06.

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Uma porta enorme se estende na minha direção, me deixando encantada com o tamanho da casa. Parada sem qualquer mente racional, meu corpo é obrigado a entrar, quando um dos guardas rugi no meu ouvido.

- O que está fazendo? Entra menina.

Uma senhora baixinha se assusta quando entro quase cambaleando. Ela se aproxima, e vejo seus olhos se direcionar atrás dos meus ombros.

- Tranca ela no quarto. Você sabe o que vai acontecer com você, se deixar acontecer algum imprevisto por causa dela. - Uma voz masculina rígida ordena a senhora de cabelos quase brancos.

Em segundos um estrondo alto me assusta arrancando um suspiro nervoso. Com os meus braços ao redor do meu peito, o nervosismo me aflige, mantendo a mente no lugar. O que fizeram comigo?

- Não tenha medo menina. - a voz roca da mulher soa. Presumo que esteja tentando se aproximar.

Arrisco levantar meu olhar e encara-la.

- Venha. - Ela estende a mão na minha direção, eu imediatamente recuso. - Eu não vou fazer nada com você, confia em mim.

Reparo que seu sotaque é diferente, o que me deixa desconfiada.

- Você não vai ficar aí parada o dia inteiro? Daqui a pouco ele vai chegar, e não vai gostar nem um pouco de saber que você ficou fora.

Olho rapidamente para a senhora, quando toca na palavra "ele". Meu coração começa acelerar e minha mente pressiona para correr e atravessar a porta e tentar escapar pelos portões. Ela tenta novamente me dar a mão, dou uma olhadela na senhora de avental cinza, e finalmente junto a minha mão a dela.

Sou levada pra cima das escadas. Seguindo a senhora, uma dor se destaca em meus sentidos. Olho para meus saltos, e vejo uma marca meio roxa no meu pé direito na parte lateral do meu dedão. Fiquei tanto tempo de salto alto que nem reparei no tumor se formando.

- Aqui. - Ela abre a porta pra mim.

O quarto está um breo. Alguém acende a luz, o que me faz guinchar pra trás. Uma moça está parada do outro lado do quarto olhando fixamente pra mim.
Outra garota de cabelos loiro levanta da cama com uma expressão confusa. Uma menina aparece de toalha, e solta um suspiro assim que me ver. Em poucos segundos, alguém abre uma porta na direção ao contrário das outras meninas, e também é pega de surpresa assim que me avista.

O que está acontecendo?

- Como assim outra? - a terceira garota pergunta olhando para suas colegas de quarto.

Nenhuma responde.

- Como se chama? - a primeira garota que viu, pergunta.

Não sei se devo responder. O desespero e desconforto é nítido na minha cara. Engulo em seco, assim que minhas costas entra em contato com a parede.

- Como se chama? - Ela pergunta novamente com um tom de voz mais elevado, dando entender que eu não ouvi quando perguntou.

- Luna. - respondo no sussurro.

- Eu me chamo Jessica. - Ela tenta sorri pra mim. - Eu entendo como você está se sentido, eu me senti assim quando cheguei aqui. Todas aqui já passaram por isso.

Ela se aproxima mais ainda, o que me deixa ligeiramente desconfortável. Eu olho para suas companheiras que estão de pé nos observando.

- Tá tudo bem, a gente não vai te fazer mal nenhum. - Ela suaviza.

E então abaixo os meus punhos em forma de desistência. A garota de cabelos preto sorrir.

- Quem são vocês? - Enfim, tenho coragem de perguntar.

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⏰ Última atualização: Aug 03, 2018 ⏰

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