Capítulo 16

34 2 0
                                    

A melhor coisa nesse dia foi a visão da mandíbula. O resto do dia foi uma merda.
Primeiro, houve um problema com o empreiteiro geral da casa dos Nicholson. Parece que ele não tinha apenas tomado pausas para o almoço extremamente longas, ele estava realmente queimando um em seu sótão todos os dias. Em seguida, um palet inteiro de azulejos para o chão do banheiro veio rachado e trincado. A quantidade de tempo que ia levar para outra encomenda chegar ao local e redefinir todo o projeto de novo, duraria pelo menos mais duas semanas, não deixando qualquer possibilidade de terminar a tempo. Qualquer construção importante ocorre com a data de término do projeto e é sempre um tempo estimado de conclusão. No entanto, eu nunca tinha perdido um prazo. Eu sempre fui capaz de concluir os meus projetos na hora, e este seria um trabalho de alto nível, isso me deixou muito estressada para perceber que não havia nada que eu pudesse fazer além de voar para a Itália e trazer de volta aqueles azulejos malditos por mim mesma.
Eu tive um almoço tardio com Ana naquele dia, a encontrei no nosso lugar favorito, Harvest and Roe. Era perto do centro de design, e eles faziam a melhor salada da cidade. Nós pedíamos pra viagem normalmente, mas hoje decidimos comer ali.
- Então, qual é a mais recente sobre o Bate-Parede, ele trouxe para casa qualquer outra cigana? Ou uma dançarina argentina? - perguntou ela, quando ela mordeu um pedaço de aipo.
- Oh Deus. As coisas ficaram em silêncio por um tempo, mas agora os orgasmos começaram novamente, o tempo inteiro. Embora ele pareça ficar com suas galinhas regulares. Londrina não fez uma aparição, mas eu estou apenas esperando isso em qualquer dia agora. - eu suspirei, cavando através da minha salada para chegar a todas as coisas boas da parte inferior. Por que eu ainda me incomodava em pedir com alface, quando claramente tudo o que eu queria era o abacate e queijo parmesão? E os croutons. E o palmito. E o...
- Hey, já colocou os olhos nele? Você o conheceu? - Ana interrompeu meu devaneio com a salada.
- Nope. Embora eu finalmente tenha dado uma pequena espiada nele esta manhã quando Purina estava se despedindo dele - eu respondi, chupando um pedaço de alcachofra.
- E?
- Eu só vi seu perfil, mas o maxilar era muito lindo - eu respondi, pensando na maneira como ele o apertou quando ele se inclinou para beijar seu adeus em sua gatinha russa.
- Candice, olhe para esse rubor - ela riu, e eu olhei para o meu guardanapo.
- Cale-se - eu insisti, sentindo meu rosto ficar ainda mais quente.
- Você tem uma queda por seu vizinho mulherengo que você nem sequer viu ainda! Tão completamente fodida - brincou ela.
- Sério, cale a sua boca bonita. Tudo o que eu vi foi o lado do seu rosto, quem sabe como o outro lado parece. Isso pode ser uma situação ridícula, sabe - Eu fiz uma careta, não acreditando nisso por um segundo. O mesmo Deus que deu a este indivíduo o poder de fazer uma mulher miar também é o mesmo Deus que o fez pecaminosamente bonito.
- Claro, claro, independentemente disso Candy. Você está tão ferrada.
Depois do almoço eu fiz meu caminho de volta ao trabalho, parando em uma loja para olhar algumas botas novas. Eu tinha feito planos com um amigo que conheci de Berkeley para caminharmos ao longo da Marina do pontal neste fim de semana. Eu estava checando os modelos diferentes, quando senti uma respiração quente no meu ouvido que eu instintivamenteme encolhi.
- Ei, você - eu ouvi, e eu congelei em terror. Flashbacks derramaram sobre mim, e vi manchas. Eu senti frio e calor ao mesmo tempo, e minha visão oscilou de dentro para fora. A única experiência mais aterrorizante da minha vida passou diante dos meus olhos, e eu os fechei tentando parar o ataque de imagens que ameaçavam me fazer desmaiar. Eu me virei e vi...
Alfonso Maldito.
Eu posso ter vomitado um pouco na minha boca.
- Candice, olhando bem a vizinhança - ele cantava, canalizando seu Tom Jones interior. Engoli de volta a bile, e me esforcei para manter a compostura.
- Alfonso, bom vê-lo. Como está? - Eu consegui.
- Não posso reclamar, apenas trabalhando com turismo para idosos. Como você está? Como está o negócio de decoração?
- O negócio de Design, e está bom. Na verdade, eu estava no meu caminho de volta ao trabalho, então você vai me desculpar - eu gaguejei, começando o empurrar e passar por ele.
- Ei, sem pressa coisa bonita. Será que você quer comprar esses sapatos? Eu posso te dar um desconto, como é que cinco por cento soa para você? - disse ele. Se fosse possível ele soar arrogante, ele o fez.
- Uau, cinco por cento. Tanto quanto isso parece bom, eu vou passar - eu ri.
- Então Candice, quando posso vê-la novamente? Naquela noite, porra. Foi muito foda né? - Ele piscou, e minha pele me pediu para rasgá-la de meu corpo e jogá-la em cima dele.
- Não. Não Alfonso. E inferno não. - Eu saí, a bile subindo de novo. Flashes de dentro e fora e dentro e fora e dentro e fora. Minha perseguida estava começando a gritar por sua própria defesa. Concedido, nós duas não estávamos em condições de grandes palavras depois, mas mesmo assim eu sabia o meu medo era de minha perseguida ser submetida a essa lebre novamente. Não sob meus olhos.
- Oh, vamos, baby, vamos fazer alguma mágica de novo - ele balbuciou. Inclinou-se, e eu poderia dizer que ele comeu salsicha no almoço.
- Alfonso, você deve saber que estou prestes a vomitar nos seus sapatos, então se afaste - Ele empalideceu e recuou. - E eu prefiro costurar minha cabeça em um tapete do que fazer alguma mágica com você novamente. Você e eu e o desconto de cinco por cento, não vai acontecer. Bye bye agora - eu disse com os dentes cerrados, e me virei saindo da loja.
Minha perseguida quebrada e eu caminhamos de volta ao trabalho, raivosas e sozinhas. Sem azulejos, sem sapatos, sem homens, e sem o O.
Filho da puta

O pecado mora ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora