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Acordei com uma voz familiar, abri os olhos o que me custou imenso e vi o Jace a abrir a janela e os raios a baterem me na cara.
- Bom dia dorminhoca, tens 10 minutos para estares pronta. Tens de treinar.
Olho o despertador ao meu lado e vejo que são 5h24min.
- Ainda é tão cedo. - Pego na almofada e enterro lá a minha cabeça.
- Depressa. - O Jace sai do meu quarto e fecha a porta, esfrego os olhos e levanto-me. Visto uns jeans e uma camisola larga e faço a minha higiene pessoal. Saiu do quarto e vejo o pequeno gato preto, dou-lhe uma festinha e vou até a cozinha.
- Bom dia Izzy! Acordas-te cedo.
- O Jace foi acordar-me, tenho de ir tratar de uns papeis.
Pego num pacote de bolachas e pego em quatro bolachinhas, olho o relógio.
- Tenho de ir treinar, bem, até logo então.
Vou até a sala dos treinos que Alec já me tinha mostrado e vejo o Jace a dar alguns socos a um saco.
- Estou aqui, cheia de sono mas aqui.
- Pega aqui. - Ele pega numa das espadas e segura me na mão para eu agarrar. - Ela só dá luz quando sente poder de anjo.
Era uma sensação boa pegar numa espada, o Jace ajudou-me a fazer alguns movimentos e ensinou-me algumas coisas básicas.
- Parece que já treinas a anos. - Ouço o Hodge e dei-lhe um sorriso.
- Estou a sair me bem?
- Com um treinador como eu. - Dou um chapada no ombro do Jace e o Hodge ri-se tal como eu.
- Hoje vocês têm de ir ter com o Magnus Bane. Clary, vais levar uma espada para se algo acontecer teres como te defender.
- E se ela se magoa?
- Não se vai magoar.
Assinto e o Hodge coloca-me um cinto na minha roupa e coloco lá a espada. O Alec e a Izzy olham com alguma satisfação.
- Boa sorte a todos. - O Hodge disse e nós sorrimos agradecendo.
Saimos do instituto e estava lá o Simon.
- Simon, não devias estar aqui!
- Queria saber se estavas bem... Sabes, tenho saudades quando eras normal!
- Eu sou normal...
- Então deixa-me ajudar a encontrar a tua mãe.
- Não quero que te magoes...
- Eu vou com vocês, não quero saber.
- Mundano, se te magoares nós não te vamos ajudar. - Olho o Alec que o olhava seriamente.
- Não importa, eu vou.
O Jace e o Alec decidiram que ele podia ir mas não incomodava. Seguimos o caminho até a casa do Magnuns Bane.
- Grande casa. - Murmura o Jace e eu olho confusa.
- Só estou a ver um hospital velho.
- Concentra te a olhar e vais conseguir.
Olho fixamente e depois de algum tempo consigo ver a sua casa. Tocamos a campainha e ouvimos um ' Neste momento o melhor feiticeiro não está disponível. '
- Acho que é melhor ser a Clary a tentar, ele deve conhece-la.
- Magnus? Sou a Clary Fray. Eu preciso de ti.
A porta abre e nós entramos, subimos as escadas e vi-o.
- Caçadores de Sombras, muito bem. Mas tu! - Aponta para o Simon. - És um mundano.
- É o meu melhor amigo.
- Clary! A quanto tempo não te via, era para te ver este mês mas a tua mãe não apareceu e parece que já descobriste a verdade...
- A minha mãe desapareceu. Eu preciso de recuperar as minhas memórias.
- Logo vi, mas isso não irá ser possivel porque dei as tuas memórias.
- Deste as minhas memórias? Como assim?
- A tua mãe pediu-me para as esconder bem e eu assim o fiz.
- Onde elas estão?
- Pois, não sei.
- Trabalho falhado. - Pronuncia o Alec.
- Bem, não foi assim tão falhada. - Magnus pisca o olho ao Alec.
Só me apetece chorar, não sei se é de tristeza ou de raiva. Não sou forte o suficiente para a encontrar mas não posso desistir.
- Podes contar o que a minha mãe te dizia?
- É isso que irei fazer. Podem sentar-se mas CUIDADO com os sofás. - Ele estala os dedos e a nossa frente aparece bebidas. - Podem tirar.
Tudo começou quando eras pequenina, ele apareceu e a tua mãe recorreu a mim para te tirar todas as memórias dos Caçadores de Sombras. Todos os anos ela recorria a mim para o fazer. Ela não queria que te tornasses uma, mesmo sabendo que um dia poderias descobrir.
Ela tinha muitos segredos e escondia o maior segredo e é por isso que o Valentim a quer. Ela criou uma poção porque sabia que ele ia voltar para procurar nela.
- Procurar o que? - Pergunta a Izzy.
- Não está claro? A taça mortal.
- O que é isso?
- Se alguém beber do cálice transforma Mundanos em Caçadores de Sombras. - Explica o Jace.
- E tu deverias saber onde ela a tinha escondido. - Olho o Alec.
- Nunca ouvi falar disso, nem sei onde se encontra.
- Tenta fazer um esforço para te lembrares.
- Eu não sei Jace.
- É normal, as tuas memórias sobre isso foram todas apagadas. Mas tu tens algo especial que a tua mãe nunca me contou. Mas ela pediu para te dar isto. - Ele vai a sua estante cheia de livros e tira de lá um livro grande e grosso, cheio de pó que me dá para a mão.
Agarro o livro e abro vendo as runas, folheio as folhas.
- Sei que a curiosidade é muita, mas se vires todas faz-te mal. - Avisou-me o Jace e eu sorri. - Nós costumamos dar uma em cada semana, quando eramos mais novos.
- Agora tenho de ir repousar por isso vão se embora que tenho mais que fazer.
- Obrigada Magnus.
- Gostei de te conhecer, Alec.
Acabamos por sair de casa do Magnus.
- Esperem! O Simon?
- Ele estava mesmo atrás de mim! - Diz-me a Izzy e torno a tocar a campainha do Magnus e ele abre.
- O que queres novamente?
- Onde está o Simon?
- Simon?
- O mundano. - Desta vez quem falou foi o Jace.
Olho para todo o lado e vejo um pequeno rato a pedir ajuda na mesa.
- Simon?
O Magnus tem um ataque de riso e eu estava espantada.
- Não me acredito que o mundano bebeu a minha poção.
- oh meu Simon. Tu vais ficar bem. - Coloco dentro do meu bolso e ele põe a cabeça de fora.
- Daqui a alguns minutos ele fica bem. Agora, pirem-se.
Saimos da casa do Magnus com o Simon no bolso e o Jace e o Alec protestavam o facto de o Simon ter ficado um rato.
- Estou cheia de fome, podiamos ir aquele café que o Jace passa a vida a ir.
- Por acaso podiamos ir Izzy, já não vou lá a algum tempo.

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