Treze

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Desculpem pelos erros! Se quiserem me mostrar onde errei é so comentar, beijos.

Samantha Hart

  Mais um dia para a minha lista de dias sombrios. Hoje Joseph me bateu, não somente bateu, como espancou a mim e também a minha mãe. A única diferença entre nos duas é que eu ainda não desisti da vida, talvez só um pouco, mas não como ela. È como se ela já estivesse morta por dentro. Pior é saber que não tem nada a fazer para ajudar a mim e a ela, ninguém acredita em mim, ou simplesmente não quererm acreditar. A polícia acha melhor deixar esse caso pra lá, esquecer e me tratar como uma criança mimada que não gosta do padrasto, porque? Também queria saber, e faço essa pergunta para mim todos os dias, uma pergunta sem respostas.

  Saio de meus devaneios e percebo que já estou há mais de dez minutos pensando na merda da minha vida. Olho para o outro lado na rua e vejo um vulto, Aaron, na verdade. Quem é aquela com quem ele está? Uma morena alta, cabelos castanhos tingidos de loiro e um corpo bonito, não consigo ver seu rosto mas por suas roupas ela parece ser um tanto quanto...Formal.

   Estou sentindo algo ruim, vou ligar para ele, vamos ver se esse querido me atende mesmo ao lado da sua secretária prostituta.

"Samantha! Que surpresa sua ligação!" Ele diz com tom caloroso.

"Oi, o que está fazendo?" Pergunto, desconfiada.

"É-r..." Ele resmunga. "Estou no mercado." Filho da puta mentiroso do caralho vai mentira na puta que pariu.

"Ata, so ligou pra avisar que o horário mudou. Chegue as cinco." Desligo antes que ele possa raciocinar o que eu disse.

  Não vou ficar brava por causa disso. Não tem nem motivo. Não tenho nada com ele.Vou esquecer essas idéias.

  Finalmente ligo o carro e dirigo até a minha casa, procurando me manter o mais longe do meu padrasto-traficante-pedofilo-estuprador-violento e de seu beco de drogas.

  Giro a maçaneta e a primeira coisa que eu vejo é meu irmãozinho sentado no sofá assistindo Scooby- Doo, ele parece tão inocente para uma criança que passou por tudo aquilo. Sinto pena dele, mas mais que isso, sinto que sou responsavél por ele e por conservar sua infância, sei que ele deveria ter tido momentos melhores, mas faço o que consigo e tento ao máximo, isso quando ele não esta na casa de minha avó.

"Oi pirralhinho." Bagunço a cabeça dele e sento ao seu lado, pego uma maçã que estava dentro da cesta sob a mesinha.

"Oi Sam." Ele sorri e bebe o suco de caixinha que ele está em sua mão. Percebo que ele ainda está com uniforme.

"Quando eu tinha sua idade sempre queria ser a Dafne mas minhas amigas nunca deixaram porque eu não sou ruiva. Alisson sempre pegava esse papel, aquela babaca." Rio olhando para ele. Ele ri de volta me encarando.

"Bem, Toddy, vou dormir um pouco, qualquer coisa sobe no meu quarto. Te amo!" Digo, me levantando.

"Também te amo Sam, dorme bem!" Ele responde.

  Subo correndo para meu quarto. Joseph não está e minha mãe... Ainda está no hospital.

  Arranco minhas roupas e meu sapato, ficando seminua. Fecho as cortinas e deito em minha cama. Quero dormir.

  Coloco o despertador para as quatro e meia e depois me cubro com cobertas. Hoje ninguém vai atrapalhar meu sono.

                                         *    *   *

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