III

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[N/A: Olá gente linda, bem vindos à última parte do primeiro capítulo! Perdão pela demora, mas eu não estou conseguindo achar tempo pra escrever porque tenho plantão todos os dias. Sério, eu estou morrendo.

O capítulo não foi corrigido e eu sinto muito por isso. Boa leitura, comentários me deixam feliz <3]

Louis não tinha muita certeza de como aquilo havia acontecido, nem em que mundo a situação seria minimamente aceitável, mas Niall os abandonou no meio do processo de fechamento e limpeza porque sua namorada estava precisando de um favor urgente. Então, claro, era sexo.

Depois de Louis ter dito para Harry limpar as mesas e colocar as cadeiras para cima, eles passaram os próximos dez minutos em total silêncio, quebrado apenas pelo som da música que saía pelos auto-falantes. O volume baixo era desconcertante depois de horas de um som pulsante, espalhando um tremor distante nos ossos de Louis que não tinha nada, absolutamente nada a ver com a presença de Harry.

É, nem mesmo Louis acreditava naquela afirmação. Ele deveria procurar por algumas aulas, provavelmente; algo como Mentir Para Si Mesmo em Busca de Uma Vida Mais Saudável. Com testemunhos participativos que seriam mais ou menos 'De verdade, eu sou tão mais feliz agora que aprendi a esquecer tudo que é desagradável nesse mundo'.

Oh, céus, isso seria muito, tipo, O Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças.

"Você é tão cuzão," Harry despencou a frase sem nenhum aviso prévio. Ele permanecia inclinado contra a mesa que limpava, seu rosto aparecendo apenas de perfil. Louis engoliu em seco com a visão da camisa de Harry dobrada para cima, exibindo seus músculos, que flexionavam a cada movimento de seus braços, inferno. Harry provavelmente conseguia carregar Louis agora enquanto ele circulava as pernas ao redor da cintura de Harry; as costas de Louis pressionadas contra a parede enquanto eles se esfregassem um contra o outro.

Melhor parar por aqui.

"Minha bunda é um dos meus melhores atributos." O tom de Louis saiu apropriadamente entediado enquanto respondia. Ele parou de limpar o copo que tinha em mãos para encarar o outro. "Mas eu aceito como ofensa o fato de ter sido reduzido à isso."

Harry franziu o cenho de maneira intensa. Ele nunca havia sido uma pessoa difícil de ler; seu desejo tão legível quanto irritação ou traição. "Você não é engraçado."

"Você costumava pensar de maneira bem diferente."

Se endireitando, Harry soltou o pano, que usava para limpar, em cima da mesa. "Vai se foder," ele sibilou e Louis tentou não perceber como o ar quente e úmido do salão havia feito o cabelo ondulado de Harry se transformar em cachos bagunçados, remanescentes de sua versão adolescente. Era como se o cérebro de Louis ficasse se debatendo entre o presente e o passado. Desconcertante, vertiginoso, nauseante.

E isso fez com que sobrasse apenas uma opção viável de ação: ele se serviu de um shot de vodka e o virou em um gole só. O líquido desceu queimando sua garganta, ascendendo fogo em seu estômago.

"Você tem permissão pra fazer isso?" Harry perguntou, aproximando-se. As mangas de sua camisa estavam dobradas para cima, seu queixo erguido. A iluminação que emanava de trás do bar refletia em seu rosto e as linhas de sua clavívula, que a camisa parcialmente desabotoada exibia.

Nada nunca iria ficar bem novamente. Louis bufou, servindo-se de um segundo shot.

Antes que ele tivesse a chance de virá-lo também, Harry retirou o copo de seus dedos e o bebeu, com um sorriso sarcástico, para em seguida limpar os próprios lábios com a parte de trás de suas mãos. Céus. O olhar dele nunca abandonava o rosto de Louis e, okay, o que? Ele estava tentando transformar aquilo numa competição? Aquilo era uma tentativa de provar que Harry não era mais um garotinho inocente? Obrigado, mas Louis já havia percebido isso quando foi obrigado a erguer o rosto para conseguir olhar nos olhos de Harry.

Reeling Through the Fall {portuguese version} {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora