Prohibited

Sete

  Primeiramente queria agradecer pelos 1K de views, vocês deixam meu dia mais feliz!

AVISO: Caso algum de vocês precise de capas para sua obra, estou aceitando pedidos no meu livro de encomendas, vão ao meu perfil que vão achar rapidinho. Aproveitem o capítulo!

"A verdadeira questão é: Quantas verdades consigo suportar?"

Samantha Hart

Não sei se ele me quer ou não. Não sei se esse Mrs. Johnson me quer ou não. Argh. Sempre sei o que homens estão pensando, mas com ele é diferente, não mostra que me quer, mas também não mostra que não quer. O último professor do qual eu mantive um "relacionamento", mostrou de cara que me queria, me pegou em cima de sua mesa na primeira oportunidade. Mas Aaron não, por mais que ele tenha me beijado na boate, sei que foi apenas porque estava triste, carente e bêbado. Acho que preciso me esforçar mais, essa brincadeira não vai me levar á nenhum lugar, mas é divertido mexer com o proibido.

Está um trânsito do caralho hoje, não faz nem cinco minutos que sai da escola e já está tudo parado. Odeio trânsito. Não posso me distrair com a rua e fico presa aos meus próprios pensamentos. Estou parada em frente ao restaurante japonês, lembrando de que hoje à noite vou jantar lá com Alisson. Ela diz que tem algo importante para me contar. Normalmente é algo sobre Megan, mas a coitadinha já se envolveu em muitos problemas essa semana. Falando em Megan, não posso descrever o alívio que senti ao saber que o suposto caso entre ela e Aaron era mentira. Ele não pode ter casos com outras alunas além de mim.

Não pode.

Finalmente a fila de carros em minha frente anda, entro em uma rua considerada perigosa, mas não ligo, preciso sair do trânsito. Ando devagar pela rua estreita. Vejo rostos desconhecidos comprando drogas de um conhecido. Joseph. Que escroto! Além de tentar estuprar a enteada e bater na esposa ele é traficante?! Espera... Isso quer dizer que quem está fornecendo drogas para a minha mãe é ele? Como ele ousa fazer isso?

Fico parada durante um tempo esperando ele ir embora. Estou observando há muito tempo, melhor ir embora. O que não vai mudar muita coisa já que ele acaba de perceber minha presença. Isso vai dar merda.

Dou ré até chegar à rua movimentada. Joseph para de ir atrás do meu carro andando e entra no dele, começando a me seguir. Merda! Merda! Ultrapasso o limite de velocidade o fazendo me perder de vista. Passo pelos faróis vermelhos ouvindo alguns xingamentos. Sou uma boa motorista, então por mais que não esteja respeitando as regras de trânsito, não bato em nada, nem nada do tipo. Entro em ruas desconhecidas para fugir do trânsito. E finalmente chego em casa, o carro de Joseph ainda não está estacionado.

Giro a maçaneta da porta e me deparo com uma surpresa deplorável. Minha mãe está caída no chão, em seu braço há uma seringa. É heroína. Um liquido branco está escorrendo pela sua boca, e sangue pelo seu nariz fino. Ela treme sem parar. Certamente está sofrendo uma overdose. E então percebo a presença do meu irmão, que está em prantos.

"Todd, olha pra mim! Você tem que subir lá pra cima ok? Agora" tento falar da forma mais calma possível, mesmo com meu coração super acelerado. Ele ignora meu pedido então viro seu rosto para mim apertando suas bochechas e afagando sua cabeça. Ele me olha assustado e faz o que eu mandei. Sobe em dois segundos.

Agora era a hora de agir. Pego minha bolsa e procuro meu celular depressa, não o acho e decido esquecer isso. Minha mãe é mais importante. Corro até a cozinha e ligo para a emergência.

"Alô? Por favor... É-r, depressa venham até aqui. Minha mãe está tendo uma, uma overdose" começo a chorar e gaguejar.

"Qual seu nome? E seu endereço? Preciso que fique calma" como essa mulher estúpida quer que eu fique calma porra?!