Acorda. Agora. Levanta.
São incríveis duas da tarde. Tenho aula em apenas 5 horas, então tomo um banho rápido e fico pronto. Saio de casa e caminho ate uma rua que me leva até um beco apenas iluminado pela luz do dia. Subo pela escada de incêndio de um prédio e entro no ultimo apartamento.
Entra, pega e sai.
Acho que a maior merda que você pode fazer é, com certeza, dever para traficante. E adivinha: eu estou devendo para um dos piores. Não uso droga constantemente, nem as pesadas, porém teve uma época a alguns anos que eu usava e por isso acabei devendo. Trabalho para ele, de graça.
Consigo sentir o cheiro de tabaco e maconha logo de cara. O Lugar está cheio como sempre, prostitutas e caras bebendo se drogando e limpando suas armas.
- Cachinhos, bom te ver. – Zayn fala com sua voz rouca de tanto fumar. Ele me chama assim para não expor meu querido nome, mesmo que a maioria aqui já saiba que me chamo Harry.
- Não posso dizer o mesmo. – Me aproximo dele com as mãos nos bolsos.
- Infelizmente, mas negocio são negócios, e eu tenho uma entrega para você. – Ele levanta de seu trono (que na verdade é só uma poltrona bem gasta) e me entrega o envelope com um recheio bem grosso.
- Preciso de um envelope para a por a grana que receber como pagamento, pelo visto é bastante coisa. – observo a quantidade de droga. Isso deve custar a minha casa.
- O cara não vai pagar em dinheiro. – Zayn da um sorrisinho malicioso nojento.
- Ta vendendo droga em troco de gasolina então? – Guardo o pacote dentro do casaco.
- Não seu idiota, você vai me trazer a filha dele. – olho seus olhos escuros e vejo que o lance é bem sério.
- Não vou carregar ninguém à força. – me viro para sair por onde entrei.
- Não será necessário. – dou um breve aceno com a cabeça e saio voltando para casa.
...
- Trouxe um sanduíche para você. – July para na minha frente.
- Não quero, e nem vem com essa de "você precisa comer" que eu estou atrasado. – desvio dela e caminho em passos largos, passo pelo ginásio chegando aos trilhos.
Tento ouvir. Nada.
Decido entrar e explorar o trem. Ando lentamente tentando não fazer barulho.
Tento ouvir. Nada. Continuo.
Chego à metade do trem e paro.
I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my handSigo a voz e passo para o próximo vagão.
Aqui está ela. Sentada num banco. Com um caderno. Me olhando assustada.
Amores, me desculpem se eu demoro de mais para postar capítulo novo mas eu faço o possível. Beijinhos para todos vocês que leem.
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Fly
Teen FictionÉ impressionante como parece que somos atraídos para tudo que queremos longe. Eu não sei de onde essas coisas surgem, elas só estão ali, junto com você. Na verdade, elas não só me acompanhavam como estavam ali comigo. Todo dia, toda hora. Não exist...