décima sétima xícara: viver ou existir?

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Solidão sem juros
Jurou nunca me deixar
nem me importo mais.

Antes eu fugia
E ela pra mim voltava
Hoje, sou eu quem a procura
É meu refúgio, nela não corro perigo

me acostumei
A andar sozinha
Roubando flores
Pra oferecer à solidão amiga

me conformei
A dormir sozinha
E não esperar que alguém venha me acordar

Me acomodei à essa rotina
De nunca saber o que falar
De não ter com quem eu não fale nada

De olhar, observar a tudo e a todos
E esperar que a solidão
Traga-me a solução
Para os problemas que eu não tenho
Por não ter ninguém

aí, a solução pra não ter problemas
É não ter ninguém
É estar vivo, e mesmo assim não existir

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