos nos encontrado antes e achei ela gata. Mas nunca tive problemas em conseguir mulheres, nunca houve necessidade de correr atrás delas.

E eu também não gostava de me envolver com autoras, já passei por isso e a experiência não foi boa.

Mas desde que li Desinibida, puta que pariu. Essa mulher me deixou louco!

Só que esse sábado foi uma catástrofe.

Apenas fui em busca de uma mulher gata, livre e desimpedida que estivesse afim de sexo inesquecível por um tempo. Mas seria só isso. Uma foda passageira.

Preciso confessar que aquele vestido preto, colado e decotado me pegou desprevenido. Ela era mais gostosa do que eu me lembrava. Mas era isso, eu até então iria encenar alguns capítulos com ela, o livro seria publicado e fim.

Mas ao invés de mergulhar naquele peito enorme que ela tinha, acabei dando porrada no filha da puta do ex marido dela.

E agora fudeu. Eu adoro uma causa perdida e fiquei com ódio daquele cara. Se existe uma coisa que não admito é covardia. E na minha opinião, aquele babaca apanhou pouco.
Só que eu estava tão preocupado em ver se ela estava machucada, que acabei não dando os outros quinze socos que ele merecia.

Para piorar, ainda dormi na casa dela. E se o maluco do ex voltasse? Eu não podia deixá-la ali sozinha. Se algo acontecesse iria ficar me culpando depois.

E no lugar do sexo gostoso que eu havia planejado para o final de semana, acabei com a mulher dormindo no meu colo, batendo no seu ex e um pau duro pensante me atrapalhando a dormir.

Me conheço o suficiente para saber que não vou dormir em paz, enquanto não comer essa mulher. Eram as que eu não conseguia que mais me atormentavam, as fáceis só me faziam trocar o lençol no dia seguinte e salvar o número como: não atenda.

Mas Carmen não me pareceu ser das grudentas. O que atiçou ainda mais a minha curiosidade.

Eu sabia que por trás daquela fachada de comportada havia uma rebelde escondida, pronta para ser domada. Podia ouvi-la gritando nas minhas fantasias.

Apesar da minha tara, decidi adiar essa história. O que eu menos preciso nesse momento é entrar no meio de relacionamentos mal resolvidos. To fora disso.

Daqui a pouco aparece outra para despertar meus desejos lascivos.

Depois de passar a manhã tentando me convencer de esquecer a Desinibida, cheguei na minha sala no escritório e liguei o computador para iniciar o meu ritual diário de leitura dos e-mails.

Carmen havia respondido meu e-mail da noite anterior.
Fiquei ansioso.
Eu sabia que a srta. Comportada iria me surpreender. A safada estava me provocando. Dois novos capítulos para acabar com o meu sossego.
Baixei os arquivos para a minha área de trabalho e abri a foto.

Contra a vontade, senti um sorriso aparecer no rosto e uma fisgada de tesão no meu pau.

No lugar da foto da autora, ela havia enviado uma foto sem sutiã, exibindo aqueles seios fartos e redondos. Minha boca salivou.

Fechei os olhos e me imaginei na mesma hora enfiando a cara nos seus peitos e lambendo seus mamilos.

Eu iria adorar fazer uma espanhola ali.

Carmen, Carmen. Você não faz ideia de onde está se metendo. Posso parecer um cara tradicional, mas sou tudo, menos isso.

Havia outro e-mail dela em seguida pedindo um milhão de desculpas, dizendo que enviou a foto errada. Claro, foto errada.

Já que ela quer provocar, vou entrar no jogo.

Respondi o e-mail friamente, ignorando sua provocação, ela iria ficar maluca com isso.

De: henriqueschimmer

Para: carmenalbuquerque

Bom dia Carmen, agradeço o seu retorno.

Arquivos recebidos.

Atenciosamente,

Henrique Schimmer

Editor chefe

21 - 2238-4433

Liguei para o celular da temporária e a convidei para almoçar. O contrato dela estava para vencer e ela estava me dando mole desde o primeiro dia.

Uma foda na hora do almoço poderia me acalmar.

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Uhullll, computador de volta! \o/

Tem mais capítulo a seguir!

DesinibidaOnde histórias criam vida. Descubra agora