Clarie é uma jovem de 19 anos, mora em Nova York, e como filha do prefeito, nasceu em berço de ouro, prestes a se formar para ser a próxima prefeita e assumir o cargo do pai. Quem não queria ser Clarie?. Acontece que sua vida não é tão perfeita quan...
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Acordei hoje com a luz do sol, era a nossa empregada que veio me despertar. Me levantei, tomei banho, escovei os dentes, penteei os meus cabelos e desci. Me sentei a mesa e vieram me servir o café, meus pais me disseram :-Bom dia!, quem está animada para o seu diploma na faculdade? Eu dei um sorriso meio forçado, mais consegui convence-lós. -Estou tão orgulhosa de você minha filha! -disse minha mãe. Por um lado eu pensava que finalmente estaria livre daquela faculdade, além de não gostar da idéia, todos, exceto minha colega, Jules, me odiavam mesmo, por inveja, mal sabem eles que eu não sou tão feliz quanto parece, é difícil ser obrigada a tudo na sua vida e ter que forçar um sorriso para que seus pais pensem que você está feliz e que eles são bons pais. Mas por outro lado estava, como posso dizer? Tensa, porque a cada etapa do "plano" de meus pais, mais perto ficava daquele futuro, que não fui eu que escolhi, do meu casamento forçado e da substituição da prefeitura de meu pai. Me despedi de meus pais e fui. Fiz a prova, passou-se 4 horas, o tempo final, parece loucura minha, mais estava torcendo para não passar, mais se não passasse, imagina a reação de meus pais. O resultado havia saído, a professora chamou o meu nome :-Clarie Lancaster Lima! Eu levantei a mão para que ela me visse. -Meus parabéns, como foi possível? Acertou 100°/° das perguntas! Você passou!. Eu agradeci com um"obrigado" em um ton meio triste. Grace, Charlotte, Emily e Lucy, me olhavam feio, um olhar de inveja, raiva e ódio. A professora anuncia:-Todos vocês que passaram no teste, vão até a diretoria e peguem suas becas, meus parabéns a todos!. Passei na diretoria e peguei a minha beca, o motorista veio me levar, a formatura seria no dia seguinte, minha vontade era chorar, não tinha como impedir, agora já era tarde, achei melhor me aguentar e aceitar as consequências. Cheguei em casa e percebi que meus pais me esperavam na sala de estar tensos, quando viram que eu havia chegado, meu pai me perguntou :-Filha, você passou?. Eu simplesmente mostrei a beca e novamente forcei o sorriso. Eles se alegraram e me abraçaram, o outro motivo de eu não comentar nada era esse, eu gostava de ver meus pais felizes, por mais que eles fizessem somente a vontade deles e isso me matasse por dentro, eles eram os meus pais e eu os amava. -Já que você fez a nossa alegria com essa notícia, quando Summer servir o jantar nós contaremos uma novidade para você-eles disseram. Para ser sincera, fiquei curiosa com o que eles me disseram, afinal de contas, qual era a grande novidade? Summer serviu o jantar e logo se retirou, eu resolvi dar início ao assunto :-E então? Minha mãe cutucou meu pai e disse :-Conte para ela querido. -Hoje o prefeito Owen, me ligou dizendo que recebeu um email que temos que resolver algumas coisas de negócios, os outros prefeitos disseram que há muitos impedimentos e não será possível vir a Nova York, Então teremos que ir ao Brasil, No Rio de Janeiro, eu e sua mãe pensamos que isso seria como um presente, você relaxar um pouco e conhecer a cidade. -O que você acha? -Que maravilha! -Que bom que você gostou!, partiremos na sexta e ficaremos lá 2 meses, até que tudo se resolva. Fiquei feliz, a última vez que viajamos, eu era bem pequena e não me lembro, fomos a Florida. Meus pais vivem viajando, mas, depois de grande, eles preferem não me levar e me deixam participando de reuniões e coisas assim como "treinamento", não sei porque, mais de algum modo essa notícia mudou muito o meu humor, pois eu estava péssima por ter passado no teste. Depois de ter jantado, fui me preparar para dormir. Deitei na minha cama, me virei de um lado para o outro, mas não conseguia dormir de jeito nenhum, estava muito ansiosa e não parava de pensar na viagem, seria bom sair um pouco da rotina, conhecer lugares novos, sem ter que, todos os dias, participar de reuniões, ouvir palestras sobre como ser uma boa prefeita, ir a faculdade. Estava me cansando disso, queria de alguma forma, mudar tudo, sei lá, ir pra bem longe daqui e fugir desses problemas, tentei esquecer isso, me lembrei da viagem, e fui imaginando como seria, e fui imaginando, imaginando, sentia aquela felicidade dentro de mim e fazia eu esquecer de tudo e daquele destino triste, até que, quando eu menos percebi, eu havia dormido. Tive um sonho :sonhei que eu via uma pessoa, parecia um garoto, eu não via muito bem o rosto, me lembro que segurava a minha mão e... Nós fugimos juntos, e eu via os meus pais, eles diziam para eu parar e voltar, diziam que eles eram o melhor para mim, eu não entendia muito bem o que eles queriam dizer com isso, mas eu não voltava, continuava a fugir com o supostamente garoto e eu via meus pais bem longe e depois eu e aquele garoto, garota, não sei, nos abraça vamos, e eu parecia me sentir, segura, feliz. Acordei pensando nisso, afinal, o que significava aquilo? Por que eu estava fugindo de meus pais? E quem era aquele garoto? Senti que havia muitos mistérios a frente.
