- Luna, é hoje. - Miranda diz olhando pra mim, com seus olhos levemente entreabertos do sono.
Realmente é hoje e nem percebi. Me viro para o outra lado do colchão encontrando a parede de concreto. Passo os meus dedos pelo os leves riscos e manchas da parede. Parece não ser hoje. Não consigo decifrar o que estou sentindo, se é raiva, medo, angústia, arrempedimento ou culpa. Eu quis isso, e ninguém pode apagar. Estou em um mar sem começo sem fim, mais ao mesmo tempo não estou desesperada para encontrar uma terra a vista. Eu preciso de um banho.
Lentamente saio da cama com cuidado para não acordar as outras garotas.
Andando sobre o chão gelado do corredor, eu procuro o banheiro.
O banheiro é composto por várias cabines, o que é bom, por quê eu só faço trancar a porta e ficar sozinha com os meus pensamentos, sem ninguém pra pertubar. Nua, cercada por quatro paredes, eu tomo banho tranquila, sem nenhum ruído. Todas as garotas ainda estão dormindo, por isso não topo nenhuma por aí.Saio da cabine, e me encontro de frente ao espelho enorme do banheiro. A região ao redor dos meus olhos chamam atenção. Estão rochas de tanta preocupação e stress. Os meus cabelos que antes eram longos, estão acima do meu ombro. A cor da minha pele está sem vida. As minhas clavículas são visíveis, os ossos dos meus ombros estão salientes. Estou muito magra pra minha idade. Estou cansada, simplesmente estou cansada.
Recolho minhas coisas e corro para direção do meu quarto, e finjo que aquela garota que eu encontrei no espelho não era eu. [...]- Luna você está linda. - Melissa tenta me animar me elogiando.
Eu tento não encarar a garota dos lábios vermelhos da superfície polida a minha frente, por quê eu não me consigo me ver em uma máscara falsa.
- Luna você vai voltar, fica calma. - Ela olha dentro dos meus olhos, e consigo ver o enxergar a infelicidade gritar lá de dentro.
- Eu vou voltar. - digo.
A maquiadora finaliza passando mais um pouco de rimel nos meus cílios. Uma moça acaba de finalizar minhas unhas com um esmalte vermelho chamativo. Os meus cabelos estão sedosos e lisos. Minhas olheiras haviam sumido, e minhas sardas também. Eu parecia outra garota, uma garota de mais idade.
Estava usando um salto enorme. E o mais impressionante, é que eu vestia uma langerie cor de sangue. Os meus seios preencheu todo o sutiã, minhas curvas seguia conforme a roupa íntima, as meias iam até ao meio das minhas coxas. O vermelho chamava atenção sobre a cor da pele pálida.- Você está realmente uma Sexgirl! - gritou Miranda. - Luna você é linda!
- Gente. - fechei o roupão desconfortável com o comentário da Miranda.
Eu nunca me considerei de verdade uma prostituta. Mais hoje, vai ser a primeira vez que vou vender meu corpo em troca de dinheiro.
O que importa é que vai ser uma noite, e só. Minha virgindade não é importante agora. A saúde do meu pai esta em primeiro lugar.Eu me sinto suja.
- Todas as meninas estão prontos? - sou acordada dos meus pensamentos quando a Sra. Forster passa pela porta da sala das Sexgirl's e pergunta.
Mais duas garotas vão ser leiloadas. Nos Éramos as únicas que nunca foram tocadas do Sexgirl's. Eu sou a mais nova de todas. As duas tem entre dezessete e dezoito. Me sinto tão pequena diante dessas pessoas.
- Vamos garotas. - Sra. Forster mais uma vez se apressa.
- Boa Sorte Luna. - Melissa me dar um abraço, em seguida vem Kate, depois Miranda e Kristen.
- Vai ficar tudo bem. - mais uma vez Miranda tenta me confortar.
- Obrigada meninas. Vocês até agora foram minha única família. - o tom sincero na minha voz se destaca.
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Ninfomaníaco
Fiksi PenggemarLuna, uma garota de rua se ver sem opção quando seu pai entra no estado de câncer terminal. Para salvar a única pessoa que resta de sua família ela estar disposta a encarar os riscos. Porém, seu destino cruza com um rapaz que sofre ninfomania. Desde...