Nova menina!

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Naquela noite eu saí para tomar uma bebida com Ana e Manu e posso ter bebido mais de uma ou até cinco margaritas. Era necessário, eu estava comemorando. Eu continuei com as tequilas, e ainda lambendo o sal não existente no interior do meu pulso, enquanto Manu e Ana levaram-me a minha escada.
- Ana, você é tão bonita... você sabe disso certo? - Eu arrulhei, inclinando-me sobre ela enquanto nós rastejávamos até as escadas.
- Sim, Candy, eu sou bonita. Boa compreensão sobre o óbvio - ela disse enquanto revirava os olhos. Manu riu, e eu virei para ela.
- E você Manu, você é minha melhor amiga. E você é tão pequena! Eu poderia levar você comigo no meu bolso - eu ria enquanto eu tentava encontrar meu bolso.
- Nós deveríamos ter cortado a bebida dela depois que a guacamole acabou, ela nunca mais terá permissão para beber de novo se não houver mais comida - ela murmurou quando ela me arrastou até os últimos degraus.
- Não fale sobre mim como se eu não estivesse aqui - queixei-me, tirando o meu casaco e, puxando minha camisa junto.
- Ok, mas não vamos ficar peladas aqui no corredor hein? - Ana atirou de volta, pegando as chaves da minha bolsa e abrindo a minha porta.
Tentei beijar Ana na bochecha, e ela me empurrou.
- Você cheira a tequila e repressão sexual, me solta - ela riu e abriu a minha porta.
Quando fizemos o nosso caminho de volta para o quarto, avistei Snow no peitoril da janela.
- Ei você aí Snow. Como está meu grande menino? - Eu cantei para ele. Ele olhou para mim, e se afastou em direção a sala. Ele desaprovou o meu consumo de álcool. Eu dei língua para ele, e fiz meu caminho de volta para o quarto. Eu desabei sobre a cama, e avistei as minhas meninas na porta. Elas estavam rolando os olhos de um jeito você-está-bebada-e-nós-não-então-te-julgamos.
- Não ajam todas superiores e poderosas senhoras, eu vi vocês beberem mais do que isso em muitas ocasiões - eu murmurei, minha calça foi no caminho da minha blusa. Pergunte-me como eu me mantive em meus calcanhares, eu nunca serei capaz de lhes dizer.
As duas se apoderaram de ambos os lados do meu edredom, e puxaram-no para baixo. Eu fiquei debaixo das cobertas e olhei para elas, espiando de volta para fora. Elas me cobriram tão bem que o que estava ressaltando eram meus olhos e meu cabelo bagunçado.
- Porque esse quarto está girando, o que diabos vocês fizeram com o apartamento da Laura? Ela vai me matar se eu ferrar seu apartamento alugado! - Eu chorei, gemendo enquanto eu observava o movimento em torno do quarto.
- O quarto não está girando Candy, sossegue - Manu riu, sentando ao meu lado e atirando um braço em volta do meu ombro.
- E essas batidas, que p/orra são essas batidas? - Sussurrei na axila de Manu, que eu cheirei e depois elogiei a escolha do desodorante.
- Nada, tem nada batendo. Jesus, você deve ter começado a beber antes de chegarmos lá! - Ana exclamou, se sentando no final da cama.
- Não Ana, estou ouvindo também. Você não consegue ouvir? - Manu disse em voz baixa.
Ana estava calma e nós três ouvimos tão cuidadosamente como podíamos. Houve uma batida distinta e, em seguida um gemido inconfundível.
- A gatinha está de volta. Vocês estão prestes a conhecer o Bate Parede - eu disse, e me coloquei de volta contra os travesseiros.
Os olhos de Ana e Manu cresceram de largura na minha declaração, mas ficamos quietas. Seria a Surrada? Seria Purina? Antecipando a última, Snow havia andado pelo quarto e pulado na cama. Ele estava olhando para a parede, com extrema atenção. Nós quatro nos sentamos e esperamos. Eu mal posso descrever ao que nos submetemos neste momento.
"Oh Deus..."
Thump.
"Oh Deus..."
Thump ... Thump...
Manu e Ana olharam para Snow e eu. Nós dois apenas sorrimos. Um sorriso lento apareceu no rosto de Ana quando ela percebeu o que estávamos ouvindo. Eu estava mais interessada no que eu ouvia da voz que vinha através da parede. A voz era diferente, o tom era mais baixo, e o sotaque era diferente. Essa não era Surrada ou Purina...

O pecado mora ao ladoOnde histórias criam vida. Descubra agora