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Eles pareciam reais, não acredito que ando a ter alucinações destas e com pessoas que não conheço de lado nenhum... Foi mesmo super estranho o que aconteceu no parque, desde aquele menino até ao rapaz loiro. Estava uma barulheira na rua, em Boston havia muitos carros e muita poluição. Adorava ir para o campo, era o meu sitio preferido para passar férias e já a algum tempo que não ia para lá. Mas, entre mim e o Simon havia um grande silêncio.
- Não vou poder ficar contigo à tarde, Clary. - Disse ele por fim. - Hoje tenho ensaio na banda, mas logo a noite venho-te buscar.
- Sim, não te preocupes, hoje vou aproveitar para terminar o quadro.
- Então... Até logo? - Abracei o Simon e ele retribuo com outro abraço.

Andava pelas ruas de Boston quando vi novamente o rapaz loiro a vir na minha direção e pensei ' isto é da tua cabeça, não ligues e finge que não existe ' quando o vi a parar à minha frente.
- Como é que te chamas?
Não devias falar com ele, ele não existe mas a tentação fo maior.
- Clary, quem és tu? Porque é que o meu amigo não te conseguiu ver? O que é uma mundana? - Pergunto eu insegura.
- Não sei o que se passa, não nós deverias conseguir ver... Só podes ser uma caç-...
- JACE! O que estás a fazer? - Ouvi a voz da rapariga que se encontrava no parque.
- Vocês não são reais, deixem me de uma vez por todas. -
Saí dali a correr até casa que era relativamente perto. Entrei dentro do prédio e cheirava a queimado, secalhar a vizinha esqueceu se do cozinhado no forno novamente... Tentei ligar o interruptor mas a luz não se acendeu. Subi às escuras as escadas e reparei na porta aberta da minha casa, o que não era nada normal pois a minha mãe tinha sempre o cuidado de fechar tudo a sete chaves.
- Mãe? Luke? Estão aí? O que se passou? - Mas ninguém respondeu, liguei a lanterna e a casa estava toda remexida e havia sangue no chão. Soltei um ' Não acredito ' e as lágrimas já me varriam na cara. Quando fui empurrada até a parede e prenderam-me as mãos, parecia um bicho em forma de humano, aquela coisa estava a enforcar-me e a picar-me com um líquido com um cheiro horrivel.

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Acordei numa cama de hospital ou julgava eu ser do hospital. Só me lembrava daquele bicho e de ouvir parecia-me a voz do Jace a entrar na minha casa.
- Clary, até que enfim acordaste. - Ouvi a voz dele quando reparo que ele está sentado ao lado da minha cama.
- Onde estou? - Pergunto eu olhando para o quarto. O quarto era grande e as suas paredes eram todas brancas com frases em latim escritas.
- Isto é o instituto, vais ter muito de aprender como caçadora de sombras. - Vejo o rapaz de cabelo preto a entrar e foi ele quem tinha falado.
- O Luke e a minha mãe? O que é uma caçadora de sombras?
- Clary, agora precisas de descansar. Foste mordida por um demónio bastante perigoso. Quando estiveres mais calma, conversamos.
- O quê? Mas demónios não existem... Acho eu...
- Aqui vais aprender que todas as histórias são reais. Agora descansa que temos depois de te contar histórias e verdades...

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Cidade das Sombras || Onde histórias criam vida. Descubra agora