Capítulo 3

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Acorda. Agora. Levanta.

São incríveis duas da tarde. Tenho aula em apenas 5 horas, então tomo um banho rápido e fico pronto. Saio de casa e caminho ate uma rua que me leva até um beco apenas iluminado pela luz do dia. Subo pela escada de incêndio de um prédio e entro no ultimo apartamento.

Entra, pega e sai.

Acho que a maior merda que você pode fazer é, com certeza, dever para traficante. E adivinha: eu estou devendo para um dos piores. Não uso droga constantemente, nem as pesadas, porém teve uma época a alguns anos que eu usava e por isso acabei devendo. Trabalho para ele, de graça.

Consigo sentir o cheiro de tabaco e maconha logo de cara. O Lugar está cheio como sempre, prostitutas e caras bebendo se drogando e limpando suas armas.

- Cachinhos, bom te ver. – Zayn fala com sua voz rouca de tanto fumar. Ele me chama assim para não expor meu querido nome, mesmo que a maioria aqui já saiba que me chamo Harry.

- Não posso dizer o mesmo. – Me aproximo dele com as mãos nos bolsos.

- Infelizmente, mas negocio são negócios, e eu tenho uma entrega para você. – Ele levanta de seu trono (que na verdade é só uma poltrona bem gasta) e me entrega o envelope com um recheio bem grosso.

- Preciso de um envelope para a por a grana que receber como pagamento, pelo visto é bastante coisa. – observo a quantidade de droga. Isso deve custar a minha casa.

- O cara não vai pagar em dinheiro. – Zayn da um sorrisinho malicioso nojento.

- Ta vendendo droga em troco de gasolina então? – Guardo o pacote dentro do casaco.

- Não seu idiota, você vai me trazer a filha dele. – olho seus olhos escuros e vejo que o lance é bem sério.

- Não vou carregar ninguém à força. – me viro para sair por onde entrei.

- Não será necessário. – dou um breve aceno com a cabeça e saio voltando para casa.

...

- Trouxe um sanduíche para você. – July para na minha frente.

- Não quero, e nem vem com essa de "você precisa comer" que eu estou atrasado. – desvio dela e caminho em passos largos, passo pelo ginásio chegando aos trilhos.

Tento ouvir. Nada.

Decido entrar e explorar o trem. Ando lentamente tentando não fazer barulho.

Tento ouvir. Nada. Continuo.

Chego à metade do trem e paro.

I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand

Sigo a voz e passo para o próximo vagão.

Aqui está ela. Sentada num banco. Com um caderno. Me olhando assustada.

Amores, me desculpem se eu demoro de mais para postar capítulo novo mas eu faço o possível. Beijinhos para todos vocês que leem.

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