Onze

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Muito obrigada pelos 2k gente, agradeço a cada um de vocês, vocês são incríveis!

Aaron Johnson

  Não sei o que há com Samantha, essa garota me tira dos nervos, mas também acalma meu coração. Quando ela me toca, esqueço-me de quaisquer problemas em minha vida, mas ao mesmo tempo, ela é um problema. É muito contraditório, mas ainda sim, não consigo ficar longe dela, mesmo tentando, mesmo precisando. Nada disso é certo, eu sei disso, mas estou cada vez mais necessitando daquela garota. E mesmo que ela seja amarga comigo, eu sei que não posso me afastar dela, afinal, a amargura dela é o que deixa meu dia mais feliz. Se ela sabe disso? Não, é claro que não.

  Tem mais algumas coisas de que ela não tem conhecimento. Mas principalmente o fato de eu estar com Melissa para provocar ciúmes a ela. Mesmo não a suportando mais. Não posso ficar vendo Samantha beijando o playboy galinha sem ter alguém do meu lado também. Nunca fui infantil a esse ponto, mas com ela é diferente.

  Chego em casa e vou à procura de Melissa para perguntar se ela vai lavar o banheiro. Mas não a encontro. Vou procura-la no sótão e nada. Então decido que seria melhor ligar para ela. Mas antes de discar o número alguém desconhecido está me ligando.

"Alô? Quem é? Realmente não posso falar agora." Digo, quase desligando, mas algo (ou alguém) me faz continuar na chamada.

"Aaron não desliga! Preciso que você venha até o Hospital Chicago... Algo aconteceu. Vou desligar, chegue em dez minutos." Ela grita no meu ouvido. Pelo menos agora eu tenho o número de Samantha. O que será que aconteceu?

  Procuro a chave do carro apressadamente e corro pela casa até sair da porta. Estava com um pouco de medo de sair por conta da perseguição anterior, mas eu realmente queria saber o que aconteceu.

  Lamento Samantha, mas não vai ser possível chegar em dez minutos! Está um trânsito da porra! Preciso chegar a uma rua livre para abrir o Waze. Merda viu! Nem moro tão longe do centro, mas o trânsito está infernal. Saio do carro e vejo que um ônibus capotou na rua, isso provavelmente vai demorar a se resolver, não vou chegar lá tão cedo se não tomar uma atitude.

  Entro na contramão vazia e vou rápido para que os guardas não vejam.  Quase bato em uma moto, mas desvio rapidamente. Sigo reto até sair da contramão. Passo por algumas ruas estreitas e extremamente sinistras. Chego ao centro e começo a correr, preciso chegar o mais rápido possível, já estou muito atrasado.

  Paro o carro no estacionamento e corro em direção à entrada. Vejo Samantha brevemente, ela me vê também, com uma expressão de raiva. Não estou compreendendo.

"Por que demorou tanto seu babaca inútil?" Ela murmura de braços cruzados.

"Estava trânsito. Mas o que aconteceu? Está tudo bem com você?" Digo, abraçando-a, mas ela me afasta.

"Comigo sim. Mas com a pira... Melissa, não" Ela ri sarcasticamente.

"Como assim? O que aconteceu com ela? Cadê ela?" Digo, preocupado, não a amo mais, mas não sou um babaca inútil.

"Dã... Foi por isso que eu te liguei. Siga-me" Ela revira seus lindos olhos.

  A sigo com ela mandou, e só consigo olhar para uma coisa. Sua bunda perfeitamente redonda.

"O que está olhando seu tarado?" Ela vira para trás, encarando-me. Fico corado e ela se vira novamente.

  Ela para enfrente ao balcão da recepção.

"Esse é o marido dela Dr. Tyler." Ela murmura sensualmente para o médico sarado da recepção. Não gosto dele.

"Olá senhor Aaron, precisamos que você preencha esse formulário para a confirmação do parentesco." Ele balbucia gentilmente.

"Como você sabe meu nome?" Digo seriamente. Ele ri juntamente com Samantha.

"Felizmente Melissa Johnson carrega a identidade com ela sabia?" O doutor diz mostrando seu sorriso perfeito. Dou um sorriso amarelo.

"Samantha vai te levar ao quarto de sua esposa" Ele volta a fazer o que estava fazendo e puxa meu braço. É como se o beijo anterior nunca tivesse acontecido.

  Chegamos ao quarto 114 e vejo Melissa enfaixada na cabeça. Que porra aconteceu? O que Samantha tem a ver com tudo isso?

"Que merda aconteceu Samantha?" Pergunto espantosamente.

"Relaxa cara" Ela se senta na poltrona. "Sua piranhona esta bem" Ela gargalha.

"Caralho, me explica a merda que aconteceu! Não perguntei se ela está bem ou não." Grito, cruzando os braços. Ela me encara.

"Não fale assim comigo" Ela informa lançando seu olhar pavoroso. "Essa mulher apareceu quando eu estava jantando na casa do meu namorado, ela estava muito assustada. Não perdi a oportunidade de brincar um pouquinho, podemos dizer que soltei alguns comentários um tanto quanto maldosos. Ela perdeu a cabeça e interrompeu minha transa, começou a arrancar meu cabelo e eu fiquei brava ao extremo, por fim, dei um soco na sua cara e ela caiu, batendo a cabeça no vaso. Ficando inconsciente" Ela informa. Como ela foi parar na casa no babaca máster?

"Só isso?" Estou bravo. Não precisava saber da parte da transa.

"A não ser que você queira saber os detalhes da transa, não tenho problemas em contar." Ela morde o lábio inferior e gargalha. Essa garota lê meus pensamentos ou algo do tipo?

"Não Samantha, não quero. Aliás, você não tem idade para transar!" Ela gargalha mais ainda. Porque disso isso? Não sei ao menos disfarçar meu incomodo.

  Melissa mal acorda e já começa a reclamar de tudo em sua volta.

"Porque está aqui? O que aconteceu?" Ela se volta para Samantha percebendo a faixa em sua cabeça.

"Porque eu te dei um soco e você teve algum tipo de lesão craniana" Samantha a informa tapando o sorriso com os dedos. Melissa faz cara feia e se volta para mim.

"E você? Porque esta aqui com ela?!" Ela grita visivelmente enciumada.

"Depois discutimos isso Melissa. E ela estava apenas me explicando o que houve. Da pra parar de ser idiota?" Murmuro esfregando os olhos. Já é tarde.

  A enfermeira entra no quarto e me informa que Melissa só poderá sair daqui amanhã porque ela irá fazer uma série de exames. Ela diz também que eu tenho que ir embora. Eu obedeço me despedindo de Melissa.

"Tchau Mel." Dou um beijo em sua boca e Samantha sai da sala, eu a acompanho.

"Ei, Samantha! Você precisa de uma carona?" Ela continua andando, me ignorando, mas depois se vira.

"Na verdade... Hm. Preciso sim." Ela anda até meu lado e permanece lá, até que saímos juntos do hospital.

  O caminho não é longo. Mas com ela, o caminho se torna uma estrada de 1000 quilômetros. Ela permanece em silêncio durante o trajeto, se movimentando apenas para ligar o rádio, mas não acha nada que lhe interesse. Então o desliga.

  Ao chegar a sua casa-mansão, ela quebra o silêncio não agradável.

"Como você sabia o caminho da minha casa?" Ela sussurra assustada. Merda. O que vou dizer agora.

"Ah... Hm. Tenho o endereço de todos os alunos na planilha da escola." É mentira, mas ela se acalma e felizmente troca de assunto.

"O que você me diz sobre as aulas particulares agora? Não para mim, mas para o meu irmão." Ela diz... Feliz. É isso, é minha chance de ver no que isso vai dar.

"Ah claro... É, venho às quartas e segundas." Sorrio com as mãos no volante.

"Tchau então." Ela arqueia as sobrancelhas e fecha a porta do carro.

  Safei-me dessa.

Notas da autora

Não se esqueçam de votar e comentar o que acharam amores, e novamente, obrigada pelos 2k de leituras. Beijos na bunda. Deixei minhas redes sociais na bio.

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