sexta xícara: a voz do mal

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Tragou-me
Sofrendo, sorrindo, tossindo
Fiz arder tua garganta
E fui de encontro ao teu pulmão
Toquei-lhe com voracidade
Com a fome de um leão ao ter sua caça presa em suas garras.
Saí leve, formando um sorriso no ar, retribuindo o sorriso que me deste ao me ver voar.
Eu adorei queimar-te.
Te mato aos poucos.
De gole em gole
Te engasgo e te maltrato
Te sufoco.
Entregue-se a mim. Renda-se
Que talvez eu não te deixe agonizar
Talvez eu te leve sem dor
Pode ser que eu te carregue,
E tu serás tão leve como eu sou.

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