Capítulo Um

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Meus olhos estavam em um estado deploravel, minhas pupilas estavam avermelhadas do tanto que por alí escorriam lágrimas grossas, salgada e uma atrás da outra. Meu rosto tinha um ardor doloroso, contudo, não mais que o meu coração. Eu estava toda vermelha, conseguia controlar meu choro silêncioso, porém meus soluços saiam sem o meu total controle. Meu peito doia, mas não em uma dor supérflua - essa pelo ao mesmos eu sabia que um dia cesaria -, mas sim uma dor interna e dolorosa demais para se por em palavras. Doia como um soco, não! Como um soco não, como uma facada partida de um punhão sego de porte pequeno, que se cravou no meu peito. Eu sentia sua lamina polida deslisar devagar para baixo para rasgar meu coração ao meio. E o pior, o golpe foi desferido da mão e dedos que tanto eu amava. Doia mais saber de quem partira o golpe, do que o proprio golpe.

Todos na minha festa de aniversario de 18 anos olhavam pra mim com pena e nem meus pais escapavam da piedade que todos me banhavam com seus olhos, que repentinamente, alcançaram a dadiva de se tornarem penetrantes e superiores a mim. Eu estava me sentindo envergonhada e humilhada pelas palavras de uma das pessoas que eu mais amava e pela situação que eu me encontrava. Mas eu não poderia culpa-lo, foi eu que procurei aquela dor desnorteadora no meu peito. Não tinha outro culpado, além de mim mesma.

Perdida na minha auto piedade, eu vi toda a trajetoria que me levou a aquele estado. Foi como se eu estivesse morrendo e visse toda a minha vida passar como o flash na frente dos meus olhos, porém, eu não estava morrendo para ter esse devaneios, não era pra tanto. Na verdade eu estava bem viva e sentindo dor - Eu ouvir dizer uma vez, não me lembro se fora da boca do meu pai ou de um medico, ou até mesmo em um filme, que quando nos ferimos e sentimos dor é um sinal que vamos viver, caso contrario, comesse a rezar pois o fim esta próximo -. Resolvi mergulhar na dose fatal dos meus devaneios e entender por que me permite ferrir de tal forma. Da forma mais cortante e profunda que eu poderia me ferir.

~Falchback on

Acho que tudo começou no brasil, onde nasci e vive até meus seis anos, mas mais tarde tive que sair para me mudar para Suiça com os meus pais.

Eu era uma garotinha de 6 anos em um país e um lugar totalmente novo. Eu tinha medo do lugar, não por ele ser ruim, mas sim porque eu não conhecia ninguém como conhecia no Brasil. Papai nos levou para lá a trabalho, lembro-me muito bem o que ele disse a mim e a mamãe: "Estamos indo para Suiça e vamos ter uma vida melhor. " E ele de certa forma estava certo. A economia do país era muito melhor que no Brasil, além de muitos outras aspectos no país, como por exemplo: a saúde, segurança e o mais importante - segundo os meus pais - a educação.

Meu pai, senhor Pedro Fontes Andrade, tinha um negocio de exportação de frutas da zona rural do Brasil. Mas precisamente Uvas. Ele plantava uvas na parte sul do país, no entanto, nosso plantiu era muito pequeno, apesar das vastas terras que tinham ao nosso redor. A gente só tinha uma pequena parte do terreno, aqual devidia com o seu irmã Carlos, meu tio. Eles não só dividiam os pequenos negocios da família, como a paixão pelo plantiu - na verdade, meu pai amava a terra e a parte orçamentaria do trabalho, mas meu tio Carlos, amava cada processos feitos na terra. Ele mesmo fazia questão de checar cada uva plantada para pode colhe-las depois.

Eles vediam suas maravilhosas uvas para pequenos impresarios exportadores especificos, eram as melhores da redondezas, quer dizer, ainda são. A vida lá era mais calma, mas acho que prefiro a minha atual.

Um dia meu pai conheceu um empressario Suiço chamado John silver, ele era fabricante de vinhos. Ele não era famoso no mercado, mas tinha seus méritos. Quando ele conheceu meu pai e suas maravilhosas uvas, ele soube, dalí, daquelas uvas tão doces, redondas e de tons roxos e verdes, sugiriam maravilhosos vinhos.

Fizeram negocios firmes e promissores iniciando um sociedade duradoura entre eles. No entanto, o Suiço tinha que voltar para casa, por isso, como a minha família e a dele tinham negocios alguém tinha que voltar com ele para outro país, para assim poderem checar os negocios lá também. Mas é claro que quem foi, foi o meu pai, pois meu tio Carlos nunca se separaria das suas preciosas uvas e terras.

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