Anda. Solta. Anda. Traga. Anda. Solta. Bate para a cinza cair. Traga. Anda. Traga. Bate de novo. Joga fora. Continua andando.
Acho que foi no verão passado que eu tive a famosa "dose de crescimento atrasada", e agora, quase dois anos depois, ainda não me acostumei com a porra da minha altura. Consequência disso é meu andar um tanto quanto desengonçado.
Entro na escola, as pessoas me olham. Não olho de volta.
Estudo na parte da noite, o que é particularmente estranho, já que minha sexta a noite é trocada pelo domingo à noite. Mas é legal, me sinto um vampiro às vezes.
Entro na sala, sento no fundo.
- Eae? - Louis se joga na carteira do meu lado. - Vamos sair depois, beleza? Beleza. - odeio quando ele responde as próprias perguntas, por que caralhos ele perguntou se ele mesmo vai responder?
Faço que sim com a cabeça. Último ano.
Presto atenção na aula por pura falta do que fazer. Quando termina saio da sala indo em direção ao ginásio, gosto de ficar nos trilhos de um trem abandonado. É fora da escola, e da para fumar de boas sem que ninguém veja. Assim que chego começo a andar em direção ao velho trem.
Anda. Solta. Anda. Traga. Anda. Solta. Bate para a cinza cair. Traga. Anda. Traga. Bate de novo. Ouve a música.
Espera. Que porra é essa? Paro de andar antes de entrar e ouço a voz. É doce, mas forte o suficiente para marcar presença. Só há uma voz. Sem instrumentos.
Entro no trem.
A voz é baixa, tento me aproximar porem não sei de onde vem, o eco é muito presente aqui. Então, a música para. E não sei de mais nada.
...
- Quer saber o que eu acho? Acho que sempre teve alguém naquela lata velha e você nunca viu. Já reparou no tamanho daquela coisa? Dá pra enfiar a escola ali de boas. -July. Ela é minha irmã. O lance é que meu pai traiu minha mãe com a amiga dela/nossa vizinha. Além de deitar com um homem casado todos os dias, ela não quis a filha. Minha mãe perdoou meu pai e ainda pegou a menina pra ela. Eu tinha 3 anos, me deixaram escolher o nome, estávamos em julho. July.
- Sei lá, sempre aceitei minha solidão. É o meu lugar sabe? - estava em casa, me trocando para sair.
4 da manhã. Mesma boate de sempre.
-Sabe o que eu acho? Que é nojento pra caralho e acho que devíamos dar uma festa de halloween lá. - visto a jaqueta e saio sem dizer nada. Chego na rua.
Anda. Solta. Anda. Traga. Anda. Solta. Bate para a cinza cair. Traga. Anda. Traga. Bate de novo. Joga fora. Continua andando.
{(+
Oi amores de minha vida! Estou muito animadinha com essa fanfic, se vocês gostaram (ou não) votem por favor. Peço desculpas pelos erros de português, tentarei melhorar, e pelo capitulo pequeno.
Obrigada por ler, beijinhos.
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Fly
Teen FictionÉ impressionante como parece que somos atraídos para tudo que queremos longe. Eu não sei de onde essas coisas surgem, elas só estão ali, junto com você. Na verdade, elas não só me acompanhavam como estavam ali comigo. Todo dia, toda hora. Não exist...