Parte 7

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Descobrimos mais tarde que uma das razões por Ivan não ter deixado a área quando mandamos – além do seu idiota senso de heroísmo – foi que ele não sabia por onde voltar. Alguns de seus amigos tinham o deixado ali, prometendo voltar dentro de dois dias para ver se ele estava vivo ou morto. Nós não podíamos deixá-lo lá naquele estado tão surrado, então tivemos que fazer uma viagem de duas horas para levá-lo para casa. O tempo todo, Ivan ficou se gloriando de ter salvado a Dimitri e a Mark bem na hora certa e que eles teriam morrido se não fosse por ele.
Lembrá-lo de que era pura sorte estar vivo agora, parecia inútil. Nós deixamos que ele falasse e ficamos aliviados ao chegar à sua vila, um lugar que fazia Baia parecer a cidade de Nova Yorque.
- Às vezes eu ouço relatos de outros vampiros - ele disse, enquanto descia do carro. - Se vocês quiserem, eu deixo vocês se juntarem a mim, da próxima vez.

- Impressionante - eu falei.
A única pessoa mais irritante que Ivan era Yeva. Depois de cinco minutos com ela, eu já estava desejando estar novamente no carro com Ivan.
- Então - disse ela, sentada na sua cadeira de balanço na casa dos Belikovs, como se fosse um trono. - Parece que eu estava certa.

Eu desabei no sofá, ao lado de Dimitri, sentindo meus ossos cansados e desejando poder dormir por umas doze horas. Mark já tinha ido para casa de Oksana. Mesmo assim, eu ainda tinha bastante coragem para argumentar de volta.
- Não, exatamente - repliquei, tentando manter um sorriso de satisfação em meu rosto. - Você disse que Dimitri mataria o Blood King. E não foi ele. Foi Mark.

- Eu disse que uma pessoa que tinha trilhado o caminho da morte o faria - ela disse.  - Mark também passou pela morte e reviveu.
Eu abri a minha boca, começando a negar, mas ela tinha um ponto.

- Tudo bem, mas quando Victoria disse que Dimitri faria, você não negou.

- Eu não confirmei que seria.
Eu gemi. - Isso é ridículo! Essa previsão não significou nada. Inferno, ela poderia ter sido aplicada a Ivan, já que ele quase morreu por causa do Blood King.

- Minhas profecias mostram muitas coisas - respondeu Yeva, que era exatamente o mesmo que não responder nada. - A minha próxima é particularmente interessante.

- Um-huh - eu disse. - Deixe-me adivinhar. ‘Uma jornada’. Isso poderia significar eu e Dimitri voltando para casa. Ou Olena indo ao supermercado.

- Na verdade - disse Yeva. - Eu vejo um casamento, no futuro.
Victoria que estava ouvindo a conversa com diversão, bateu palmas. “Oh! Rose e Dimka!” Suas irmãs acenaram com excitação.
Eu olhei incrédula.
- Como você pode dizer isso? Pode significar qualquer coisa também. Alguém na cidade pode estar casando agora. Ou talvez pode ser Karolina – vocês não disseram que ela tem um namorado sério? Se for eu e Dimitri, será somente daqui há alguns anos, o que você certamente irá afirmar que previu, já que falou que seria no futuro.
Ninguém mais me ouvia, no entanto. As mulheres Belikovs já conversavam animadamente, fazendo planos, especulando se o casamento seria aqui ou nos Estados Unidos, e como seria bom ver Dimitri “finalmente sossegado.”
Eu gemi novamente, me inclinando contra ele. - Inacreditável
Dimitri sorriu e passou o braço em volta de mim. - Você não acredita em destino, Roza?

- Claro - eu disse. - Só não nas previsões vagas da sua avó maluca.

-Não soa maluco para mim - ele brincou.

- Você é tão maluco quanto ela.
Ele beijou o topo da minha cabeça.

- Eu tinha a sensação que você diria isso.

FIM

Homecoming (Voltando Para Casa)Onde histórias criam vida. Descubra agora