The Game

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Bom dia inferno!

Pulei da cama, liguei "Sugar", Maroon V, e me fui para o banheiro para tirar essa cara de sono.

Água fria no rosto, escovar os dentes, desenosar essa cabelama, um rímel nos olhos e pronto.

Acabei dormindo com a roupa de Minion (é muito gostosa de vestir >♥<), então foi só desamarrotar e sair deslizando pelos corredores até a sala do trono. Como assim deslizando?! Simples, tênis com rodinhas é uma das melhores invenções de todos os tempos!

Cheguei abrindo os braços para cima e jogando a cabeça para traz com os olhos fechados em uma pose "diwa".

-Cheguei pipou!

Me ignoraram.

Manti a pose mexendo apenas a cabeça para olhar o que estava acontecendo, fazendo um bico de inconformada.

Crowley andava de um lado para o outro assinando papéis e olhando pranchetas enquanto outros demônios o seguiam lutando por atenção.

Cruzei meus braços e revirei os olhos.

Quero atenção!

-Vossa majestadeeeee. -cantarolei saltindo até Crowley.

Pelo menos eu tentei chegar até ele, porque a tropa estava o rodeando que nem galinha no milho.

Fiquei tentando quebrar a "barreira" de demônios, mas não consegui uma mísera brecha.

-Crowley! Crowley! Crowley! Crowley! Crowley! -Eu posso continuar com isso o dia inteiro.

-Estou ocupado.

-Eu só quero um bom dia. -reclamei de forma um pouco infantil.

-Não torra.

Ah não! Ele não vez isso!

Fui marchando até o quarto, peguei uma garrafinha de água benta e voltei para a muvuca.

Tecnicamente, eu não poderia ter água benta comigo, mas... eu trouxe alguns "brinquedinhos" do meu antigo apertamento.

-Ok cambada, da licença, licençinha, licençinha que eu tô passando! -falei respingando água benta em quem estava na minha frente.

Ouvi comentários como: "vadia", "puta", "quem ela pensa que é" e "por que ainda não mataram ela?".

-Mas que merda é es... -Crowley começou a falar, porém eu o interrompi pulando e o abraçando.

-Bom dia bebê! -falei animada.

Ele se soltou de mim me dando um tapa na cara que acabou por me empurrar um pouco para trás.

O encarei paralisada com a boca um pouco aberta, olhos arregalados e sobrancelhas erguidas sem acreditar o que havia acontecido.

Tudo bem que isso foi ato meio trouxa e ele é o rei do inferno, mas ele nunca foi grosso comigo. Arrogante, ignorante, sarcástico, e até meio sádico, mas nunca tão... tão... rude. Senti a garganta doer.

-Sarah, docinho -falou vindo na minha direção com calma e um sorriso assassino estampado na cara. -,não sei se você lembra, mas eu ainda mando nesse inferno aqui. -Isso tá me dando medo. -Se alguma coisa acontece, a culpa é minha e quem tem que resolver tudo sou eu.

Ele está a centímetros de mim, consigo sentir sua respiração pesada pela raiva e tenho a certeza de que meu rosto está vermelho, vermelho de vergonha, de medo e do belo tapa que eu levei.

-Então deixa eu fazer o meu trabalho antes que eu rasgue aquele contrato e pegue sua alma mais cedo.

-Tá bom. -falei quase inaudível e sai de cabeça baixa.

Meu Anjo é um DemônioOnde histórias criam vida. Descubra agora