Cap 1 - Connorgon

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Me mudei para Connorgon, uma cidade com um ar mais puro do que o necessário, a "minha" casa nova é bem mais legal que a outra.

Amanhã começam minhas aulas num colégio particular, tenho que ir levar a papelada lá, para minha sorte agora os estudantes devem estar tendo aula por que sou bem tímida...

- já vou! - gritei para que minha mãe ouvisse, ela não respondeu, estava ensolarado com poucas nuvens, o colégio Suigeneris ficava a uma quadra da minha casa, usava uma saia preta até o joelho uma regata rosa e uma blusa de frio cinza com estrelas, não sei como é o tempo aqui então tenho que ficar preparada.

Chegando lá avistei a secretária:

-Em que posso ajudar? -perguntou gentilmente, ela tinha curtos cabelos negros até o ombro,olhos castanhos e pele bronzeada,entreguei os documentos para ela, meu uniforme já estava em casa. Fiquei andando pelas ruas calmas mas com o movimento das pessoas e carros, quando virei uma esquina vi um parque, ele tinha uma quadra de futebol que era preenchida pelos jogadores, casais e animais com seus donos estavam ali, era bom o aroma das árvores e flores.

Me sentei em um banco de madeira, fiquei olhando os garotos jogarem, até que percebi a presença de uma garota ao meu lado.

-Posso me sentar? -Seu longo cabelo loiro com leves ondulações nas pontas e seus olhos verdes davam a impressão de alguém serena, e realmente ela era, sua vóz calma era confortável, assenti. - me chamo Lhea, você é nova na cidade, certo?

Me senti desconfortável como se estivesse exposta, ela percebeu então falei algo para distraí-la.

-hã... Akane, como sabe que sou nova aqui?

- É só que eu sou uma investigadora nata, sabe? - sorriu com seus olhos de esmeralda brilhando - mas não se preocupe, pra mim é normal investigar sobre as pessoas deste bairro como não tenho nada pra fazer.

Aquilo não me convenceu nem um pouco, percebi que ela não era o que aparentava, por fim suspirei.

- Porque está triste? - perguntou depois de alguns minutos tirando-me de meus devaneios.

- E-Eu não estou triste - forcei um sorriso, na verdade estava, vários momentos com meus amigos passavam por minha cabeça, mesmo que fossem poucos.

-Não parece que você pretende contar a mais alguém.

Fiquei um pouco pensativa procurando pelas palavras certas.

- É que deixei todos os meus amigos para trás, e onde eu morava era bem diferente daqui.

- Hm... sabe, os adolescentes e crianças daqui não costumam me dar atenção - ela sorriu, mas eu sabia que aquilo era forçado, me pergunto se ela estaria falando comigo por não ter amigos. - eles me acham doida.

- Pra elas te ignorarem assim é por que você fez algo bem escandaloso - Ela me olhou fazendo o sorriso desaparecer, balançou a cabeça de um lado para o outro, então desviei o olhar percebendo que algumas pessoas me fitavam, elas olhavam para Lhea e depois a mim de volta como se estivessem tentando dizer algo, não falei mais nada, ela se levantou fazendo eu me assustar por um milésimo de segundo.

- Bem, já está tarde, tenho que ir - disse e se virou sem nem me olhar indo embora.

Quando me olhou por cima do ombro, seus olhos estavam relaxados deixando sua expressão séria então voltou seu rosto a frente sem parar de andar. Voltei para casa - mãe, cheguei.

Disse fechando a porta quando estava subindo as escadas que dariam no corredor dos quartos ouvi ela gritar que daqui a pouco a janta estaria pronta, tomei banho coloquei meu pijama: um conjunto de uma blusa com manga larga e um short com um palmo e meio acima do joelho, ambos com vários lobos como estampa, afinal amo animais mas tem um animal bem bonito que eu morro de medo.

- Akane, vem comer! - Gritou minha mãe, a " marca registrada" dela, desci.

Terminei de comer, escovei os dentes e fui para meu quarto, amanhã, sexta-feira, vou estudar no turno da tarde, tenho 15 anos curso o nono ano, na minha outra escola eu era conhecida como nerd, eu sempre tive um QI a mais que os outros mas nunca demonstrei na prática nem me gabei.

Acordei com o maldito som do despertador, por impulso joguei ele no guarda-roupa, mas me arrependi logo depois por que ele quebrou, tomei banho, coloquei meu uniforme: um short-saia azul geranho, uma blusa branca, e por cima o agasalho também azul geranho, coloquei o brasão da escola, uma espécie de águia dourada com asas em destaque, penteei meu rebelde cabelo rosa, fiz uma trança bagunçada por que não sei fazer penteados arrumados, prendi ele com um elástico que tem um laço roxo, meu cabelo sempre combinou muito com meus olhos por que ambos são rosas, mas algo que nunca entendi é que as vezes por alguns segundos meus olhos ficam azulados mas depois voltam ao normal.

- Mãe, eu preciso de dinheiro - falei descendo as escadas, minha mãe assistia TV

- Para? - ela, de vez em nunca eu pedia dinheiro para ela.

- Meu despertador quebrou

- Quebrou sozinho? - perguntou tirando uma nota de vinte reais do bolso, mais do que o necessário, ia reclamar mas ela foi mais rápida - guarde o resto para quando precisar não me pedir.

O coloquei na minha mochila, me despedi, a escola fica no mesmo condomínio da minha casa então vou ir a pé, enquanto andava observava o céu ensolarado, mas a brisa do vento equilibrava o ar, distraída em meus pensamentos me vi jogada no chão, olhei pra cima pronta para ver o abençoado em quem me choquei mas o sol impedia-me ...

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